quinta-feira, 30 de abril de 2009

Amanhã é dia de Montejunto


Amanhã, dia 1 de Maio, dia do Trabalhador, vai ser dia de subir bastante.
Vou sair pelas 8:30 em direcção a Montejunto para depois ir ao encontro do pessoal de Loures que vem da Alenquer conforme o blog Conversas de Ciclista

Dêem uma vista de olhos a um clip de animação interessante.

Ah, já me esquecia o Lance Armstrong vai de vez em quando fazer umas corridas não-oficiais....podem ver para o apoio moral.

Amanhã vou me aplicar um pouco mais. Logo se vê como as pernas respondem.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

29ABR09

Neste momento são 20:00 e apesar de ter um convite para fazer RPM, num ginásio, a moleza atacou...Acho que vou para o meu cantinho fazer um pouco de rolos assistindo a um vídeo do Chris Carmicael-Train Rigth.

Treino terça-feira dia 28ABR09


Saída 18:00

Percurso: Ereira; Runa; Milharado; Sobral;

Nas terças e quintas feiras encontra-se sempre um bom motivo para ir treinar ao fim do dia. É que o Abel, mecânico da Bicigal, vai para casa de bicicleta e nada como boa companhia.
Depois de subir a Ereira sempre em crenques, (eu sei faz subir mais a pulso, mas foi essa a intenção), lá desci para Runa ao encontro do Abel que por essa hora devia estar algures perto. Não estava e retornei para o caminho de casa. Felizmente não tive de chegar perto de chez-moi, (o que era mau...). Ele vinha acompanhado pelo Runa, que já trazia uns bons Kms.
Depois de largarmos o Abel no Milharado eu e o Runa retornámos pelo mesmo caminho. Altura de despedidas e ainda deu para subir Cabeda sempre a top. Ao chegar a Runa, já de noite resolvi colocar mais uma dificuldade. Está convidativa a subida ao Figueiredo e com piso novo aquilo faz-se bem com o 38X17. Pena é que as velhinhas rodas da Mavic com pneus de arame, pesem nos últimos metros, dentro da localidade quando aquilo inclina bastante. Tive de fazer os restantes metros em crenques e desta feita a colocar um ritmo forte como se duma chegada se tratasse, que até assustou uns cães que por ali andavam à solta.
Descarregado o ficheiro da volta deu para comparar com outro em que fiz a mesma subida de Cabeda. Aumento de cadência e claro de potencia. Parece que a boa forma continua a voltar.
Ah, quase me esquecia que na subida da Ereira e na escalada do Figueiredo houve picos de 390 e 400 Watts. Podem ver o empenho do treino. Um dia destes faço um print screen para verem.
Na foto vê-se à direita o Abel e o Runa na esquerda, à saída de Dois Portos em direcção ao cruzamento para o Milharado.

Boas voltas ciclómanos!

terça-feira, 28 de abril de 2009

A magia do ciclismo

Como já viram estou a exagerar.
Estou a experimentar as funcionalidades desta ferramenta que posso de borla, fruto de alguém que pensou, elaborou e não quis só para si, contribuir.
Mas desta feita vou falar da magia do ciclismo. Não da magia enganadora mas da outra, daquela que todos os dias nos faz sair para a estrada. Da magia de mover os pedais, enrolar como se diz na gíria e com soupless, com leveza. Existe quem se debata com a bicicleta, eu até conheço um.
Mas a magia está no mostrar e para isso vamos dar um pouco de conteúdo e enriquecer a magia e o poder da partilha.
Por isso aqui vão uns vídeos para contemplarmos o ciclismo, aquele, o verdadeiro!

Para os responsáveis do marketing nas instituições de ciclismo...eles existem? vejam e ouçam como se promove ciclismo!

You Can`t












Com muitas quintas em unissono

Muitas vozes diferentes a uma só voz diversificada!

