sexta-feira, 29 de maio de 2009

Treinos duros só ao fim de semana


Estive a investir tempo ontem à noite a analisar os treinos realizados durante o inicio do ano com ajuda de um programa chamado WKO+. Basta descarregar os ficheiros da Ibike e ver os gráficos, maravilhas da tecnologia! Ele dá-te a noção do impacto da carga no teu organismo, porque podes acrescentar uma escala desenvolvida por um treinador que agora não me recordo o seu nome, que tem a ver com o esforço percepcionado, podendo-se prever momentos de forma, isto em teoria.

O engraçado é que a fase que estou a passar coincide com o final de um macro ciclo. Ou seja, devo baixar os treinos de intensidade que tinha vindo a fazer até aqui, e reduzir a carga sem reduzir a duração do treino.

Por isso, agora as subidas são feitas em 25 ou 23 dentes no máximo, privilegiando a rotação. O que não quer dizer que o pulso não suba. E sobe, justamente porque estou na fase do sobre treino. Também descurei os treinos de rotação em subida que fiz no passado ano que tão bem me fizeram. Mais umas dicas que vêm num livro do Carmicael, o tipo que treina o Lance Armstrong.
Mas vai ser excelente porque, já me conheço e em anos anteriores estes períodos de abrandamento devolvem-me a forma.



Amanhã, Sábado será dia de sair mais cedo, 8:30 na Bicigal , para evitar o calor e rolar em plano (depois no local combina-se a volta).

Domingo iremos voltar a sair do mesmo local às 8:30 e encontrar os companheiros de Loures que vêm à serra de Montejunto.

Os oestinos que queiram aderir estão convidados.

Abraços Ciclómanos!

Humor andar de bicicleta em Lisboa

É duro, muito duro, pior que na Volta a Itália (Giro)




Entrevista com o Eng. Paulo Guerra dos Santos "100 dias de Bicicleta em Lisboa"

Pessoalmente não gosto do termo "cem" que se confunde com "sem". "sem dias de bicicleta em Lisboa". Mas cá vai a entrevista

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Novos companheiros

Domingo foi dia de fazer horas e acompanhar novos "velhos" companheiros de estrada. O Nuno e o Gaspar ( que regressou de França com histórias de fazer partir o côco a rir), começam a dar as primeiras voltas mas apresentam um nível que convêm salientar muito bom. Quem os conhece sabe que gostam, tal como eu e o Chico, de carregar no pedal.
A volta foi realizada a ritmo moderado comigo a tentar recuperar a tal forma que tarda em aparecer. Por isso mantive-me quase sempre a puxar.
Fomos até Serra del Rei, passando pelo Bombarral. Óptima companhia que merece criar frutos.

Com vista às series de Super Classicas 2009 o "projecto" será fazer surgir a mesma filosofia das provas de resistência que existem no BTT. Lá fora são conhecidas por centenárias e rodam as 100 milhas. Daí que gostaria que este ano fossémos capazes de fazer a centenária da Estrela. Será preciso delinear um percurso que totalize as 100 milhas mas em montanha, neste caso, alta montanha.

Os treinos não têm sido uma aposta clara na intensidade mas antes na quantidade e qualidade dos quilómetros como podem ver na imagem.

Da ultima vez foram 5 horas em solitário com média de 28 kms/h. Boas sensações (ok, o limiar das 3 horas já se sabe, custa-me imenso), mas curiosamente no final fiquei com a sensação de poder fazer mais kms com uma intensidade ainda maior. Isto é, não houve lugar ao empeno. Há que melhorar a média e aumentar a quilometragem. Porque já fiz as mesmas 5 horas com média de 33Kms/h.

Cliquem na foto para verem os dados, se quiserem, claro!

Porque ando a abordar a resistência, chegou-me ao email vários anúncios de eventos que devo referenciar:

O primeiro foi de Sónia Lopes,

"Pelo 2º ano consecutivo o Núcleo BTT Vila Fresca da Vila Fresca de Azeitão organiza a Prova de Resistência da Arrábida. É uma competição de BTT em circuito, ao longo de 4 ou 2 Horas.

Num circuito totalmente inserido no Parque Natural da Arrábida e na bela zona de Azeitão a dureza e a beleza estão garantidas. Excelente ocasião para competir, pôr-se à prova ou simplesmente divertir-se e apreciar o que a Serra da Arrábida tem para lhe oferecer.

Esta foi a forma que o destino me fez regressar à competição, acedendo ao gentil convite do Núcleo BTT Vila Fresca estarei presente para a entrega de prémios ao escalão feminino.

Não se atrevam a faltar!"

A outra mais curiosa veio da cidade de Pombal:

MARATONA CIDADE DE POMBAL

28 DE JUNHO



Lazer e competição em paralelo

Maratona – 200 euros para o vencedor ) 2.º 100 euros ) 3.º 50 euros

Meia Maratona – 200 euros para o vencedor ) 2.º 100 euros ) 3.º 50 euros


Com direito a almoço e prémio (aquilo vai ser uma corrida, mas não digam a ninguém).

