terça-feira, 30 de junho de 2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os espanhóis comunicam melhor...

Alguém se lembra se eventualmente algum ciclista português posou para uma revista de moda?

Pois bem Alberto Contador, Espanhol de Madrid, já!




Não é nenhuma pinbalheira, foi feito com classe. Assim se divulga ciclismo profissional!

Holé!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Trofeu Joaquim Agostinho na estrada

A única prova oestina está de volta ás estradas entre 8 a 12 de Julho, com a categoria 2.2 do escalão UCI.

Terá um prologo e três etapas e não terminará em Montejunto como nas edições anteriores.

Comemora-se 25 anos desde o falecimento do atleta Joaquim Agostinho.

Dia 8 (quarta-feira) – Prólogo
17.00 h – Brejenjas (Silveira)-A-Cunhados, 9 km

Dia 9 (quinta-feira) – 1.ª Etapa
Silveira (11.45 h)-Benavente (15.50 h), 176,3 km

Dia 10 (sexta-feira) – 2.ª Etapa
Sobral Monte Agraço (11.45 h)-Carvoeira/Parque Éolico (15.20 h), 151,6 km

Dia 11 (sábado) – 3.ª Etapa
Manique Intendente (11.45 h)-Vimeiro (15.55 h), 181,4 km

Dia 12 (domingo) – 4.ª Etapa
Circuito de Torres Vedras, 12 voltas (15.30/18.05h), 98,4 km

O site (muito pobrezinho) em termos promocionais é este:

www.trofeujoaquimagostinho.com

É uma tristeza que em ano comemorativo não haja um vídeo promocional da prova com um site que a dignificasse, com várias sinergias acopladas.

Tudo isto me deixa muito triste.

Hoje Luís Jardim e Vitorino Salomé disseram algo muito importante. A musica (eu acrescento a cultura) deviam ser entendidas como um factor estratégico para Portugal.

Sabem o que é que os americanos dos EU vendem mais?

Serão armas? não!
Serão aviões? não!
Serão medicamentos? não!

O que mais vendem é a industria do entretenimento! É a sua cultura!

Escrevi em tempos um artigo para o jornal o Badaladas em que focava justamente o potencial de aliar a cultura ao desporto. Volto a dizer, ciclismo permite isso mesmo!

Sergio Paulinho convocado para a Volta a França 2009

Vejam está pujante!

Apresentação da equipa convocada

The New French Revolution!




Os Favoritos:

Humor com "Vanessa Fernandes"







terça-feira, 23 de junho de 2009

Crónica da Peninha


Peninha, Sintra sempre foi e parece que ficou para ficar uma das piores tiradas que já fiz.

Foram há muitos anos atrás, quando dei as minhas pedaladas com os pros da altura, que soube o que era um empeno. A volta da Peninha sempre me trouxe as piores recordações a nível físico.

Infelizmente este ano não foi excepção. Apesar da magnifica subida por dentro da vila, cheia de curvas e sempre muito fresquinha, graças ao arvoredo da serra, saboreando um local telúrico, isto é, um local magico que nos faz sentir bem por força e motivos que não irei me alongar, nem tão pouco explicar, acho que psicologicamente ou por força do destino, acabo sempre por "vazar"...nas palavras do João Santos que nos acompanhou nesta volta.

Nem tudo foi mau. Salienta-se a boa companhia do Chico, do Manso e do Rocha, que ainda hoje me martelam a cabeça pelas tentativas de comunicarem comigo sem sucesso.

Talvez, por obra sabe-se lá de quem, ou do quê, exista um permanente bloqueio das chamadas que recebo. Tenho rede, o aparelho diz que sim, mas as pessoas não me conseguem contactar. Se vivesse noutro país e fosse algum destabelizador diria que seriam, forças de bloqueio!

O João Santos, é obviamente um bom conversador e está a atravessar um bom momento de forma. Boa empatia. Sobe ora em pesado ora em leveza, até dá-me impressão.

A volta caracterizou-se por um sobe e desce, autêntico parte pernas, escolha do Manso, que adoooora mesmo muito, mas mesmo muito subir! Por isso visitámos as subidas da região de Mafra, com mais inclinação. Até Sintra a montanha russa manteve-se e o meu estado agravava-se.

O calor tórrido, quase dava para torrar pão ao sol! Não ajudou e valeu as constantes paragens para hidratar os cantis (bidons) de agua. Há muito tempo que não bebia tanta agua, acrescido pelo facto do empeno que trazia.

Valeu a nota de 5 euros que encontrei quando subia o Gradil, para comprar água e Coca-Colas, dinheiro esse, que afinal pertenciam ao Manso. Devolvia-a! Coincidências e sobretudo seriedade, que foi a educação que recebi!

Felizmente, quase no final do treino após Malveira, começei a recuperar aquela sensação de melhoria geral. De tal modo que até à chegada ao Carvalhal, o Chico e eu rendemos a velocidades acima dos 35 a 40 kms/h.

Uma hora antes, tinha descolado literalmente do Manso, em plena recta da Nacional 9. Comi bem, dormi bem e continuo a não perceber a razão de tal quebra de rendimento.