Só com muitos espaços idêntico a este e outros tantos que começam a surgir, e outros que já existem, se podem destacar aqueles que pela sua qualidade irão se reforçar ainda mais. Chama-se sustentação, ou base de sustentação. Uma voz isolada mesmo que tenha toda a razão do mundo acaba por perder-se no deserto ou no barulhento silêncio isolado, que não gera, não cria nem replica.
Acredito que atletas, clubes sérios, equipas amadoras e profissionais de estrada devem-se promover na internet e saber criar sinergias. Temos ferramentas como o twitter, os blogs grátis, os fóruns e outros espaços que possibilitam criar uma verdadeira onda de apoio e proliferação do ciclismo nacional.

É preciso promover e promover é falar sobre, em diversos locais, em diferentes dominios. É sair da toca e não se esconder, nem ter medo da concorrência!

É verdade, o BTT pela dinâmica que possui, pela pessoas que o composeram, mais jovens e irrequietas, sem os vicios e mentalidades tacanhas que infelizmente ainda proliferam no ciclismo de estrada, cresce todos os dias. Talvez porque nessa altura do apogeu ninguém de "poder" lhe tenha dado interesse. Foi crescendo, multiplicando-se e como força viva está ai, como disciplina olimpica e com um número de simpatizantes invejável.

Como é que na tamanha variedade de disciplinas (Estrada, BTT, BMX, Pista, Sala) o ciclismo "queda moribundo". Inglaterra faz um enorme esforço para se afirmar no ciclismo mundial a todos os níveis. Já viram e anteviram o filme, por isso promovem nas escolas e nas suas cidades a circulação de bicicletas. E nós portugueses que gostamos tanto de imitar os anglo-saxónicos, o que fazemos?
Quedamos morinbundos, talvez a pensar na morte anunciada, talvez porque a moeda fraca ainda exista, essa mentalidade tacanha de ser-se rei e senhor a resvalar para o ditador na sua quintinha. Ou pior ainda fazer do espaço público dirigido ao bem comum, a nossa quintinha, a nossa mercearia!

Dizia há muito tempo um amigo meu já falecido, padre lá para os lados do Soito, que foi visitado pelas suas qualidades fora do comum, dizendo sempre que não era nem milagreiro nem benzilhão, pelo General que um dia foi presidente deste país, dizia ele:
-Em Portugal passa-se a vida a destruir aquilo que outros tentam construir...não se complementa nada e se o fazem, logo alguém fica inseguro.

É preciso que quem ocupe lugares públicos seja honesto. Recordo-me agora de outras sábias palavras do mesmo autor:
-Devem ser honestos, isentos em todos os seus actos, terem grande amor à Patria e às coisas públicas (e ao bem comum), desinteresse material, humildade, firmeza, audácia, capacidade de decisão e espirito de sacrificio.
-E como explica o falhanço do país? Os politicos são demasiado frageis e inseguros para darem conta do recado?
-Inseguros principalmente. E depois mentem sem necessidade. Isso corrompe o povo. Entre a palavra de um politico e a obra, não há minima equivalência e isso está errado. Por outro lado, Portugal está esgotado e é urgente prever o futuro. Não temos plano de futuro. Perdeu-se o sentido politico e económico deste país. A juntar a tudo isto não somos um povo disciplinado (respeitador) e os problemas agravam-se a cada hora que passa.
-O que fazer então?
-Perceber primeiro quem somos, o que raio estamos e andamos aqui a fazer. Ir às origens, embrenhar-se na nossa essência enquanto povo, enquanto pessoas, sermos humanos. Definir objectivos a curto, médio e longo prazo, verificar as oportunidades que se avizinham, estar preparado para as ameaças e acreditar sempre sem baixar os braços! Dormir bem como se fossemos para o paraíso e de manhã de cabeça fresca conceber planos e estratégias. Não se isolarem, mas procurarem apoio nos mais próximos e mesmo em desconhecidos.
Somos um povo de pouca iniciativa; Desconfiados, gastamos as nossas energias não com actividade rentável e inovadora mas, a desfazer o que os outros fazem. Isso é muito grave!
Quando os governantes não governam, a verdade é que isso se deve à falta de hábito de governar seja o que fôr. Se fizessem uma pequena sondagem viriamos que 80% dos nossos politicos nunca tinham sido chamados para resolver coisa alguma. Não têm capacidade de intervenção naquilo que é essencial, nem de chamar a si a responsabilidade dos actos.
-Mas o povo também é culpado, não acha?
-Não é o povo que é culpado. Quando é chamado já está farto das mesmas histórias. Por isso intervém pouco. Falta unidade e existe ainda uma culura de medo, do mais ou menos, do assim assim! Não se questiona firmemente, espera-se sempre por alguém e quando esse alguém aparece, critica-se porque concebemos imagens pré-fabricadas desse alguém. Isso é errado, porque esse alguém somos todos nós em unissono!