Vejam mais informações aqui

Quanto aos companheiros do Oeste não adormeçam, enviem os eventos que eu contribuo fazendo publicidade deles.

Isto já nada com 30 visitas numa hora, nada mau!

Abraços Ciclómanos!

ps: Outros eventos de estrada perto da zona Oeste por favor divulguem para o mail sff.

sábado, 23 de maio de 2009

I Super Classica 2009 Torres Fátima Torres

Dia 10 de Junho será dia da 1ª Super Clássica de 2009.

A concentração será frente à Bicigal em Torres Vedras pelas 8:00 com saída às 8:30.

O percurso até Fátima é absolutamente deslumbrante. Sairemos de Torres Vedras em direcção a Rio Maior passando por Porto de Mós onde haverá uma curta pausa para o café e naturalmente algumas fotos. Depois rumaremos até Fátima.

O espírito desta peregrinação é chegar a Fátima em grupo compacto. Isto quer dizer que os companheiros em melhor forma devem esperar pelos mais lentos fazendo neutralização em dois locais (Rio Maior e Porto de Mós). O objectivo será fazer kilometragem para uma segunda clássica com as mesmas características em Setembro. Além disso será também uma boa preparação para as voltas no Distrito da Guarda e Covilhã.

Haverá quem queira fazer o percurso de volta até Torres, mas passando pela Batalha. Surgem assim três possibilidades:

Fazer as duas mangas
Fazer a manga até Fátima
Fazer a manga de Fátima até Torres.

Em Fátima haverá neutralização para restabelecer hidratos de carbono e liquidos, para o descanso e visita ao Santuário.

Recomendamos que levem apoio automóvel e companhia para o convívio em Fátima.

Aqueles que se interessarem podem aparecer e colaborar imprimindo esta foto e colocando nas lojas obviamente com respectiva autorização.



Clique na foto e façam imprimir.

Até dia 10 de Junho.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Austrália e Reino Unido no Protour

Os anglo-saxónicos são conhecidos pela sua visão oportunista. Costumam estar à frente e quando encabeçam um projecto seguem meticulosamente o plano estratégico delineado por eles.
Diz-se que passam horas a planear e a preparar para executar com extrema precisão.

Estas podiam ser palavras soltas, se não fosse o exemplo da equipa olímpica do Reino Unido, em Pequim, com várias medalhas conquistadas em ciclismo de Pista.

A noticia já faz correr tinta e diz-se que estação televisiva Sky irá ser um dos patrocinadores. Tal decisão deve-se a Dave Brailsford, que tem trabalhado com federação de ciclismo daquele reino.

Curiosamente o projecto British Cycling, tenho uma cópia em casa, além de estatísticas que eles me forneceram, (outras mentalidades) é uma sinergia de vários programas complementares que vão desde a capatação de talentos, através da promoção do ciclismo utilitário.

Portugal, dizia-me há dias uma pessoa, "é um país que precisa de perceber que não pertence ao primeiro mundo. Somos um bom país de terceiro mundo, com um atraso significativo a vários niveis, em especial ao nivel das esferas gestoras. São demasiado complexadas por serem pequenas, vaidosas, com enormes recalcamentos. Quando confrontados com ideias inovadoras e exequeiveis preferem rematar para canto, adiar decisões. Têm pouca visão estratégica."

Se em Portugal o estigma sobre o ciclismo passa apenas por doping e desporto de pobres, o que dizer do futebol. Violência e telenovelas...

Mas fica a culpa para quem do ciclismo sobrevive. Aprendam com os outros, neste caso os beefs e os aussies!

Fica a pergunta srs Marketeers e responsáveis de marketing:

Os estrangeiros, andam loucos?....

Astana pode mudar de patrocinio


No Giro de Itália, a equipa ProTour Astana, de Johan Bruyneel, passa por dificuldades financeiras com ordenados em atraso. Os patrocinadores da equipa, do Kasiquistão, não têm respondido atenpadamente aos pedidos de reunião e quando o fizeram, não pagaram na totalidade todo o montante em dívida. Por isso, os atletas apareceram em competição com os nomes do patrocinadores no seu equipamento esbatidos. Numa brincadeira, Lance Armstrong apelidou a equipa de team faded (equipa desbotada).

Como costumo movimentar-me bem no meio informativo (ironia), consegui obter o nome do próximo (possível) patrocinador da equipa, mesmo antes da Volta a França. Trata-se da Olympus de Johan
Bruyneel, que poderá conseguir uma companhia norte americana. Os anglo saxónicos andam doidos por ciclismo. Claro que a Trek e a Nike continuarão com os seus compromissos e talvez assumam uma maior fatia, visto que a concorrente Adidas, vai aparecer em 2010 com mais força no ciclismo a par com a Bianchi.

Entretanto rumores vindo de fontes da equipa da Astana, dizem que será possível que em 2010, Lance Armstrong possa partilhar a detenção dos direitos de uma equipa profissional.