Poderia pensar que se devia a Sabado ter andado por terra batida com a bicicleta de estrada, subindo trilhos com o piso aceitável (experimentem de vez em quando, vão adorar, mas coloquem pneus largos acima de 23). Ainda me converto ao ciclocross. Pena ser uma modalidade com pouca expressão em Portugal, vá-se lá saber de quem será a culpa...

Hoje, segunda feira, aliás terça, porque já passa da meia-noite está a dar em directo das minas de salgema de Loulé, o programa da Fátima Campos Ferreira subordinado ao tema Turismo, em que foi preciso vir um espanhol dizer que precisamos de saber comunicar melhor.

O Ministro da Economia fala em sistema holístico e Miguel Júdice do grupo Lágrimas disse que se investe menos na imagem de Portugal do que algumas marcas internacionais em Portugal!

E trouxe o espanhol ao assunto porque precisamente este senhor foi alto dirigente da TVE. VSabe do que fala do país da mesma Espanha que possui várias regiões que comunicam através de ciclismo! E no sector do turismo que não o de massas como fizeram as ex equipas: Isllas Cánarias, Fuerte Ventura, Isllas Baleares, e recentemente através da promoção de regiões como a Galiza, entre outras! Eles serão estúpidos?

Srs iluminados, este aqui anda a desenvolver um projecto de ciclismo que é holistico, sinergico e com um ênfase enorme na comunicação, permite posicionamento internacional, envolve redes sociais, media, educação, cultura, com uma forte componente social ..........................e por sinal é barato, face aos retornos estimados!

Por favor arrangem-me um contacto com o Sr Ministro da Economia que, das suas histórias pessoais que partilhou, é um excelente facilitador de iniciativas de impulso!

Sra Dra Fátima, por favor, faça um programa sobre a utilização de bicicletas e claro está de ciclismo. Porque acho que se chegará á conclusão que através do desporto e do ciclismo e da utilização da bicicleta se promoverá melhor o país. Como fazem os descomplexados espanhois!

Agora percebem o porquê e o sentido da foto!

sábado, 20 de junho de 2009

Volta da Peninha (Sintra) Dom 21Jun090800

A próxima volta será uma incursão à Peninha em Sintra, através de Cheleiros. Esperemos que não chova, porque da ultima vez não correu satisfatoriamente.

Apesar de no rescaldo do blog Conversas de Ciclista, não ser mencionado o meu azar, o certo é que devo chamar aquilo que me aconteceu, muita sorte.

Após Arranhó, depois de muita dificuldade em conseguir controlar a bicicleta em curvas anteriores, o pior podia ter acontecido. Numa curva mais apertada, sem conseguir explicar, a bicicleta foi literalmente em frente, comigo a tentar não me estatelar na estrada.

Quando estava a conseguir ganhar algum controlo, foi tarde demais e a única e consciente solução foi ir de encontro a um combro, mas de lado. Se não o tivesse feito, iria concerteza enfiar-me na berma que possui um escoamento de aguas perigoso.

Felizmente nada partido. Analisada a situação, concluí que os pneus da Michelin de arame que se vendem na Decathlon são inseguros para pisos molhados. O Chico que ia à frente conseguia descrever as trajectórias de forma impecável e eu tinha de aumentar o angulo da saída para a roda de trás não derapar demasiado. Porque derrapava em todas. Normalmente consigo descer muito melhor que ele. Ainda que tentasse deslocar o peso mais para trás, parecia que andava a debater-me com uns jet skis.

As mazelas, apesar do aparatoso sinistro foram um ombro dorido e algumas escoriações superficiais nas pernas e um enorme susto. Felizmente não vinha nenhuma viatura em sentido contrário. A Divina Providência e alguns intercessores estavam de serviço!

Como refere o Lance Armstrong num dos livros, se não estiveres preparado para cair de vez em quando, retira a ideia de andar de bicicleta!

A trajectória foi mais ou menos identica ao do Frank Scheleck na Volta à Suíça. Esse tipo também teve muita sorte!




sexta-feira, 19 de junho de 2009

Gloossário de Ciclismo


A

Abanicos: disposição dos corredores numa corrida numa zona de fortes ventos laterais e de costas que podem fragmentar o pelotão.

Aguadeiro: ciclista encarregado de reabastecer de água os seus companheiros de equipa.

Arriveé: Meta [em francês]

Autocarro: grupo de corredores atrasados que se forma, regra geral, nas etapas de montanha procurando, em conjunto, evitar chegar “fora do controlo”. Também denominado de “gruppetto”


B

Bidon: [origem francesa] garrafa de plástico transportada na bicicleta e que permite o reabastecimento líquido do corredor.

Bonificação: atribuição de bónus de tempo aos primeiros de cada etapa ou numa meta-volante

C

Carro-Vassoura: veículo que segue sempre o último corredor em cada corrida. Transporta ainda os ciclistas desistentes. A palavra original é francesa: “voiture balai”

Cadência: número de revoluções (voltas de pedal completas) por minuto. Exprime-se geralmente em rpm (ex: 90 rpm).

Camisola amarela: símbolo de líder envergado pelo primeiro da classificação geral numa prova por etapas.

