terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Saida de entrudo


O dia parecia negro, encoberto, mas sem chuva, embora o vento de todo o quadrante sul contenha sempre surpresas relacionadas com chuva.

Mesmo assim, saí para fazer uns belos kms, sem antes telefonar ao amigo Xico. Devia estar nos seus belos cobertores a curtir o belo carnaval...

A direcção seguida foi para Cadaval com destino a Caldas da Rainha entre as múltiplas oportunidades que existem para uma volta aeróbica. Sim, esta seria uma volta aeróbica que seria "intelectualmente honesta"! Pena que a pilha do Ibike tivesse adormecido...Bem fiquei-me pelas sensações que me puseram em solitário. Durante bastante tempo nem uma vivalma apareceu. Bastou um ciclista que cruzou comigo. Até à Vermelha o tempo mantinha-se com vento do quadrante leste, embora fraco. Rumo a Caldas foi um "tiro" sempre sem alterações de ritmo ou esticanço...lol.

Após a rotunda de Caldas o pior e mais temido aconteceu. A chuva pairava nas muralhas de Obidos. Pena não ter podido capturar o momento. Parecia que o céu estava a tocar os montes e colinas em redor. Uma ténue nuvem branca aveludada caia sobre o horizonte e anunciava que a chuva vinha ai. Por sinal bem forte. Persistiu até ao Outeiro. Não parei. A agua inundava os sapatos. Tive de retirar os oculos que estavam embaciados. Rios de agua atravessavam a estrada que em alguns locais parecia um rio. Um dilúvio. O perigo da agua é que não se vê os buracos. As trajectórias eram calculadas de modo a passar pelo local onde houvesse menos agua. As luvas estavam encharcadas e o frio começava a fazer estragos. Mas o sentimento era de liberdade, de contemplação. Adoro condições extremas.

O limiar das três horas aproximava-se e conhecendo-me sabia que estavam perto as sensações de superação e combate da fadiga. São cerca de 15 a 30 minutos até que volto de novo a sentir-me melhor. Embora a agua seja inimiga dos ciclistas e dos músculos, parecia que voava em direcção a Torres Vedras na descida após o alto do Ameal. O vento tinha rodado para sul e a chuva essa era agora de choviscos que batiam na cara. Desafiando a carga da pilha do Ibike, quis ver as horas. Estavam completadas 4 horas em ritmo controlado por um único indicador. As sensações do organismo.

Belo banho quente e bela manhã de ciclismo. Não é preciso muito para quem gosta de andar de bicicleta. Basta uma bela paisagem...



Ver mapa maior

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Rescaldo Domingo 14FEV2010


Um dia de frio intenso que contrastou com a intensidade das primeiras pedaladas, após reencontro com o grupo que vinha de Mafra.
Estava previsto ser aeróbico, contudo até ao Bombarral foi de dificuldade media alta, acima do aeróbico. As batidas cardíacas nas subidas ultrapassaram a barreira das 160 BPM. Tive de socorre-me da pedaleira grande (52) que estava guardada lá mais para o final do mês.

O Rocha com o seu feitio do costume lá mandou umas bocas, pensando que era dia de festa:
-Ah querem festa...!!!
Mantive-me algumas vezes à frente do grupo sem esforçar demais, despesas que eram suportadas durante mais tempo pelo Manso. O João da Murgeira passou pela frente algumas vezes mas o rigor que se lhe impunha levou-o a resguardar-se.

Outro elemento que conheci durante as minhas voltas solitárias foi o Sérgio que nas subidas utilizava a rotação como recurso.

As dores das costas apareciam obrigando-me a colocar-me várias vezes sem as mãos no guiador que foi mal interpretado como alguma facilidade. Contudo traduzia-se em desconforto. Depois de Bombarral, após a passagem de nível, foi altura de mostrar a festa. O manso comandava, mas o ritmo baixou rapidamente quando a estrada empinou e continuei com a velocidade que trazia da quarta posição. Até ao alto do Paúl, sempre em 52 ainda deu para acelerar sentado e embalar o velocípede, e ser ultrapassado pelo João que parece que também estava a adorar a festa...

