segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Salvação do ciclismo...

"Ciclistas recusam-se correr uma etapa na Volta a Portugal.
Hoje o pelotão não sai para a estrada enquanto os direitos de imagem não forem acordados e distribuídos pelo pelotão...."

Esta poderia ter sido a noticia de alguns anos atrás. Mas não foi. Teria sentido se internacionalmente, tal tivesse sido feito na Volta à França, fazendo com que o domínio da ASO tremesse. Estariam em causa milhões em direitos de difusão, etc. Sejamos sinceros, sem ciclistas, sem equipas, não existem organizadores...nem tão pouco corridas, nem tão pouco transmissões.

No contexto de crise, normalmente surgem novas ideias, alianças e paradigmas.

Mundialmente, assistimos à fusão de equipas e talentos, que reduzirão a competitividade e curiosidade no ciclismo mundial. É uma opinião. Compreendo que seja uma forma de sobrevivência...mas é uma falsa saída.

Mas...vamos ser corajosos e tentar apontar as razões que limitam este desporto.

A dura e crua realidade é a falta de receita! A única receita advêm do patrocinador (empresas de média dimensão) que verificam uma oportunidade de se fazer conhecer ao grande publico, numa operação que lhe traz benefícios face a operações complexas de marketing e difusão. Isto se não houver nenhum escândalo de doping pelo meio. Pelo menos...teoricamente, assim devia ser vendido o peixe. Ao contrario de outros desportos que geram receitas, (a verdade é que também souberam trabalhar para exigir juntos dos organizadores os tais direitos de imagem), também contam com máquinas de marketing bem montadas para potenciar o investimento alheio e gerar novos negócios. Aliás fazem questão de salientar a sua comunicação em torno de fortes medidas anti doping. E desenganem-se aqueles que pensam atrair patrocinadores apenas a custo das vitórias (ver artigo), como acontece com a estrutura High Road da HTC. Nacionalmente temos exemplos, certo? Ganham a Volta a Portugal mas têm dificuldade em ter patrocinadores...

Não é ao acaso que na futura estrutura da RadioShack e Leopard, existem duas áreas distintas de operações: a do marketing detida pelos americanos, mantendo assim o controlo essencial (não se esqueçam que a causa social (Livestrong) alimenta alguma receita e cria sustentabilidade emocional/relacionamento e identidade com o publico (mercado)), e outra destinada aos aspectos desportivos sediada na Europa.

Como afinal se gere receita num desporto tão dominado e dependente dos media?
Nos projectos que já idealizei, encontra-se parte da formula. Trabalho em rede e parcerias, não é assim que os negócios se fazem?
Primeiro é preciso encontrar base de sustentabilidade. O que está subjacente ao discurso dos clubes desportivos no ciclismo, é a massa associativa e a sua venda de jornais, e demais dinâmicas que poderiam eventualmente criar. É por isso que em Portugal se fala dos clubes de futebol entrarem no ciclismo. Ajudaria, ...sim...mas isso já foi tentado e surtiu algo efeito? Potenciou alguma coisa ou apenas ajudou a afundar uma empresa? Quem lucrou?

Os clubes só despertarão paixões se todos, entrarem ao mesmo tempo e construíssem uma dinâmica que potenciasse os direitos de transmissão, invertendo a pirâmide actual de dependência dos media que o ciclismo nacional sofre. Mas outra formula passa por aquilo que alguns "oportunistas" fazem ao usar o nome de atletas aliadas a causas sociais e encaixarem uns cobres. Hoje curiosamente já se paga para correr! Quer dizer que a formula resulta. Afinal resulta...existe mercado a ser potenciado!
Depois é necessário converter as estruturas de ciclismo em maquinas de venda e contacto com o publico, explorando a itenerância do ciclismo! É o único desporto que vai à porta do publico, ouço dizer...mas o discurso não avança mais. É preciso dizer que anos atrás existiu um clube de futebol que promoveu-se nacionalmente distribuindo camisolas pelo país inteiro. Hoje gaba-se de ser o maior clube nacional. O potencial é tirar vantagem das concentrações de publico que o ciclismo desperta e potenciar a troca (contactos, emoções, serviços, etc) com esses aglomerados humanos.