Caravana publicitária: conjunto de veículos que publicitam marcas e/ou distribuem brindes. Cumprem o percurso integral da corrida antes da passagem dos ciclistas.

Chefe-de-fila: o melhor ciclista da equipa e em redor do qual as tácticas são delineadas.

Clássica: prova de um dia, geralmente disputadas na Primavera.

Conta-quilómetros: pequeno aparelho electrónico geralmente preso no guiador e que mede as distâncias efectuadas, a média horária, o tempo de corrida, a velocidade máxima atingida, etc.

Contagem de montanha: subida classificada numa dada categoria (desde a 4ª cat, a mais acessível; 3ª cat; 2ª cat; 1ª cat; até a uma subida de Categoria Especial, a mais difícil). Em francês, col.

Corte: Fraccionamento do pelotão produzido por uma queda, acção do vento ou por um ataque de ciclistas.

Criterium: corrida em forma de circuito, geralmente com menos de 100 quilómetros de extensão e com elevado número de voltas.

D

Director-desportivo [do francês, Directeur sportif]: Nome atribuído ao director da equipa que acompanha a corrida no carro de apoio. É sobre ele que pesam as opções tácticas e as estratégias durante a corrida. Viaja, geralmente ao volante, acompanhado de um mecânico no banco de trás sempre pronto para dar apoio num incidente mecânico.

Doméstico (domestique): corredor cuja principal função é apoiar o líder da equipa. No desempenho das suas funções de apoio em corrida pode transportar água e alimentos para os demais companheiros, dar a sua bicicleta ou uma roda ao líder que sofra uma avaria. (o m.q. gregário, equípier ou aguadeiro).

E

Etapa: numa prova por etapas, uma etapa é a ligação quilométrica entre dois destinos.

Etapa-rainha: a mais exigente ou mais conhecidas das etapas numa prova. Por regra assinala a principal etapa de montanha ou aquela que passa no ponto mais alto.

F

Fora de controle (chegar): ultrapassar o tempo limite de conclusão da etapa desde a chegada do primeiro ciclista à meta. Significa a expulsão da corrida.

G

Geral individual: classificação mais importante e que determina o vencedor da prova após a soma do tempo total de corrida. Quem tiver feito o percurso em menos tempo…ganha.

Geral por equipas: soma dos tempos totais dos três primeiros corredores de cada equipa.

Gregário (m.q. equipier ou aguadeiro)

L

Lanterna vermelha: o último corredor da geral individual numa prova por etapas.

Lenticular (roda): roda compacta usada nos contra-relógios para ganhos aerodinâmicos.

M

Mudança (traseira ou dianteira): mecanismo que guia a corrente e permite a mudança de carreto.

N

Neo-pro: ciclista que se encontra no seu primeiro ano como profissional.

Neutralização: na ocorrência de um incidente de percurso meteorológico ou de outra natureza a corrida por ser neutralizada pelo Colégio de Comissários e retomada, na sua forma competitiva, logo que as condições o permitam.

P

Palmarés: historial de principais sucessos desportivos.

Pelotão: o grupo principal no qual seguem o maior número de ciclistas.

Pro Tour: circuito internacional das principais provas de ciclismo internacionais com equipas, ciclistas e rankings próprios deste “escalão”.

Pulsómetro: instrumento semelhante a um relógio que mede a frequência cardíaca do ciclista.

R

Rádio Tour (Radio Volta): a frequência interna de rádio que relata a corrida para os Comissários, Directores-desportivos e demais elementos da caravana.

Rolador: ciclista possante cuja características lhe permitem manter um ritmo forte e constante em terreno plano e com vento frontal.

S

Sapatada: ataque decisivo de um ciclista, normalmente em subida, deixando todos os adversários sem resposta e/ou em dificuldades para acompanhar.

Service: (”em serviço”) Calão usado por um ciclista que transporta água para os companheiros de equipa e que avisa os restantes corredores a fim de lhe facilitarem passagem.

Sprint: (chegada ao sprint) no qual vários corredores agrupados ou em pelotão discutem, até aos últimos metros, a vitória.

Sprinter: tipo de corredor cuja principal característica é sua velocidade e acelerações de ponta.

T

Trepador: corredor cujo terreno predilecto é a alta montanha.

Todo-o-Terreno: ciclista cuja características se adaptam a qualquer tipo de terreno e/ou função

Z

Zona de abastecimento: área delimitada no percurso entre dois a quarto quilómetros no qual é permitido o abastecimento sólidos aos ciclistas que o recolhem, sem parar, em sacos distribuídos pelos massagistas da equipa.


terça-feira, 16 de junho de 2009

Mas ele é só ciclismo?


Os meus amigos da Noruega da Team Bacalau, no Loch Ness, no dia cultural

Olá a todos,

Este é um espaço sobre ciclismo. Não quer dizer que tenhamos de falar só de ciclismo.