O vento soprou sempre de Leste, contudo após Atouguia da Baleia, na recta da Foz, o vento soprava de frente. Enrolei, melhor carreguei até ouvir o Manso que teimava querer render. Nem acatei a ganhei alguns 200 metros. Lourinhã seria motivo para virar-mos para Ribamar da Lourinhã, com a sua subida aser feita ao lado do João em ritmo que nunca ultrapassou as 150 BPM.

Na Silveira o grupo desmembrou-se, comigo a seguir a em direcção a Casalinhos com o Paletas. Resolvi continuar até Coutada. Bem o calvário estava para vir. Lembram-se do vento de Leste?
Pois bem, até Torres Vedras parecia que estava a fazer o Halp-de-Huez. Acho que houve momentos que a potencia subiu a 400Watts...tal era o vento de frente. O vento e o frio!

Para volta aeróbica, primeira centenária portei-me à altura da festa...acho eu...lol

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Petição Importante!

"Destinatário: Assembleia da República

Petição "Alteração do Código da Estrada reforçando direitos de ciclistas e peões"

Exmo. Senhor
Presidente da Assembleia da República,

Os abaixo signatários vêm, no exercício do DIREITO DE PETIÇÃO, expor e requerer o seguinte:

1.Portugal tem assistido, nos últimos anos, a um aumento significativo da utilização da bicicleta em actividades de lazer, mas também como modo de transporte quotidiano.

2.Assim, a bicicleta não pode ser encarada apenas como mero equipamento desportivo ou recreativo, mas antes como um normal modo de transporte que deve ser incentivado enquanto alternativa socialmente responsável às pequenas deslocações de automóvel, sobretudo numa altura em que urge reduzir a dependência da energia fóssil e a emissão de gases com efeitos de estufa.

3.Verifica-se, presentemente, em toda a União Europeia (UE), uma preocupação crescente em fomentar o uso da bicicleta tornando-se, assim, fundamental, o estabelecimento de regras adequadas como forma de redução dos potenciais riscos a que estão sujeitos os ciclistas.

4.Todavia, o Código da Estrada português, ao contrário das legislações congéneres de outros estados-membros da UE, não protege o ciclista, contendo até normas que encorajam comportamentos de risco por parte de outros utilizadores da via pública, designadamente os automobilistas.

5.Impõe-se, pois, a alteração dessas normas do Código da Estrada, como aliás foi reconhecido na última Legislatura por todos os partidos com assento na Assembleia da República, designadamente através da Resolução nº 80/2009, que recomenda ao Governo que proceda a alterações no Código da Estrada, reforçando os direitos de ciclistas e peões.

6.Tal desiderato corresponde, de resto, a uma necessidade de convergência legislativa apontada pela UE e recomendada pela Conferência Europeia dos Ministros de Transportes e pelo Comité Económico-Social Europeu.

7.Esta é, aliás, uma forma de cumprir a “Carta Europeia de Segurança Rodoviária”, que aponta para a tomada de medidas tendentes à redução do elevado número de vítimas da sinistralidade rodoviária, e o próprio preâmbulo do actual Código da Estrada que nota a necessidade de proteger os utilizadores mais vulneráveis.

8.Importará, consequentemente, que o Código da Estrada português possa convergir com as demais legislações congéneres de outros estados-membros da UE nas matérias relacionadas com a circulação de velocípedes, modificando o seu articulado no que respeita à segurança dos ciclistas.

Em face do acima exposto, os signatários desta petição vêm requerer à Assembleia da República, no âmbito das suas competências constitucionais, a tomada das iniciativas legislativas necessárias com vista à alteração do Código da Estrada (Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de Fevereiro) por forma a aumentar a segurança rodoviária dos ciclistas e, consequentemente, de todos os utilizadores da via pública.

Os Peticionários "

In

PetiçãoOnline

Assina sff