E com este testemunho me quedo!

Deviam erguer um memorial ao Madeira

Como as insónias por vezes insistem em manter-me acordado, aproveito para navegar pelos blogs de ciclismo de autores portugueses.

Destaca-se o Veloluso da autoria de Manuel José Madeira, jornalista. Nunca tive o prazer de conversar frente a frente, embora tenhamos tido discordâncias em forúns de ciclismo, sem que houvesse de qualquer das partes algum tipo de ressentimento, pelo menos observável da minha parte, apesar do estilo contundente das suas palavras.
Fascina-me o numero de "etapas" actuais e o conjunto de informação que este blog possui. São, ora opiniões pessoais que por vezes se confundem com um diário, onde alguém motivado pela fluidez da escrita, e desabafo do coração, sem maldade, se esquece que mais tarde carrega no botão e torna tudo claro, visível e publico. Ora são conteúdos do mais profissional e sapiente conteúdo acerca de ciclismo que pese escassas excepções, não existe na comunicação social em Portugal.

Pouca gente nos dias que correm têm coragem e preferem usar o cinismo, ou até mesmo perseguir opiniões, daquelas que incomodam.
O que me incomodou foi a informação que de alguém, por causa de meras opiniões, na maioria das vezes insentas de tendiacionalismos baratos ou politicamente correctos, resolveu mover um processo crime. Esse alguém permitam-me dizer que é um alto responsável pelo controlo anti-doping no desporto em Portugal. Não, não é do futebol. É do desporto mesmo, aquelas modalidades em que não se precisa de uma bola para fazer vibrar o povão. É que em Portugal (Portugal dos pequenitos, das mentes tacanhas e pequeninas), desporto é futebol. Basta a seguinte experiência. Coloquem no google as palavras patrocínio sponsor marketing e desporto aleatoriamente. O resultado concentra invariavelmente um grande número de artigos sobre, adivinhem lá, futebol...o mais escandaloso é apresentarem magazines de desporto em que passa a mensagem talvez (coloquei o talvez para me defender, senão aparece ai o big brother a chatiar-me) sublime para não dizer subliminar de que desporto é futebol.
Quem sabe analisar conteúdo de mensagens saberá identificar onde quero chegar. E sabendo-se tanto sobre vampiros, são só tipos que tiram sangue, quiçá, um qualquer vampiro mestre não terá um devaneio de tempo a tempos...De facto o perigo são os mais novos, influenciados pelo mais velhos, o perigo está no amadorismo transversal. O perigo está na moeda. Mas na outra face da moeda que é a mesma moeda forte corroída pela moeda fraca que tenta a todo o custo justificar a sua posição e manter-se no seu lugar. Também é perigoso agir com imprudência cilindrando tudo à frente. Perigoso também é saber quanto dinheiro dos contribuintes está envolvido.
Onde será mais perigoso, questiono-me, desrespeitar liberdades e garantias ou deixar que no desporto amador prolifere um verdadeiro sistema de atentado à segurança nacional se olhar-mos sob a perspectiva da saúde pública. Pois é, parece que os organismos competentes sofrem do mesmo mal. Calar quem questiona e fazer muita publicidade, (propaganda). É a politica da magia que todos sabemos o seu verdadeiro nome, ....ilusionismo, para fazer parecer que acontece algo que todos sabemos nunca aconteceu pois é impossível!
Ou que acontece algo mais que não só aquilo que querem fazer crer. Ista é a estratégia do ilusionista!
Mas queremos acreditar que sim, aconteceu, ...vimos acontecer mas todos sabemos que o magico está ali para "enganar". Fomos traídos pelos nossos,... sim, os nossos sentidos em que tanto acreditamos e depositamos fé!
Por isso a verdade e só a verdade liberta e faz progredir. Tenho pena daqueles que ainda acreditam e afirmam convictamente que está tudo bem e direccionam as baterias para aqueles que ganham o seu pão exercendo uma profissão de atleta. Tenho pena daqueles que foram exemplos e pela sua medição mediática pouco valem, fazendo deles exemplos para justificar um qualquer tacho, deixando outros tantos impunes. Tenho pena deles que afinal são pessoas, cidadãos e contribuintes, a maioria explorados e deixando-se explorar lá andam a iludir-se! O ilusionismo consiste em desviar atenções. Estranha-me que a comunicação social dê tanta importância ao doping no ciclismo em que os atletas sujeitam-se e têm que dar contas dos seus movimentos. Se se dizia que eram drogatitos, sujeitos das seringadas parecer que delas não se livram! E o papel pro-activo da entidade competente, deixa-me com a impressão que talvez seja demasiado... passiva para contrariar tendências, mudar mentalidades, promover debates, não interessa talvez...E os outros desportos...existem, mas....também têm casos, só que nunca vêm a público. Mas que raio de profissão...a de jornalista e a de ciclista!