Por isso vou também partilhar algumas fotos de uns cursos que tirei. Outdoor Learning ou como se chama em Portugal formação outdoor, baseado em técnicas de aprendizagem experiencial (aprender fazendo ultrapassando limites auto residentes em cada individuo). A aprendizagem Experiencial é um método que se baseia na forma natural como o ser humano aprende. Permite que cada individuo seja introduzido no processo de aprendizagem, sendo ele mesmo que o conduz. Baseia-se num sistema de desafio por escolha, que devidamente facilitado (orientado) produz aprendizados muito mais duradouros e ricos, comparados com o sistema tradicional de formação em sala.

Conceitos como liderança, condução de equipas, direitos humanos, mudança comportamental, incremento e noção de equipa, têm mais resultados porque transpõem as barreiras da teoria.

Permite, através de exercícios e situações, a pensar "fora da caixa" para além dos modelos tradicionais, com pequenas armadilhas mentais, em sistema de passo a passo, seguindo a metodologia, atingindo factores de excelente performance como vêm nas fotos. Realço que ali estavam senhoras com idades a rondar os 60 anos, que se excederam face às primeiras expectativas.

Por isso estes métodos têm tanto sucesso desde a aprendizagem de línguas até ao desempenho de equipas nas empresas, desporto, ONG's, escolas, prisões, e no sector militar.

Pena que muitas empresas em Portugal que dizem fazer formação outdoor, vendam gato por lebre! O que realmente fazem é gincanas!

Tudo começou na Escócia, por isso fui lá aprender:


Vamos aprender fazendo


É possível

O complexo de estruturas de High Ropes e Low Ropes está preparado exclusivamente para formação


O local pertence ao estado e serve exclusivamente para formação educacional


Nos cursos internacionais é obrigatório um dia cultural


segunda-feira, 15 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

A estrela é ciclista

Uma bola de futebol dá para ganhar uns milhões e enterrar outros (alguns dos contribuintes).

Pouco mais utilidade pode a bola de futebol proporcionar.

Porém uma bicicleta pode transportar um..............futebolista!



E esta Hem?!!!!!!!!.......

sábado, 13 de junho de 2009

Crónica I Super Clássica Torres Fatima Torres



O telefone apita após completados 263 kms no mostrador. Olhei para o visor sem antes pensar que era o carro de apoio. Talvez estivessem preocupadas, as nossas mulheres que fizeram esta tirada sob calor dentro dos carros. Ao fim de um dia inteiro deveria ser muito aborrecido. Estava a descer Vila Franca do Rosário, após ter deixado o Rocha no alto do Vale da Guarda. Olho para o visor e vejo passar em rodapé no visor do telemóvel o nome JGOMES. Poderia ser? Mas o que é que ele quer? Ah, já sei deve ser para confirmar a minha presença amanhã em Caldas da Rainha.
-Sim vivas, do outro lado ouvia-se a voz do Joaquim, mas o vento que batia no ouvido não dava para entender nada do que ele dizia.
-Não te percebo....
-Sabes que quando a pulsação bate a mais de 180 o descernimento começa a falhar...
-Pera vou parar, diz...cruzaste comigo foi? perguntei,... venho de Fatima, fui acompanhar um colega.
-Voçês são completamente doidos...sem antes saber quantos kilometros tinha.
-Vou para Torres...
-Pois tu agora vives em Torres....

Sinceramente não me senti doido. Fi-lo por uma causa, que muito me satisfez. Concluí o meu objectivo, com boa média, completamente feliz por dentro, e ainda por cima com companhia espectacular. Não obstante os pés que doiam na zona do dedo grande e queimavam (sensação que já me tinha esquecido), ao ponto de em alguns momentos, ter de aliviar a pedalada, puxando os joelhos para cima, o conforto geral era enorme (pudera com tanta Coca-Cola no buxo).
Num golpe de mágica o reconhecimento do esforço, pelas palavras de um campeão e de um excelente ser humano davam agora para apaziguar as desconcertantes dores nos pés. Enrolei o punho até Torres, bebi mais uns golos de agua que me tinha sido entregue pelo carro de apoio, era o ultimo bidon, de água apenas.
-Gel, onde anda o gel? Meti à boca um pouco de gel da Decathlon, de sabor intenso a maçã. Que bem me soube. Porque é que só em situações destas os sentidos dão mais valor ao que nos rodeia?

Tínhamos concluído mais de 250Kms (quase) non stop. Para uns meros desportistas de fim de semana, com a média associada, era um feito épico. O certo é que chegado a casa o mostrador revelava a quilometragem total: 270Kms a uma média de 29,3 Kms/h. Ainda dei umas voltinhas para suavizar, após isso.
-Houve quem fizesse mais, lançando o meu pensamento para o Manso que não tinha acompanhado. Deve estar a subir o Gradil, com mais de 300 kms nas pernas, pensei eu, lembrando-me do que era antigamente subir a ultima rampa para chegar a casa.

O que fica para contar é um conjunto de emoções que vivi. Desde a contemplação da paisagem das serras que ultrapassámos, após subida a ritmo certo e constante, de Alcanede até à pedreira lá no bem no alto, com o Manso a queixar-se de "descer" demais, às longas rectas em pleno vale das Serras de Aire e Candeiros, do avistamento de Porto de Mós, que é lindo, da subida desde Mira dÁire, da maldita sede de Coca-Cola, do engano em Vale de Barreiras para mais uma "descida" a subir, da falta de sinalização conveniente nesta zona, do almoço, enfim tudo merece um bem haja, uma boa recordação.