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Petição Online


Está online uma petição para descontos fiscais para aquisição de bicicleta:

Caros Senhores:

Da Lei do Orçamento de Estado para 2009 consta uma medida de incentivo
fiscal à compra de veículos eléctricos ou movidos a energias
renováveis não combustíveis, na forma de uma dedução à colecta no IRS
de 30\% dos custos de aquisição.
No entanto, na sua presente formulação, exclui-se deste incentivo o tipo de veículo comprovadamente mais sustentável e energeticamente eficiente: velocípede.
Os signatários desta petição rogam que o texto da lei seja reformulado por forma a eliminar esta incoerente exclusão.

Petição Online

O mesmo autor engenheiro aero espacial quer levar este assunto à Assembleia da Républica. Coloquem lá a vossa assinatura sff.

Em Itália, no Giro, ciclista despenha-se

Não são só os aviões que se despenham. Os ciclistas também voam por ravinas, e pelos vistos também da memória dos jornais desportivos, desumanizados!
Pedro Horrillo, foi vitima de um aparatoso acidente que o lançou por uma ravina aterrando a 60 metros. Foi necessário ajuda do Corpo Especial de Resgate Alpino para o encontrar e socorrer. O atleta com múltiplas fracturas, esteve em coma induzindo pelos médicos. Oxalá ocorram as rápidas melhoras deste ser humano.



Entretanto, na nona etapa do Giro houve protesto por parte de todo o pelotão, devido às inseguras condições do circuito na cidade de Milão, com carros na faixa de rodagem mal estacionados e curvas demasiado apertadas. Itália é conhecida (negativamente) pelo seu comportamento do povo e pelo seu transito. A sua capacidade inventiva premeia-nos com Ferrari's e ao mesmo tempo com cidades sujas e indisciplinadas. Disciplina vem de discípulo! Disciplina é pois respeito e acatamento relacionados com aprendizagem!



Podem ver mais também em Veloluso.

Domingo foi dia de treino severo. Não porque o tempo estivesse desagradável, mas porque é altura de as domingueiras servirem de base para aumentar a carga de treino em termos de intensidade e duração. Após Sábado, ter sido dia de o Chico subir a Montejunto por Vila Verde dos Francos, em ritmo sempre constante, que totalizou 8 kms desde o Rodeio até ao alto, em 25:30. Assim mostra o ficheiro do Ibike. Na Quinta feira anterior consegui fazer menos tempo em 24:00, mas com menos potência desenvolvida. Ainda ando ás voltas para comparar os dois ficheiros e ver onde estão os factores que determinaram a diferença.
-Bolas Vasa, que loucura de ritmo, disse o Chico na primeira fase da subida, em que a média de potencia desenvolvida mostrava uns contantes 333 watts. Desta vez a subida custou mais (Taxa de Esforço Percepcionado). Nos últimos metros, o Chico tomou a dianteira e controlou o passo também no limite.
-Pá gosto deste tipo de subidas. Fortes no principio...quando saíste (sair é arrancar subida acima sem atacar) em Vila Verde até me assustei.
- Mas custou-me vir ao teu passo até cá acima, dizia eu, com a respiração ainda ofegante, convencido que tinha melhorado o tempo desde a ultima subida. Olhei de relance e o mostrador marcava 180 BPM - Batimentos por Minuto.

Mas falemos de Domingo. Torres Vedras enche-se de ciclistas por volta das 8:30 e as 9:00 da manhã. É vê-los passar isolados e em grupos que chegam a atingir mais de 20 ciclistas. Só que ontem juntámos muitos mais. Desde Torres Vedras até ao Bombarral colavam-se a nós grupetos dispersos. O Chico teimava em colocar um passo certo. Era dia de carregar no pedal, pois tínhamos falhado o convite dos Pina de Loures que iam à Malveira da Serra até à Peninha.

Num dos grupos ia o famoso ex ciclista João Roque. Com uma idade avançada ainda faz os seus treinos regulares. Vejam na foto está assinalado e de Recer Boavista.



O ritmo foi deveras severo e até ao Outeiro da Cabeça e as bocas do pessoal fizeram o Chico zangar-se.
-Chico não apertes muito que dormi mal...
E os tipos cá atrás falavam numa algazarra pegada.
-Ai que hoje vou mortinho para casa, se estou assim no principio com este gajo cheio de força,... pensava eu. Lá olhava para roda da frente do Chico que se adiantava uns centímetros. No meio do falso plano..lol... do Outeiro o Chico resolve afastar-se da frente para se assoar e eu mantive o passo até ao topo.
-Afinal o Vasa ainda queima...lol, pensou ele confessando-me isso no final do treino.