Será que ciclismo é só doping?
Será que existe uma cultura enraizada que não tenderá a desaparecer?
Será que federações, associações e demais forças activas estão a promover condignamente a modalidade?
Será que os atletas estão a promover-se, condignamente, e as associações que os representam fazem alguma diferença?
Será que já é tempo de haver outro tipo de sistema contributivo e social para quem faz do desporto o seu modo de vida? Com escalões correctos de remunerações e sistemas e evitem a evasão fiscal e quiçá a lavagem de dinheiro?
Que reivindicações e escalões existem? Cidadãos de segunda e de terceira? Atletas a recibos!
É assim que se promove cidadania e democracia através do desporto? Que valores e ideais norteiam todos os envolvidos?

E porque atacar os profissionais do desporto, que são todos controlados quando o problema está no amadorismo, nos pequenos clubes, nos ginásios, nas academias, nos pais que buscam a fama e fortuna dos filhos, tentando imitar o pequenino fruto da pequenez, sermos os maiores do mundo nem que seja a imitar um jogador de futebol. Onde andam os cientistas, os bons mestres de obras, os bons educadores, não será mais fácil imitá-los...sem dar o comprimido ao puto!...

Bruno Castanheira faz terceiro na Volta à Estremadura


Parabéns, Bruno

Embora não sendo Oestino de gema, vive no Oeste. Por isso merece ser lembrado neste espaço.
Do tempo que colaborámos, o seu entusiasmo foi o que mais se destacou, embora por circunstâncias da vida tenha (e fez bem) em seguir a oportunidade que lhe foi apresentada. Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. No entanto é preciso continuar e não deixar morrer o sonho.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Domingo dos Trepadores