Obviamente que não vou negar que, curiosamente, nos momentos e no terreno mais favorável, tive que me aplicar para não descolar. Isso deu-se após Rio Maior e na Subida para o Alto de Alfeizeirão no percurso de volta.

Valeu a gestão do esforço, da ingestão moderada mas constante de alimento e água com sais, do belo Magnoral, e das Coca-Colas no percurso de volta. Receber a comida em andamento e partilhá-la é de pro e vale a pena salientar a boa vontade das nossas mulheres!

A chuva, ou melhor os pingos resultado do tempo negro a norte ameaçaram, mas nestas coisas, a Divina Providência, fez lobby em favor dos que correm por causas!

Houve igualmente velocidades de cruzeiro que merecem registo, algumas delas podem ver no gráfico.

Pena que algumas fotos tiradas de telemóvel, não tenham ficado registadas.




Tempo: 9h 26 min
Quilometragem: 275 kms
Acumulado: 3563 mts
Calorias queimadas: 12668 Kcal
Altitude Maxima: 538 mts
Altitude minima: 39 mts
Inclinação Maxima a trepar: 11%

Enviem as vossas fotos para o meu email que eu publico-as.


Paragem em Rio Maior para um café

Chegada a Fátima com o Rocha a comemorar

O regresso

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Homenagens

Vejam esta homenagem activa, solidária e perpétua no blog do Clube Ciclismo Torre Dona Chama

E também lanço aqui uma homenagem aos campeões do Campeonato Nacional masters 2009

Cliquem na foto.

Ciclista... promove-se

Digam lá se o ciclismo não é um desporto com muita pinta!

E não é decididamente desporto só para homens.




Chama-se Hanka e é uma campeã! O seu site está aqui Pousava para o calendário de ciclismo CYCLEPASSION


Deliciem-se mas não abusem.

Era só para Rolar Domingo 7Jun09

Após duas molhas seguidas, na Sexta e no Sábado, a saída de Domingo revelava-se tremida. Graças ao link da previsão meteorológica que coloquei no Blog, houve mais confiança para sair.

Andar à chuva tem qualquer coisa de poético, mas na estrada torna-se perigoso. O problema é o óleo na estrada e os detritos das bermas que acentuam, porque se espalham mais por acção da agua. Aumentam o perigo de derrapagem.

Domingo estava combinado para rolar. O Manso vinha de Mafra, e o Rocha da Venda do Pinheiro. Traziam um reforço para a volta, o André, que mora para os lados de Lousa.

Saí de casa atrasado. Avisei por sms, e ainda cheguei a tempo de verificar que também eles estavam com contratempos.

Tinha pensado numa volta muito engraçada de modo a ser conveniente para todos, pelo que sugeri. Sabia antecipadamente que gostariam de ir a Óbidos. Aceitaram a minha alternativa. Estava programado irmos até à Murgeira mas o tempo despendido no café da Lourinhã impossibilitou essa tirada. Um dia espero podê-la fazer.

As paragens para reabastecimento acusavam tiros incertos com certos cafés a revelar uma pouca oferta. Partilha de comida, algo que no ciclismo é comum. Toda a gente já sentiu um empeno, e sabe o que faltar a comida com a boca seca. Por isso partilhou-se. O André e o Chico puxam de quadrado de marmelada:
Diz o Andrè:
-Oh Chefe...isto é bom não é? Riso generalizado!
-Não, desculpem lá, mas a marmelada esta cheia de sacarose e isso pode não ser o melhor para alimentar durante uma volta longa.
Mas o Chefe partiu-nos todos!
Os quilómetros acumulavam-se e após amena conversa em Lourinhã, a apreciar o preço da fruta, vocês percebem, a fominha começava a instalar-se.
Oh chefe...lol, grandes peças de fruta,...o André já está aceite no grupo!

A volta foi encurtando mas a média horária mantinha-se sempre nos 30 kms/h.
Houve momentos de grande velocidade. De Torres até ao Bombarral com o meu motor quase frio em red line, em Sobral da Lagoa atrás de uma scooter, em A dos Cunhados com o Manso a meter passo e na chegada a Torres com o Rocha a iniciar um lançamento que parecia um sprint a 2 kms da meta...LOL. O André, quando o Rocha abre, resolve acelerar ainda mais (demasiado brusco), e eu que vinha atrás, tive mesmo de cerrar os dentes.
-O raio do rapaz não me vai deixar aqui, ah não vais não! Claro que estes não são os terrenos do André, mas hoje o rapaz puxou várias vezes. Começa a perder o medo de puxar! Também , já percebeu que neste grupo ninguém quer descarregar ninguém! Suponho eu. Por isso está de parabéns.

Como os nossos companheiros tinham mais kms nas pernas fomos (eu e o Chico) acompanhá-los até ao Gradil.
As boas sensações começam a regressar, da minha parte.
Uma nota, a ausência do Gaspar que fez falta.

A Volta está em baixo para verem. Estou a pensar abrir o Blog a mais redactores. Logo se vê no futuro como correm as coisas e a adesão ao blog.