No Bombarral a média estava nos 34 Kms/h. Passámos o Bombarral e alguns deles mantinham-se e reagrupavam após sprint vigoroso na entrada da Vila. Pensava eu, mas isto vai ser assim? Felizmente começava a sentir-me melhor e juntava-se a nós um jovem sub 23 que corre na Fonotel. Lá continuámos até Caldas da Rainha após o grupo que nos acompanhava ter voltado para a Roliça.
A filosofia do treino mantinha-se com ritmo certo mas rijo com o "pro" a sair no final das subidas. O certo é que durante muito tempo tomei a dianteira mantendo a setinha do mostrador do velocímetro para cima, que indica que estamos a velocidade acima da média. Já na Vermelha o Chico dava os sinais de que as suas pernas estavam a acusar o treino. Na subida eu disse-lhes:
-Epá, vocês vão-se embora que eu fico. Mas pensei que eles iam mesmo embora e lá continuei a enrolar. O certo é que o Chico na minha roda riu-se.
-Assim é que ficas...querendo dizer que continuava em bom ritmo. Ás vezes a nossa percepção diz-nos para aliviar, mas o ritmo que já alcançámos com a cadência, permite continuar e quando damos por isso chegamos até ao final integrados no grupo. Voltámos para Cadaval em direcção ao Vilar onde coloquei o passo. Agora por motivo de algumas subidas a média tinha baixado, mas os 30,8 kms/h iriam durar até Ameal, onde se despediu de nós o tal "pro" sub 23. Ah, é verdade, ele é colega do Micael Isidoro que está de convalescença após intervenção a uma hérnia. As melhoras rapaz!

O final do treino foi mais calmo:
-Tenho as pernas muito mal tratadas, disse o Chico.
-Eu não...existem coisas que não se compreendem. O factor psicológico é sem dúvida essencial no treino. Durante algum tempo a mentalização que realizei dava os seus resultados. Repetia e visualizava as pernas e receber energia e a trabalhar como pistons. Pensava em coisas positivas, de perseverança que estavam a resultar. Talvez por o factor mental ser tão importante, começam a chegar ao ciclismo, oriundos dos EUA, métodos de treino mental destinados aos desportistas. De facto treinar apenas o aspecto físico equipara-se a uma roda de bicicleta sem ar dentro. Ou a um veleiro com o casco "mega" deslizante com as velas rasgadas... ou com pouco pano.
Levei o Chico até ao Carvalhal e ainda tive coragem para subir a Serra da Vila!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Treino 12MAI09 - Perseguição


Hoje foi dia de testar o sistema sem fios (wireless) da Ibike. Apesar de haver alguns "erros" de leitura o sistema consegue para além de colocar a frequência cardíaca de modo muito inteligente no visor do aparelho alternando com a cadência. Para mim é excelente, pois posso controlar três parâmetros num relance. Potência, frequência cardíaca e cadência.


Quando saia para encontrar companhia, (hoje não me apetecia muito, mas lá pensei nos kilitos a mais), cruzaram comigo 4 ciclistas que fizeram-me sinal. Sou sincero não reconheci nenhum...mas lá fui em perseguição. Assim deu para ir subir algumas lombas bem acentuadas na zona da Carvoeira. E que lombas. Podem ver na imagem (se calhar não dá para ver bem) alguns picso de potência. São incongruências do aparelho que analisa o vento. Esses esqueçam. O que fica para registo é um sprint final com 1035 watts. Nada mau mas tenho de melhorar.

Lindo foi também verificar o estaleiro da construção de uma nova torre de energia eólica.

ps.: desculpem, depois coloco o link para a imagem do treino. Cliquem nas fotos para descarregarem.
Ah já me esquecia, alongamentos.

Ciclismo utilitário

É sabido que a bicicleta pode ajudar a resolver alguns problemas viários, com os quais, inúmeras cidades portuguesas se debatem.
A bicicleta é um veículo utilitário comum em bastantes cidades mundiais e ajuda a "alavancar" a economia de países com fortes carências como em África, América do Sul e Ásia. No Ruanda por exemplo, existe um projecto que divulga a utilização da bicicleta para transporte do café, que era feito a pé. Representa um aumento da capacidade de escoamento do produto (50%) por parte dos agricultores localizados em zonas mais remotas.
Também em termos bélicos, foi a desgraça por exemplo dos americanos no Vietname, e ajudou a transportar de forma eficaz grandes contingentes de tropas e peças de artilharia (fala-se mesmo de tanques) de forma eficaz e silenciosa durante alguns conflitos.
Mas não se pense que resolve apenas os problemas dos mais pobres. Resolve também os problemas inerentes ao transito em cidades de países desenvolvidos. Londres, começa a colocar em marcha os seus programas de incentivo à utilização da bicicleta e outras cidades europeias seguem esse exemplo. Preocupadas com emissão de carbono (dinheiro que sai dos cofres dos estados), a utilização da bicicleta resolve vários problemas:

1-Redução do impacto dos automóveis dentro das cidades:
  • Redução da emissão dos gases de estufa;
  • Resolve parcialmente os problemas de estacionamento;
  • Redução do nível de ruído;
  • Encurtamento do tempo despendido entre deslocações.
2- Aumento da qualidade vida do utente:

  • Pedalar é um dos melhores exercícios cardiovasculares;
  • Pedalar ajuda a perder o excesso de gordura acumulada;
  • Ajuda a poupar dinheiro gasto em transporte;
  • Redução significativa dos níveis de stress, na população;
  • Aumento da sociabilidade nos utilizadores.
Existem contudo factores que surgem na comunicação social que tendem a mistificar ainda mais a utilização da bicicleta como meio alternativo de locomoção.