Acreditem, dispensar da caravana aquela marca que apenas quer ir à frente a distribuir brindes, exigindo-lhe valores astronómicos é um grande erro! Sei de uma caso em que houve um acordo com um sponsor que beneficiou só por ter colocado o nome nos dorsais, que são sempre filmados,...Apareceu mais vezes na televisão do que o main sponsor do evento. Um dos motivos que chama publico são os brindes! Vejam as campanhas politicas e a quantidade de brindes que distribuem. Keep it simple! Olhem para a Volta a França e para o cortejo de carros alegóricos!
A questão para um gestor de marketing é o custo por pessoa, isto é, quanto custa fazer chegar a minha marca a uma pessoa. E quantas pessoas ela atinge numa acção!? Qual a relação emocional que essa acção cria!?

Mas vamos ao cerne da questão. Qual o lucro dos direitos de transmissão, imagem, etc, que a Volta a Portugal representa? Ou a Volta ao Algarve? Ou a Volta à França? Era bom saber-se. Era bom haver coragem!

Outro solução passa pelo aumento de dados e estatísticas. Espero que o recente estudo da socióloga Ana Santos, convertido em livro responda em parte ao impacto social. Porque o ciclismo português carece de números e factos e obviamente de métricas!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

vejam isto é fabulastico!

No blog da minha preferência pelo eloquência e contundentes intervenções sociais, tenho mesmo de divulgar isto:

Le Velo no oxiclista

Ah grande Carneiro! Onde se descobrem estes tesourinhos?

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O foguete rebentou no Oeste!

Mais uma triste noticia que teima em não sair para a rua. Ele há filhos e enteados...entre os corredores. Mas quando se resvala para a ameaça...crime punível, então a coisa está muito mal.
Os atletas devem ser exemplo, o que obriga a uma conduta exemplar. Ninguém é mais ou menos que ninguém. Se o trabalho para erradicar os maus vícios no ciclismo começou e por causa disso "quase" todos perderam, então que se vá até ao fim. Por isso lanço o repto, divulguem o raio do nome, limpem de vez isto tudo para dar espaço aos que conduzem a sua vida sem batotas.

É preciso dizer que o nome é tão sonante quanto sonante é o ruidoso silêncio. Se porventura algum jornalista foi ameaçado para não publicar, em Portugal, puxa a vida, dê a história a uma agência internacional. Agora pessoas intocáveis, meus senhores é que não! Se é para uns, é para todos. Não deviam existir pessoas com QI no ciclismo. (QI-Quem Indica). Por isso a solidariedade para o tal jornalista.

Abraços amigos!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Nato



Só um alerta, que certamente as autoridades já sabem. Deram entrada em Portugal certos tipos referenciados como especialistas com treino militar em causar distúrbios...vulgares "golpes de mão". Não são os vulgares anarquistas, são os tubarões, malta da pesada! Ai ai...

Ironizando a coisa, também de incendiários o país já está cheio não é...mais um dois bombistas ou operacionais para verem o circo pegar fogo, qual é o problema. Note-se que os incendiários que me refiro, têm quase todos um perfil diferente dos que abundam no Verão. Os que me refiro têm normalmente curso superior, vestem bem, e culpam toda a gente, menos eles próprios. Vivem do erário público.

Pena ficarmos conhecidos, por em território nacional, se acertar esquemas de tirania...Desta vez serão os iranianos, quando da ultima, foram os iraquianos. Para isso é preciso dar um doce à Rússia para vender uns helicópteros, e abrir novamente o eixo que abastece a máfia russa...de produtos made in Afegan.
O país do mito do Quinto Império, Portugal, a servir de ponta de lança para a morte de mais inocentes. Sacrifícios que Magog, e seus principados, pede e ainda ninguém foi capaz de resistir e dizer BASTA! Vai de reto Satanás!