Ver mapa maior

Outra nota: Os comentários menos abonatórios e anónimos serão, obviamente removidos. Não pactuo com palhaçadas nem com anonimatos reveladores de pessoas com pouca coragem para assumirem as suas opiniões, mesmo que destrutivas!

A esses encaminho-os para esta crónica:
-Em Portugal passa-se a vida a destruir aquilo que outros tentam construir...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

ALtimetrias e subidas miticas

Quero dar aqui as buenas suertes aos companheiros de estrada ( Ricardo, Freitas, Salvador, Filipe Arraiolos, Hugo Garfield e Hugo Maçã) que vão este próximo Domingo participar na XI Clásica Cicloturista Lale Cubino.

Esta clássica está inserida num conjunto de provas, denominadas Circuito de Ciclismo a Fondo que ocorrem todos os anos e que já vai na sua décima quarta edição. Trata-se de um modo simpático de divulgar o ciclismo e a revista (Ciclismo a Fondo) que dá nome ao "campeonato" com incentivos a quem faz mais kms e possui subidas míticas que em Portugal, um vulgar ciclo-turista não as faria. Segundo dizem aquilo é andamento livre. Não existe um carro á frente, a barrar andamento com musica pimba...!!!! E para dar oportunidade a todos os participantes, adoptaram o metodo que já se faz nas maratonas de BTT, com duas distâncias. Uma com 131Kms e outra mais dura com a subida da Covatilla.

Por falar em ascenções míticas no mundo vejam este site APM Altimetrias.

Obviamente que esta formula podia ser seguida em Portugal, e obviamente aliada aos meios de comunicação social, isto é, uma revista e/ou jornal. Mas estamos em Portugal onde se sonha muito e faz-se pouco (porque se quer dinheiro fácil e rápido e não se cria base de sustentabilidade futura)! Basta comparar...nem vale a pena. E quem ocupa lugares de decisão sofre do mesmo mal...além disso somos menos habitantes com um mercado mais escasso. Por isso, bahhh, está fora de questão e os espanhóis não se interessam por nós! Será mesmo assim?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Nunca façam isto!



Ou isto!!!!!!!!!!!!!!!!

Outras Clássicas no país

Quem disse que na estrada, na roda fina não existem clássicas? Que é só no BTT que estão organizados e proliferam como coelhos?
Eu disse isso, disse sim sr!

Mas também é certo que pelo país existem algumas clássicas estradistas de relevo:

"Aproveito para recomendar a Clássica de Lamego a 23 de Agosto e a Clássica Vila-Rela - Sra da Graça a 30 de Agosto.
Aqui fica o link da Lamego Bike - http://www.lamegobike.pt.vu/"

Dêem também uma visita ao blog do Oxilista.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Nutrição por Vitor Gamito

Nutrição por Vitor Gamito, em seminário de BTT vejam aqui.

Algumas dicas a reter para a nossas clássicas:

-Preparar o organismo de modo a carregar os depósitos de glicogénio muscular e do fígado dias antes do evento.

-Sem haver excessos convém, uma semana e meia antes, reduzir substancialmente o consumo de hidratos de carbono, mantendo as proteínas e gorduras, treinando normalmente. O truque pode ser comer alimentos com fibra, tipo feijão, grão que dão a sensação de saciedade.

-Na semana seguinte comer bastantes hidratos de carbono, reduzir as proteínas e nada de gorduras. Os treinos serão reduzidos, quer em tempo, quer em intensidade de modo exageradamente progressivo até à data do evento.

-Atenção aos índices glicémicos dos hidratos de carbono, que devem ser do tipo complexos, tipo massas. Não menosprezar a suplementação de cálcio e magnésio, que devem ser tomadas durante este período de duas semanas em alturas do dia diferentes, para carregar os músculos destes dois microelementos. Algumas vitaminas ajudam a absorver o magnésio (complexo B) e o cálcio, (D).
A alternativa pode ser comer nozes, amêndoas e outros frutos secos que contêm grandes percentagens destes elementos. O objectivo é fazer stock muscular. Atenção, não exagerem com o cálcio. O potassio podem-no ir buscar às bananas, durante o periodo de carregar sotck de hidratos de carbono.

-Durante a clássica:
-Evitar nas primeiras horas comer hidratos de carbono de baixo valor glicémico, tipo dextrose, maltose, sacarose (açucar no café), etc. Isso eleva o pull (com nível repentino) da insulina, intervindo com a normalização dos mecanismos de obtenção de energia por via da metabolização das gorduras e do glicogénio muscular e do fígado.

-Agua, atenção ao seu PH que deve ser alcalino para compensar a acidez do sangue. A do Vimeiro e Serra de Monchique são boas.

-Mesmo com as composições que as bebidas isotónicas possuem, convém aumentar ligeiramente o consumo de sódio (sal) após a neutralização principal na qual devem comer pouco. Durante a etapa, comer pequenas porções de 30 a 45 minutos de alimento sólido à base de hidratos de carbono complexos, barras de cereais.

Aspecto psicológico de que o Gamito não falou.