Aparece à cabeça o sector automóvel. Esse sector conduz uma politica de comunicação desajustada. A meu entender a cidade não deveria ser o local para promover o automóvel, veículo projectado para as grandes e médias distâncias. Mas é na cidade que estão as pessoas...que compram por status, outro aspecto negativo no foque da sua comunicação.

Existem depois os governos que, talvez, para colmatar as suas politicas erradas de controlo de tráfego, preferem erradicar a bicicleta. Erradas, porque foram com os tempos atrás de uma insustentabilidade rodoviária, com demasiada dependência do automóvel. Com isso os veículos motorizados de 4 rodas foram sendo colocados em favor dos de 2 rodas. Os impostos falam mais alto. Com a crise dos combustíveis e o alerta mundial sobre a imediata escassez de recursos, acrescido da necessidade de encontrar novas fontes de negócio sustentáveis, surgem tecnologias que vêem pouco a pouco substituir os combustíveis fosseis. Existe também um factor estratégico e claro está de segurança sobre a dependência energética, mas não vou me alongar mais.

Como sabemos grande parte das cidades não estão desenhadas para a utilização da bicicleta. Podemos especular que bastam sinalização e redução de tráfego, e pinturas nas faixas, com legislação...o costume mais leis que ninguém percebe nem cumpre. É preciso trabalhar a outro nível, o da comunicação e educação cívicas, (consciencialização) para reduzir o marketing negativo acerca das bicicletas e do ciclismo.

Surge assim modestamente uma nova oportunidade económica para desenvolver tecnicas, equipamentos e soluções em diferentes domínios de forma a alanvancar a qualidade das urbes, isto é dizer também... da humanidade, visto que caminhamos a passos largos para uma cidade global.

Para os mais interessados deixo-vos um link para ajudar a equacionar o problema.

Abraços ciclómanos

ps: Pensavam que não vos partilhava mais um vídeo hã...

domingo, 10 de maio de 2009

Super Classicas 2009

Até ao final do ano eu e o Chico temos intenção de lançar vários desafios a que vamos chamar SUPER CLÁSSICAS 2009

Serão etapas com algum grau de dificuldade mas que possuirão sempre que possível dois graus de dificuldade.
Iremos dar primazia a locais de Portugal, que pela sua beleza, serão uma boa desculpa para ir para fora cá dentro. Desde as idas a Fátima, Nazaré, e outras voltas dentro da região Oeste, ainda sobrarão locais como o distrito da Guarda e da Covilhã com a inevitável Torre.

Ainda este ano vamos lançar um desafio que já fizemos à três anos atrás. Subir a Serra da Estrela por três vertentes no mesmo dia.

A próxima etapa será a Fátima, com ida e volta. Terá duas mangas para aqueles que quiserem fazer apenas um dos percursos.
Ainda sem data marcada (mas para breve) aqui vai uma amostra do poster que vamos afixar em alguns locais e lojas de bicicletas.


Estão desde já convidados os ciclómanos do Oeste e arredores e claro está os companheiros de Loures. Qualquer dúvida, contem com este blog ou perguntem para o email: felicianovasaferreira@gmail.com

O treino de hoje foi efectuado em grande medida debaixo de chuva e estrada molhada para os lados de Alenquer. Ritmo certo que os pés com os sapatos cheios de agua não convidaram a grandes acelerações. Mesmo assim média de 27 km/h. O Runa e o Aldeano também se cruzaram connosco mas em locais separados.

Abraços Ciclómanos
Ps: Vejam esta reportagem que estava no Veloluso. É a homenagem possível ao Joaquim Agostinho. Se fosse vivo teríamos certamente uma equipa profissional do Oeste, algo também útil, para o bem comum, que não apenas um museu incorporado num velódromo. Um memorial seria apenas algo que faltaria. Sim, também sei ser irónico, caro Madeira...mais uma para o protagonismo...

sábado, 9 de maio de 2009

Uma semana animada

A semana que passou foi de descanso, embora tenha havido espaço para algumas horas de selim, 10,5 no total.
Podem questionar, se a carga horária foi assim tanta como houve descanso?
A média da frequência cardíaca e a potencia desenvolvida (intensidade) do treino foi bem mais baixa do que o normal. A carga (intensidade x duração) foi menor porque apenas mantive a duração. Não fiz, como habitualmente os treinos específicos em rolo estático, que literalmente partem-me todo! Prefiro fazer treino especifico, series, meio fundo, etc, em rolo porque permite manter constante a intensidade e duração, sem as irregularidades do terreno e do tráfego que se encontram numa saída normal.