Mas que os opositores deram entrada, lá isso deram!
No meio disto os chineses já deram as suas instruções...a um incendiário português...engenheiro social da crise e da pobreza...Que tristeza pá!

Vieram todos às barracas incendiar o mundo!

sábado, 9 de outubro de 2010

Cycloergómetros

Chega o Inverno, e os treinos nos rolos começam, pois nem sempre existem condições climatéricas para desfrutar convenientemente de uma volta de bicicleta.

A solução para apaziguar a vontade de umas pedaladas passa por treinar nos rolos estáticos, solução que é adoptada pela maioria dos ciclistas. Contudo, uma sessão de treino facilmente se revela em um exercício de superação da monotonia. Vale tudo para ultrapassar essas sessões. Desde ouvir música nos auscultadores, até aos mais sofisticados cyclo-ergometros, que permitem calcular tempo, distância, potência desenvolvida, visualização de filmes com etapas, soluções com capacidades interdependentes (conforme a velocidade que aplicas, o filme corre mais depressa ou mais devagar, em directo online com outros membros), etc. As ultimas, são soluções muito caras e fora do orçamento de muitos aficionados como eu.

"O que era bom, era existir um interface que simulasse o que essas soluções fazem", pensei eu, "afinal o que compõem as soluções mais caras são um software e um motor que faz aproximar os magnetos e mostram tudo num display..." Não se fez tarde nem cedo e toca de pesquisar na net.

Enfim, após alguns minutos, com a selecção certa de termos, consegui encontrar uma solução que pode ajudar: TrainerMic

Por uma pequena margem do preço dos famosos rolos, e com um computador, coisa que utilizava para ajudar a passar a monotonia visualizando vídeos de ciclismo "sacados" na net, pode-se ter uma ideia do tipo de treino efectuado. Bom, melhor é mostrar pois lá diz o ditado que mostrar vale mil palavras.


Interface do programa que regista vários dados






Existem vários sítios que vendem esta solução basta pesquisar.

Bons treinos indoor de inverno.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Lisbon Bike Film Festival


É um evento à escala Mundial que se realiza nas principais cidades do mundo. Alia cultura ao ciclismo Bicycle Film Festival Lisbon.

A mostra de filmes é muito inspiradora, vejam aqui

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Video da Mobilidade - MVP - Velowatt

Um blog na Blogosfera




Descobri este blog:Reis do Pedal

Não resisti a partilhar também aqui a sabedoria de conhecimentos:

"CICLISMO
Em termos de saúde, o ciclismo é uma actividade rítmica e cíclica, ideal para o desenvolvimento dos sistemas de energia aeróbico e anaeróbico, dependendo do tipo de treino aplicado. Desenvolve o sistema cardiovascular dos praticantes, sendo ainda indicado por médicos como um bom exercício para queimar gorduras corporais e desenvolvimento de resistência de força muscular, de pernas.O Ciclismo como desporto iniciou-se em Inglaterra no século XIX, devido ao aperfeiçoamento da Bicicleta como veículo, alcançando por isso maiores velocidades.O Ciclismo divide-se em 4 categorias:- Estrada – Pista – Btt – Bmx.
O Ciclismo é sinónimo de aventura. Independente de campeonatos e torneios, é comum grupos de amigos, reunirem-se para fazer passeios de bicicleta, quer no monte ou em estrada por vezes em locais mais inóspitos e selvagens, regado de muita amizade e solidariedade.

PERGUNTAS FREQUENTES/DICAS PARA TREINAR
Com a vida que tens, vou dar-te um plano de treinos mínimo para poderes acabar, com êxito, uma prova dura que te apareça no calendário. Seriam três dias semanais de bicicleta. Às terças e quintas fazes duas horas de treino intenso.