-Concentração nas pedaladas que devem ser soltas mas determinadas com total relaxamento no inicio. Isto é, começar devagar e indo aumentando o nível progressivamente.

-Marcar metas e definir pequenos lanços ao longo de todo o percurso. Não pensar no final, mas apenas na próxima localidade. Ex: agora vou chegar a Caldas, concentrar-se nesse objectivo. Chegado quase a Caldas, agora vou chegar ao Bombarral, concentrar-se nesse objectivo e assim sucessivamente.

-Mudança de posição constante na bicicleta, que ajuda a mente e o organismo a soltar-se. A mente humana dá-se mal com a monotonia e isso cansa-nos. Apreciar a paisagem ajuda a distrair a mente, após teres a noção de que o ritmo imposto é constante.

-A frescura da fruta sabe bem e ajuda a aliviar a carga psicológica de se estar a fazer como que um sacrifício. Atenção que existem frutas que favorecem a perda de líquidos, ex: morangos, que são diuréticos e devem ser evitados.

Durante a paragem:

-Limpar-se bem com pano húmido e beber agua com umas pedrinhas de sal. Evitar bebidas alcoólicas e nunca cerveja ou outras bebidas diuréticas como o café ou chá.

-Limpar as pernas com pano húmido, muita gente descura este pormenor. Passar as mãos continuamente e profundamente nas pernas no sentido do coração. Ajuda o organismo a eliminar os detritos metabólicos durante a paragem através da circulação linfática.

BTT de Vizela


Que chatisse,

No Btt ele é passeios todos os fins de semana e alguns a pagar (seguro), ele é passeios com prémios monetários, ele é passeios com churrasco, e na estrada não se passa nada?
O pessoal do Btt já conheçe este blog e toca de fazer publicidade.
E a estrada não passa nada?
Lá dizia o outro amigo, um profecta nunca é bem vindo na sua terra!
Santos da casa não fazem milagres e eu conheci um!

Fim de Semana Tórrido -Domingo-

Domingo foi dia para sair de casa um pouco mais cedo e ir ao encontro do Chico. Passei pela Bicigal e imediações, para apreciar a paisagem e ver o ambiente. Confrontado com duas opções de subida até a Catefica, resolvi ir pela pior, Serra da Vila. Aqui para nós, foi um teste, para ver a força das perninhas, que como sabem têm andado com fraqueza.

Encontrei o Chico na Rotunda das Uvas, obra "magnânime", quando no alto do Furadouro , surge um telefonema. Era o Gaspar:
-Onde andam voçês? Grande pinta, tínhamos mais um companheiro, para tornar as subidas apetitosas, pois vinha com o equipamento dos antigos Bacalhaus!!!

Conversa puxa conversa, e como sempre vou sabendo das novidades. Lá puxei os alfinetes de tricô, porque novidades tão apetecíveis devem privilegiar pompa e circunstância. Subida para o Sobral e já tínhamos feito umas boas peúgas de lâ... Adoro estes bocados,, em que em ritmo moderado, cada um dá os seus cêntimos, conversamos e tiramos conclusões engraçadas e reforça-se o companheirismo.
O Gaspar é um trepador nato. Com poucos treinos vai ali com uma facilidade, o que antevê boas prestações para o futuro. Muita gente que se prepare, porque quando o homem estiver a andar, ui, ui.

Chegados ao Sobral, encontro com os Pinas, e com o Abel, que apenas iria até à Merceana. A "equipa B" como se auto intitularam foi a que conseguiu os excelentes 37 Kms/h de média horária, em evento de contra-relógio de equipas com distância considerável, algo que assenta nas maiores das constatações. As equipas coesas vão sempre muito longe e mais rápido!

A "equipa A" vinha em perseguição e a junção fez-se antes de Vila Verde dos Francos, com o Rocha a fazer ouvir!

Havia táctica do pessoal de Torres, o Gaspar, o Chico e eu, para fazermos aqueles quilómetros a subir em ritmo forte. O objectivo era levar o mais acima possível, o que melhor subisse, o Chico, para que ele chegasse ao alto integrado ou mesmo destacado. A ultima opcção revelava-se de difícil cumprimento pois o colectivo vindo de Loures, possui excelentes trepadores, que não dão hipóteses!
O André, estudante, que apesar das excelentes características e de ter convites para correr, prefere investir o seu tempo nos estudos. Muito bem! Pena que tenha de saber integrar-se e ajudar, trabalhando, metendo o passo, criando assim maiores laços e respeito do grupo. Existem alturas para se ajudar e outras para brincar, atacando. Foi o que ele fez logo nos metros iniciais.