Montejunto foi uma vez mais eleito e deu para fazer uma média melhor, partindo da rotunda do Rodeio. Desta feita não fui às antenas e passei directo por Pregança para uma nova ascensão que descobri para os lados do Carvalhal, mas em Bombarral, que acaba numa localidade chamada de Salgueiro.

Também noutra saída, houve coragem para um reconhecimento de uma subida bem dura próximo de Óbidos, com o nome de Casais Brancos. A inclinação média não desce dos 12% até ao topo e são mais de 1,5 Kms sempre em crenques.

Durante a semana ainda houve tempo para uns contactos sobre o projecto Oeste Pro Cycling.
No âmbito desse projecto fica uma pitada daquilo que, (oxalá exista coragem e visão dos políticos da região Oeste) será uma das componentes do projecto. Uma aposta forte na multimédia!



Na etapa 406 e 407 do Veloluso existe um anuncio interessante sobre o lançamento de um livro sobre ciclismo.
"hoje, (sábado) pelas 18 horas, no Auditório da Câmara Municipal de Torres Vedras, será lançado o livro 'Memórias de um Campeão', da autoria desse grande Jornalista intrinsecamente ligado ao Ciclismo que é o Fernando Correia e que recorda a história de Joaquim Agostinho."
in Veloluso

Parece que vai haver uma corrida para Fátima no próximo domingo organizada pelos ciclómanos de Loures. Ainda não decidi se vou, porque não tenho forma de
voltar, (ok até tenho... de bicla) mas ainda não tenho kilometragem suficiente. Fazer o regresso sozinho é duríssimo.

Estou a elaborar um percurso para daqui a algumas semanas que se inicia em Torres Vedras, passe por Porto de Mós (com o seu belo Castelo) até Fátima. Pouco transito e novas paisagens para apreciar.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

03Mai09 Domingo - Cronica da Volta ao Barril


O titulo sugere aquilo que o treino do passado Domingo iria presentear.
O Barril lembra vinho e é uma localidade muito perto de onde vivi durante toda a minha infância. Foi no Barril que fiz a telescola. Os mais novos talvez não se lembrem, mas à uns anos atrás havia uma emissões na RTP2 dirigidas aos alunos. Havia uma programação e na hora devida os professores ligavam a televisão para vermos a lição que depois era complementada na sala de aula. High Tech à anos 80.

Mas falemos de ciclismo e de pessoas.
Saídos do Carvalhal, onde o Chico vive, deu para ver os avanços que a 4L teve nos últimos dias. Com 10 minutos de atraso rumámos até à Malveira, onde supostamente nos iríamos encontrar com o grupo de Loures. A meio da subida, o Freitas telefona ao Chico. Estavam a chegar a São Miguel de Alcaínça. Lá tivémos de endurecer o passo para recuperar.
Para ser honesto, o dia estava maravilhoso para se andar de bicicleta, mas apetecia-me pouco. As pernas estavam pesadas, com aquela sensação de que o resto está bem. E tinha razão, porque logo que aquilo acelerou à saída de Mafra para (sei lá dizer) alguém pontuar na rotunda da Paz, criou guerra. Quando se juntam alguns elementos, não sendo depreciativo com ninguém, gostam de se testar.
O Chico já apanhou a minha máxima:
-Lá estão eles a medir o tamanho das pilinhas...é coisa de macho, é viril, é...enfim, sem comentários, porque não se coloca um ritmo certo.

O relevo não ajudava e mal carregava mais um pouco, as pernas doíam mesmo muito ao ponto de apertar as mãos no guiador. Qualquer ciclista sabe qual é a sensação...a de apertar as mãos no guiador!
Na saída de Ribamar (Ericeira), alguns ficam para trás, porque o Runa tinha perdido o bidon naquelas lombas que eu acho demasiadamente perigosas. Noutros países, mais civilizados, melhor com responsáveis com mais bom senso, opta-se por outros meios que permitem a todos os utilizadores da via pública reduzirem a sua velocidade sem "esbarrarem" com aqueles altos.

Os que seguiram, incluindo eu, desacelerámos ao ponto de alcançarmos os restantes elementos do grupo de Loures que tinham continuado em Alcaínça. Não obtstante passam os elementos que tinham ficado para trás em grande passo. Eh, houve pessoas que tinham esperado...o que obrigou a acelar mais um bocadinho.
-Saber andar de bicicleta, dizia-me o Joaquim Gomes, é saber controlar o nosso passo e o dos adversários. Assim quando estamos mais doridos, evitamos os arranques bruscos que só servem para acumular mais acido lactido e para nos desgastarmos. Por isso não corri logo para a roda e deixei-me ir, progressivamente, "embalando a bicicleta", como ele dizia.
Pessoalmente acho que muita gente monta na bicicleta só por montar e toca de esvaziar-se em arranques que em nada contribuem para,... o convivio salutar que é o que se pretende quando se vai em grupo!