Um dia de subidas. 5 repetições numa subida de 2 ou 3 km (quanto mais dura mais curta), subindo uma no Limiar anaeróbio (85% da tua frequência cardíaca máxima) e a seguinte acima do Limiar anaeróbio (a 90%, quase a fundo). Como recuperação faz a descida e rola um pouco em plano até completar dez minutos a ritmo suave. Antes de iniciares as séries faz 30 minutos de aquecimento a rolar suavemente.

No dia seguinte vais pedalar em terreno plano. 5 repetições de 10 minutos na zona do limiar anaeróbio e 10 minutos de recuperação entre cada série. A cadência deve rondar as 90 pedaladas por minuto para que subam as pulsações. Deves adequar o andamento (colocando um carreto maior ou menor) até atingires as percentagens de esforço.

No fim-de-semana (sábado ou domingo) é o dia de longas distâncias, 5 a 6 horas com 3 ou 4 subidas de 7 a 10 km a ritmo moderado, começando na primeira semana por apenas 4 horas para chegar progressivamente às 6 horas. Nestas saídas deves encontrar o ritmo mais cómodo. Insisto no tema da cadência. Apesar de o Lance Armstrong ter lançado a moda de fazer 100 pedaladas por minuto, continua a haver muitas pessoas que abusam do prato grande e utilizam cadências baixíssimas. Em plano tenta ir a 90 rpm (rotações por minuto). Assim evitas desgaste muscular. Um exercício que te recomendo fazer são repetições muito curtas (de 15 segundos) a subir sem fazer força com as mãos, leva-as simplesmente apoiadas sobre o guiador e coloca um andamento pesado. Assim trabalhas a força (é como fazer musculação em cima da bicicleta, trabalhando não só os quadricípites mas também os bicípites e os glúteos) e, sobretudo, melhoras a qualidade da tua pedalada, eliminando o ponto morto. Se não puderes tirar os braços, notarás como ao puxar uma perna para cima, a outra vai logo atrás para ajudar. Basta dedicar-lhe uns minutos de vez em quando até que o movimento fique memorizado no cérebro.

Por ter pouco tempo livre para pedalar na estrada, comprei um rolo de treino. Posso fazer os treinos intensos?
Claro que sim, o único problema é que não é conveniente fazer sessões de mais de uma hora: transpira-se muito e por isso o risco de desidratação é maior. A desidratação deixa-te mais em baixo deforma do que se tivesses uma constipação. Ficas uma semana K.O. Podes optar, por exemplo, por dividir essa sessão de duas horas, fazendo uma hora de manhã e outra à noite.

E posso substituir algum treino por corrida ou por uma volta de BTT? É melhor que não fazer nada, não haja dúvida, mas não te recomendo, principalmente se faltar pouco tempo para a travessia que queres fazer. O trabalho deve ser o mais específico possível. Ao correres fazes o treino de cardio mas não o muscular e, além disso, é essencial habituares-te à posição na bicicleta, ir treinando as costas, o traseiro, etc. A BTT é um exercício mais semelhante (podes fazer com elas as séries), mas o melhor treino é sempre na de estrada.
Alongar é assim tão importante como na corrida?
Não há tanto impacto agressivo como na corrida, mas deve-se alongar sobretudo os quadricípites, gémeos, glúteos, costas e bicípites. É importante tonificar bem os abdominais e fazer trabalho de compensação na zona superior do corpo. Os braços são um complemento mais importante do que imaginas nas subidas duras."

Parabéns amigo do pedal!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

13% de dureza




Em Arruda dos Vinhos, existe uma subida muito conhecida que vai desde esta vila até a Arranhó.
Hoje resolvi virar na primeira à direita na placa que diz Capelã, numa estrada alcatroada em direcção a Carvalha. Meus amigos, aquilo tem rampas de 21,4% com uma média de 13,8% durante 2 kms. Dureza da boa só para quem gosta de acabar lá em cima no seu limiar máximo sem sequer acelerar...pois nas rampas mais inclinadas só deu mesmo para usar o peso do corpo para subir em crenques!!!

O trajecto está marcado a azul na foto.

Experimentem.