Esta é a primeira mensagem neste espaço. E será em grande porque irei descrever um grande treino.
Vou-lhe chamar o Domingo dos Trepadores, porque foi assim que os companheiros de Loures, baptizaram a tirada.
Saída às 8:30 de casa rumo ao Carvalhal de encontro ao amigo Xico. Estrada ainda molhada, fruto dos aguaceiros da noite de 25 de Abril. Após 15 minutos, um percalço. Furo na roda traseira. Como sempre, é uma operação chata, que deixa as mãos complemente sujas, agravado pelo facto de ser logo no inicio do dia...Felizmente, a bomba de gasolina estava perto e a preciosa agua fez o seu papel. Ah,...também tinham papel para limpar as mãos, algo raro. Resolvido o caso, encontrei-me com o amigo Xico rumo a Runa passando pelo Figueiredo, onde deu para adivinhar o vento que se iria sentir durante todo o percurso. Chegados a Runa, virámos em direcção ao Sobral, sem que em amena cavaqueira, se ouvisse o Xico com as suas lamentações sobre o vento. De facto ao Domingo tem havido mau tempo para se andar de estrada.
Chegados ao Sobral de Monte Agraço, podendo afirmar-se como a primeira dificuldade do dia, para nós os dois, altura de fazer uma chamada para contactar o Freitas dos PinaBikes que vinham do Forte do Alqueidão. Reagrupados rumo a Arruda dos Vinhos, tempo para os habituais bons dias. Ah, o reencontro do Runa que marcou presença, após os 39,5 Kms/h da prova do dia anterior.
Na subida de Arruda, l houve ugar para as picardias verbais, que se encorporaram, após o Xico e outro elemento dos Pina Bikes, enrigarem o passo. Como sempre a resposta do Freitas fez-se notar e eu com mais alguns colegas de escalada deixei-me ficar quieto, que o motor a diesel demora a aquecer. Coloquei um passo certo controlando o grupo que estava a afastar-se mas convicto que seria por pouco tempo. A cadencia regular até ao alto da Mata fez-me notar que as boas sensações estão a regressar. Se não tivesse cometido o erro de enrolar uma taleiga durante alguns segundos, assustando os companheiros de escalada, a cantiga tinha sido outra, mas que não tirou o mérito de ganhar-mos terreno aos fugitivos dessa subida que foram ficando tresmalhados...mais uns 200 metros e ainda se alcançavam os mais lentos.
A descida para Bucelas, por Santigo dos Velhos, fez-se a top, tendo-se arriscado um pouco, conseguindo-se fazer a junção em Bucelas, desta feita com menos um elemento. Mais uma vez o Xico, imprime um andamento rijo mal a estrada empinou, logo na saída de Bucelas em direcção ao Freixial. Sempre a puxar, quase que se esquecia que a tirada nos levava para Ribas. Os primeiros metros desta famosa subida são conhecidos pela dura inclinação que por sinal fez os mais fortes distanciarem-se em crenques, enquanto eu, a fiz sentado em 38x25,. Mantive a distância e trouxe mais uma vez os companheiros da ascenção de Arruda, subida acima. Apliquei-me, sem exagerar, mantendo a cadência certinha, em ritmo vivo, com a qual gosto de subir (imaginando o Armstrong naquela cadência que todos já sabemos). Curiosamente o grupo de fugitivos a determinada altura deixou de se ver e indagando, pensei que poderiam estar a ganhar terreno, sinal que motivou fixar a cadencia para as 85, 90 rpm's. Infelizmente, isso fez estragos e ouve-se alguém atrás dizer que já chegava pare ele. Continuei e tenho de ser sincero,
deu-me um pouco mais de coragem para atacar a segunda metade da subida de Ribas que é um pouco mais dura a seguir ao Parque. Já no final dos últimos 100 metros avistei o Xico.
Período de neutralização com salutares palavras de encorajamento, vindas do autor do Blog Conversas de Ciclista, o Ricardo. Descida para Lousa nas calmas pois vinha ai a terceira dificuldade com a subida para Montemuro. Desta feita resolvi abordar a escalada na frente do grupo. Rapidamente os mais fortes do dia fizeram-se notar (Xico, Freitas, Ricardo e eu) ficando os restantes Pina Bikes mais para trás. O ritmo foi subindo e estava comestível até que o Xico, mais uma vez, resolveu colocar-se em crenques. Pelo maneira como saiu pareceu-me que ia durar pouco, pelo que deixei-me ficar com o andamento que trazia. Um nada pesadote para o local. Veio a provar-se um grande erro. Deveria ter baixado um andamento, e assim, com mais rotação, tinha acompanhado o grupo, mesmo perdendo 5 metros iniciais resultantes do arranque do Xico, facilmente recuperáveis. O certo é que a pronta resposta do Ricardo e do Freitas, que se limitou a seguir, foi imediata e isso cavou ainda mais distância para mim. Tive de me agarrar ao guiador e forçar o andamento sem fazer subir muito as pulsações. Ainda faltava uma subida para atirada do dia (Salemas), embora sem certezas, pois eram 11:30 e tínhamos
(Xico e eu) de regressar mais cedo a Torres Vedras.
De Rogel até Santo Estevão das Galés tive a oportunidade de conhecer uma nova estrada que liga as duas localidades com uma vista magnifica para um vale que ali se forma.