O Chico, entretanto que ia sofrendo tal como eu, resolve partir a corrente. Existem os que "furam", mas o Chico é mesmo assim, parte logo a corrente. Foi o motivo para desacelerar e trocar umas bocas "saudáveis e companheirescas" com outro companheiro de Loures. Felizmente ando preparado e tinha um desencravador que o mecânico de serviço (o tal companheiro) imediatamente pegou, sem antes avisar:
-Eu fico e vou convosco mas não é para aventuras...
Entretanto passavam os elementos mais atrasados:
-Já ai vão...lol disse ele.

Até à Murgueira ainda houve umas picardias com a minha bike, que teimava em não embalar na subida da Picanceira. De tal modo que até os grupos mais atrasados, alcançados no sopé, me estavam a ultrapassar. Inspirei fundo, e preguei uma abaixo, literalmente, baixei para uma mudança mais leve e acelerei rampa acima. Alcançei o Chico e o outro companheiro no alto que iam em amena conversa. Aliás foi sempre esse o lema desse periodo. Iamos alcançando grupetos sem forçar o ritmo.

Lá estavam os durões do dia à nossa espera na Murgeira, a beberem a regular Coca-Cola. O Freitas mete-se a caminho, dizendo que estava atrasado. Após alguns minutos o grupo segue-o. A subida do Codeçal até ao alto do Gradil foi feita a passo certo nos metros iniciais. O Chico resolve endurecer o passo e após segundos toda a gente mais atrasada tenta recolar. Deixei levar o passo que trazia, sem pensar para mim mesmo: bom não vou partilhar isso.
Com o mesmo passo regular acabei por alcançar os mais adiantados, sem forçar, sem estições, apenas com serenidade e de tal modo que ainda deu para fazer os ultimos metros com mais velocidade, para ganhar terreno que desse para tirar uma foto mais à frente. Na descida do Gradil o grupo não percebeu e passou sem que fosse possivel clicar.
Fica para a próxima.
Talvez porque o Barril...era o nome da volta... Deixei ir o grupo onde o Chico se integrava na retaguarda, olhando para trás para ver se eu ia arrancar. E arranquei, mas nas calmas. Tinham-me frustado a foto e isso não perdoo...Deu para, mesmo assim, fazer a subida de Vila Franca do Rosário, com dois ciclistas jovens que tinham passado por mim na altura da mijinha. Pelo seu andamento e postura devem estar a dar as primeiras saídas. Meti-me com um deles que via o seu companheiro a fugir e disse:
-Olha o teu companheiro está a ir-se embora. Vem comigo. Se colocares um passo certo eu levo-te lá. Vem comigo e não forces, se pesar fica, eu não te abandono.

E lá fomos sempre a ganhar terreno com paciência, com inteligência. Ao ponto do rapaz na saída da localidade ainda ter bofes para dizer:
-O ciclismo é duro...
-Não, não é, duro é não ser-se inteligente, e tentar responder de imediato, sem ponderar. É como na vida!
Na frente o Chico metia o passo e ninguém ousou sair para a frente.

Ciclismo é estratégia, É saber, é conhecimento de si mesmo. Também é superação e humildade. Empenos, quedas, maus julgamentos e decisões são comuns neste desporto, mesmo em termos recreativos. Por isso nos ensina tanto, se soubermos tirar daí lições, se estivermos atentos com a mente aberta e imparcial. Porque se a visão ficar turva e diminuida como faz o vinho, penso que pouco podemos disfrutar deste desporto.

Abraços ciclómanos!



sábado, 2 de maio de 2009

2MAI09 - Era só para moer as pernas


O treino que seria só para moer as pernas, afinal teve companhia de mais gente. Começou à saída de Torres com um sr nos seus 59 anos que estava pela primeira vez da época a ultrapassar a fasquia dos 50 kms. Curiosamente é vizinho do Hugo Vitor, que passados alguns minutos cruzava connosco. Lá fui atrás dele pois seria uma boa roda, do Bombarral até Torres Vedras. Mais tarde juntou-se outro profissional, sim... daqueles que são controlados. A volta a Marrocos pelos vistos fui dureza com médias finais a rondar os 50Kms/h.
Agradável companhia que nos levou a Montejunto novamente. Em Vila Verde dos Francos, disse adeus ao pessoal, para ir no meu ritmozinho serra acima, novamente (porque ontem fui lá acima três vezes).
No final totalizei 100 kms (3h 30minutos).

Para Domingo o pessoal de Loures vai fazer a Volta ao Barril .

Se por algum motivo o carbono escassear pela crise do petróleo (o carbono é obtido a partir do petróleo), existem as bicicletas de madeira, vejam esta

Abraços Ciclómanos

sexta-feira, 1 de maio de 2009

01MAI09 - Rescaldo do treino de Montejunto

Eram 8:00 da manhã quando saí, depois de ontem à noite ter confirmado com Chico do Carvalhal se queria ir fazer o treino connosco. O rapaz anda "atarefado" com a sua nova viatura que está a recuperar, uma velhinha Renault 4L.