Deixámos-nos ir integrados num grupo perseguidor que levava um companheiro de Cervelo com uma rotação...elevada. No final da primeira fase da subida, senti um ligeiro abrandamento, e coloquei-me em crenques, sem atacar, ganhando alguns metros. Começava o meu calvário! O local não é propicio a este tipo de acção porque existe logo a seguir a zona que desce, mas o objectivo era levar o grupo a aproximar-se do André que se tinha destacado. Meti o passo e o Chico cá atrás, começa a ficar aflito e pedia calma. Lá diminuí o andamento que me trouxe dissabores porque o organismo estava a gostar do ritmo. Alcançado o André continuei com menor ritmo e já em tentativa de recuperação e fazendo aquilo que tínhamos determinado, (só que um pouco mais acima) abrir para o segundo elemento.
O Gaspar assume este trabalho por mais uns metros o que levou-me a pensar reduzir aquele ritmo, e deixar-me ficar. Fê-lo com imensa mestria. O certo é que o André não puxava...e as despesas teriam de ser feitas por outros elementos, que me pareceu, estavam à espera dos mais retardatários. O Ricardo e mais outro elemento de vermelho, que ainda pensei ir na roda, (porque dava, só que teria de sofrer um bocadinho mais) passavam por mim. O Gaspar olhava para trás e teve uma atitude de louvar. Esperou por mim e ajudou-me. O certo é que preferia manter o meu ritmo, mas o encorajamento dele foi relevante.
Tivemos por muito tempo o grupo no nosso andamento:
-Oh Vasa se nós acelerarmos um bocadinho ainda os apanhamos... dizia o Gaspar. E raios, se calhar tínhamos conseguido. O problema e culpa, foi que eu fazia-lhe sinais de que era preciso calma. Ainda havia a parte mais dura até às antenas. Vou para a frente para ajudar a puxar o Gaspar e ele como não ia subir até ao alto, para não estragar, não continuou. Deu para emprestar a bomba ao "Cervelo" furado, e fazer o resto sozinho. A motivação era pouca, mas a curiosidade de ver a prestação do grupo dianteiro falou mais alto. Colocado o 28, deu para assistir ao contra ataque do André que literalmente fulminou o grupo. O Chico ia agora na roda do companheiro de vermelho, mas estava em perda. O Ricardo levava o seu passo acompanhado de mais elementos sem grandes variações.
Belo filme ao vivo!
Chegado ao Cruzamento perto do quartel, após ter subido aquilo na descontra, o grupo estava junto para ajudar no furo. Lá estava o companheiro de vermelho a ajudar. Quando abriu a boca, o estilo fonético fez-me lembrar um amigo meu. Entretanto pergunta:
-Quem é o Vasa?
-Sou eu... respondi,
-Carlos Gomes, prazer, sou o irmão do...
-(ah cum carago, aquele tom de voz não engana ninguém e a disposição para ajudar também não. É da educação, de família.
-...do Joaquim Gomes. Blá blá blá. Cavaqueira instalada, empatia natural, e lá fomos descida abaixo até Vila Verdes dos Francos.

O Gustavo cruzou-se connosco, ia a subir.
Reabastecimento e tempo para despedias. Ia-mos com o Rocha o e Manso até ao Bombarral pois temos objectivos comuns. Grandes companheiros, e pouxa grande passo o do Manso que quando se mete a rolar ui, ui, upa, upa.
Mais uma vez atitude formidável do Gaspar, que me assustou no final da subida do Ameal:
-Vou-te ajudar...disse ele e (pensei eu, assustado)
-Epá mas não aceleres...pois claro, eu já ia penduradinho, só que eles lá atrás não sabiam, e já vinham na roda há muito tempo por isso mais frescos. É que a média foi infernal.
-Olhem que se forem assim com essa velocidade até Fatima...

Aspecto positivo a realçar, camaradagem e a promessa de que o Carlos Gomes vai trazer o mano dele para um passeio um dia destes!

Fim de Semana Tórrido -Sabado-

As temperaturas têm sido um exagero para andar de bicicleta principalmente, quando o astro-rei ocupa o lugar mais alto do céu.

Obviamente que ciclómanos, que sejam verdadeiros ciclómanos também apreciam as gotas de suor que caem pela face e o calor que emana das bermas das estradas.

Mas esse factor não foi o que predominou na estrada este fim de semana. Foram os novos contactos, que fazem pensar no enorme potencial social que este desporto transmite. Imaginem que grande parte das boas conversas surgem quando vais a conduzir e tudo isso é possível na estrada.

Sábado foi dia de terreno plano sem grandes dificuldades pelo meio e deu, como já antevi nas linhas anteriores, para encontrar nas estradas do Oeste novas companhias.



Devo realçar que alguns deles já seguem o Blog e aproveitaram para incentivar. Obrigado, ouvir palavras de apoio ajuda a melhorar e a prosseguir.

Levámos estes companheiros de ocasião para a zona do Rodeio, onde em tempos (invasões francesas) ouve um confronto de tropas. A imensa beleza deste local quase nos faz esquecer esse períodos trágicos da nossa história. A subida ligeira com muro nas bermas lembram emblemáticas subidas de alta montanha. Pena só ter uns meros 3 Kms.

Houve ocasião para passar pela beira mar, em Ribamar da lourinhã, após mudança de rota no Alto Veríssimo. A suave brisa e cheiro mareante era um convite para:
-Segurem ai a minha bicicleta que eu vou molhar os pés, disse o Chico com a sua característica ironia.
A companhia excelente também proporcionou amena cavaqueira com o Paulo. Desculpem-me, os outros dois companheiros (esqueci-me do vosso nome, mas ficou registado a vossa presença) e diga-se a boa qualidade atlética.