Despedidas aos bravos companheiros de Loures e rumo a Torres Vedras. O pensamento de ter descolado em Montemuro com tamanha infantilidade
e na subida que mais aprecio, não me abandonava, acrescido agora da nortada que se fazia sentir.
Até à Malveira o vento teimava em soprar forte. Estava feita a previsão do que seria chegar a casa, embora a seguir à Malveira seja praticamente sempre a descer até Torres Vedras. O certo é que o Xico e eu tivemos de puxar com afinco, embora tenha ficado com a sensação que estava a empurrar o vento, pois bastava aliviar o pedal e a bicicleta quase que parava. O Xico a rolar nestas condições prefere ficar na retaguarda, pois as condições atmosféricas não eram (e sabemos que não são do seu agrado).
-Ainda vamos apanhar uma molha, oh Vasa. E lá comentei: -Era só o que faltava-, não deixando de olhar o céu que se avizinhava mais escuro a Norte, esperançado que o velhinho equipamento da Recer Boavista que o Campeão Joaquim Gomes me deu há já bastantes anos, não fosse ficar molhadinho.
Quando estou com medo da chuva, dá-me uma gana de carregar os pedais, talvez para aquecer as pernas e o tórax, pois aquele vento era gélido e parecia saído de alguma arca congeladora que alguém tinha deixado com a porta aberta.
-Vasa já chega, não carregues tanto, dizia o Xico na entrada da Freixofeira onde o vento parecia querer infernizar ainda mais o dia. Ainda dizem que o inferno é quentinho...Reduzido o andamento, despedidas em Carvalhal, com os habituais: Porta-te bem, ...e lá continuei para casa pensando no belo duche quente que me esperava. Absorvido ainda com a subida de Montemuro, tempo para fazer a subida do Carvalhal tentando testar o belo IBIKE (potencimetro), colocando a fasquia entre os 350 e os 380 watts com a cadencia a rondar as 85 rpm. Abrigado com a encosta da Serra da Vila a servir de quebra vento, lá dei comigo a perseguir um ciclista solitário que decerto também teria enfrentado as mesmas condições. Ao aproximar-me, verifico que a potencia descia, motivado pelo desacentuar da inclinação e verifico que afinal o tal ciclista devia ter idade para ser o meu avô. Não deixo de admirar e pensar se com a mesma idade, ainda terei coragem para sair sozinho como ele para a estrada, enfrentando as condições que este Domingo a Mãe Natureza nos estava a presentear. Tempo para voltar a colocar o aparelhómetro na fasquia pretendida, enrolando bem os pedais até ao alto do Catefica. Mais uns quantos ciclistas para ultrapassar já na rotunda do cacho de uva qual obra modernista que a resina e fibra de vidro não consigam realizar pela módica quantia de...uma fortuna.

Chegado a casa, noticias de que afinal o almoço que estava programado iria ser um pouco mais tarde. Afinal podia ter continuado com os Pina Bikes para a derradeira subida de Salemas...Fica para outro dia.

No próximo domingo gostava de fazer uma tirada idêntica, mas mais concentrada na zona de Lousa e Ponte de Lousa pois o Google Earth diz-me que por ali existem umas subidas boas para se fazerem...quem ler isto ainda pensa que sou algum trepador de jeito...lol.

Abraços ciclómonos,

Feliciano Vasa também apelidado RAZA pelo Rocha...lol

Ps: da próxima vou levar maquina fotográfica ou alguém se lembre de tirar umas fotos. Este rescaldo tem relação com o blog Trepadores foi excelente treino