Rumei a Vila Verde dos Francos ao encontro do pessoal de Loures aka (also know as) PinaBikes.
Só em Olhalvo, já no empedrado, agrupou-se o grupo com apenas:
O Freitas, Ricardo e o Ruben que pratica Triatlo. Sim, vai com letra grande porque a modalidade merece. Merecem os seus dirigentes, atletas e patrocinadores!

Esta tripla de ciclistas iria obrigar-me a percorrer os 128,7 kms de hoje com grande dedicação.
No inicio da primeira escalada verifiquei de imediato que o treino da ultima quinta feira feito em rolos ainda tinha acido latido acumulado!
Segui com grupo, que ia compacto com o Freitas a colocar o passo sempre certinho:
-O dia ainda vai no começo!
O colega Ruben de amarelo com a sua Trek e a camisola amarela colocava um passo certo (ah grande Armstrong) e claro está, dava para ver o excelente momento de forma do Ricardo. Quando olhei para o medidor de potencia só marcava 298 watts. No local da imagem já passei a desenvolver mais, mas deixei-me ir porque era melhor seguir o conselho do Freitas.

Depois da acentuação do declive ainda me coloquei à frente mas durou pouco pois os rapazes rapidamente fizeram a junção e continuaram. Até ao alto da primeira tirada da subida deu para acompanhar e fiz mesmo o esforço nos ultimos metros. Já no cruzamento para as antenas deu-se novamente outra recolagem depois de eu ter acelerado a maquina na descida. O Freitas era agora quem comandava as operações e atacou o sopé da subida onde me limitei a controlar. Eram os primeiros sinais de que as pernas ainda não tinham aquecido devidamente. Tinha vindo com dores toda a subida. Chegados ao alto, mesmo no portão da entrada do Quartel onde estão as antenas, altura de voltar para trás.

A surpresa viria com o Ruben que, descidos para Pregança, o rapaz nunca mais chegava. Começámos a preocuparmo-nos e ainda voltámos para trás. Felizmente poucos metros, lá vinha o Ruben de amarelo, provavelmente com as mãos doridas de tanto travar.

Novo episódio, e lá fomos para Chão de Sapo e para o Vilar em passo moderado na galhofa recordando a ultima vez que por ali passámos.

A segunda escalada estava perto quando fomos ultrapassados por um ciclista de vermelho que levava um daqueles passos.
A segunda subida foi bem melhor, embora após alguns metros, a seguir às casas depois de o declive acentuar, o Freitas inesperadamente abriu. O Ruben e eu limitámos a seguir o Ricardo. Ainda o fiz durante algum tempo e vi que o pulso estava a aumentar. Das duas uma, ou eles aceleravam ou eu quebrava. Nestas alturas é melhor controlar a potencia e a frequência cardíaca e deixar ir embora. Acompanhar só vai causar estragos e afinal de contas estamos a treinar, não a competir!
O meu pensamento estava certo e os homens a determinava altura já não ganhavam terreno. Quem tinha ganho, era o tal ciclista de vermelho que parecia uma moto! E eis que o Rocha se cruza connosco. Até ao alto das antenas consegui manter a mesma frequência cardíaca e a mesma cadência como da primeira vez. Ainda deu para enrolar o 17 só para ver como estava de força, que poucos metros à frente retirei.
Lá no alto andava o Gustavo da Bicigal que cruzou connosco e ficou à nossa espera no cruzamento da Cruz.

Agora o quarteto subia a quinteto com a companhia do Gustavo, que veio até ao Rodeio para fazer nova ascensão connosco.
Deu para fazer a primeira fase até Vila Verde dos Francos na frente e durante a subida após a localidade. Até ás casas, vínhamos integrados quando o Ruben e o Freitas deixavam de acompanhar. Lá tentei ir o máximo de tempo atrás do Ricardo logo seguido pelo Gustavo. Deixo-me ficar para trás e agora era o Gustavo que fazia as despesas na aproximação ao Ricardo, que tinha ganho alguns metros. Foi nessa fase que comecei definitivamente a acusar o esforço do treino. O Gustavo acabou por fazer a recolagem, mas por pouco tempo. Restava-me guiar-me pelo ritmo do meu amigo. Algumas vezes parecia que o ia alcançar outras vezes distanciava-se.

Até ao alto das antenas foi uma prova de concentração. Contagem mental (1,2...3,4) para corresponder ao ponto morto superior da pedalada, ora da esquerda, ora da perna direita, que ajuda a ritmar também a respiração. Limitei-me a este exercício na pendente que considero a terceira fase da subida de Montejunto por Vila Verde dos Francos. A pendente média neste local é de 9%, mas hoje o ventinho estava a ajudar. Chegado ao alto no portão do quartel o Ricardo informa-me que tinha um minuto mais, do que ele o que queria dizer que tinha feito os mesmos tempos das anteriores ascenções. Positivo.

Hora de voltar para casa que contabilizava 4 horas e 30 minutos de treino. Reabastecimento numa das bicas de agua em Vila Verde dos Francos. Rumo a Torres Vedras na companhia do Gustavo!

Bom treino rapazes!