Após ter havido um contratempo na redacção do artigo, (apliquei o corte a uma imagem que se estendeu a todo o texto) estou de volta para contar as aventuras serranas.
As voltas totalizaram mais de 700 kms em terreno montanhoso. As paisagens são profundamente arrebatadoras. O granito marca presença intensa que moldou as gentes desta região que pertence ao coração de Portugal. Foi também onde Viriato reuniu várias tribos lusitanas para fazer frente aos invasores Romanos. Armados talvez de cajados e da famosa falcata (ide ver no google, vá), percorreram e resistiram quando puderam ao invasor. Montados em parelha sob os ágeis cavalos lusitanos, desenvolveram uma técnica de combate furtiva que viria séculos mais tarde a ser utilizada pelos Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, conhecidos por Templários. Enquanto o peão saltava da montada e aproveitava a confusão gerada pelo cavaleiro, este usava-se da velocidade e manobralidade, para causar estragos. Desapareciam da forma que apareciam, furtivamente, deixando atrás de si um rasto de temor. Além disso a falcata era tecnologicamente mais avançada do que as armas romanas. Quis a História que anos mais tarde, também nestas terras, se resistisse mais uma vez aos invasores franceses em Almeida.
Percorrer estas estradas, que são muito mais abrasivas (tive de mudar de pneus, pois um deles, o detrás, ficou liso), remete-nos para a constatação de que o granito, áspero e duro, faz destas paragens, duras e ásperas voltas a se juntou muitas vezes o calor abrasador. Calor esse que emana das gentes destas paragens que contrastam com a rudeza das suas faces moldadas pelos Verões e Invernos muitos intensos. Cada mesa que se visite é imediatamente cheia das melhores iguarias, que estão guardadas para as visitas (um conselho nunca recusem nada, é ofenisvo). É assim o Povo Beirão. Genuíno, gentil, habituado à rudeza, que sabe acolher, que é humilde, mas que nos momentos mais difíceis sabe resistir como mostra a História. Povo que contrasta muito com algumas figuras da politica portuguesa que decerto já perderam as suas referências, as suas raízes!
Todos já experimentaram os estalinhos nos ouvidos na subida, através dos túneis da Gradunha. É sinal de que estamos perto de uma altitude a rondar os 800 metros. Esta altitude mantém -se constante nas paragens que tive oportunidade de percorrer. A mais alta foi obviamente 1920, quando fomos à Torre. Falarei disso mais à frente.
Após desfazer as malas, no dia seguinte à chegada, no "albergue" típico, qual centro de estágio improvisado, parti rumo à Guarda. Teve de ser de manhã bem cedinho pois o calor ameaçava. Na subida para Guarda, vieram as piores sensações. Talvez porque o efeito da altitude estivesse a causar uma quebra de rendimento. Assustei-me. Resolvi mesmo assim continuar, rumo a Porto da Carne, para depois virar à esquerda até Mizarela. Pude apreciar uma das mais belas paisagens desta região. E lá estava a estrada Romana a testemunhar que afinal Viriato tinha sido traído!
As voltas totalizaram mais de 700 kms em terreno montanhoso. As paisagens são profundamente arrebatadoras. O granito marca presença intensa que moldou as gentes desta região que pertence ao coração de Portugal. Foi também onde Viriato reuniu várias tribos lusitanas para fazer frente aos invasores Romanos. Armados talvez de cajados e da famosa falcata (ide ver no google, vá), percorreram e resistiram quando puderam ao invasor. Montados em parelha sob os ágeis cavalos lusitanos, desenvolveram uma técnica de combate furtiva que viria séculos mais tarde a ser utilizada pelos Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, conhecidos por Templários. Enquanto o peão saltava da montada e aproveitava a confusão gerada pelo cavaleiro, este usava-se da velocidade e manobralidade, para causar estragos. Desapareciam da forma que apareciam, furtivamente, deixando atrás de si um rasto de temor. Além disso a falcata era tecnologicamente mais avançada do que as armas romanas. Quis a História que anos mais tarde, também nestas terras, se resistisse mais uma vez aos invasores franceses em Almeida.
Percorrer estas estradas, que são muito mais abrasivas (tive de mudar de pneus, pois um deles, o detrás, ficou liso), remete-nos para a constatação de que o granito, áspero e duro, faz destas paragens, duras e ásperas voltas a se juntou muitas vezes o calor abrasador. Calor esse que emana das gentes destas paragens que contrastam com a rudeza das suas faces moldadas pelos Verões e Invernos muitos intensos. Cada mesa que se visite é imediatamente cheia das melhores iguarias, que estão guardadas para as visitas (um conselho nunca recusem nada, é ofenisvo). É assim o Povo Beirão. Genuíno, gentil, habituado à rudeza, que sabe acolher, que é humilde, mas que nos momentos mais difíceis sabe resistir como mostra a História. Povo que contrasta muito com algumas figuras da politica portuguesa que decerto já perderam as suas referências, as suas raízes!
Todos já experimentaram os estalinhos nos ouvidos na subida, através dos túneis da Gradunha. É sinal de que estamos perto de uma altitude a rondar os 800 metros. Esta altitude mantém -se constante nas paragens que tive oportunidade de percorrer. A mais alta foi obviamente 1920, quando fomos à Torre. Falarei disso mais à frente.
Após desfazer as malas, no dia seguinte à chegada, no "albergue" típico, qual centro de estágio improvisado, parti rumo à Guarda. Teve de ser de manhã bem cedinho pois o calor ameaçava. Na subida para Guarda, vieram as piores sensações. Talvez porque o efeito da altitude estivesse a causar uma quebra de rendimento. Assustei-me. Resolvi mesmo assim continuar, rumo a Porto da Carne, para depois virar à esquerda até Mizarela. Pude apreciar uma das mais belas paisagens desta região. E lá estava a estrada Romana a testemunhar que afinal Viriato tinha sido traído!
As aguas cristalinas que passam por debaixo da ponte convidavam a um banho, que ainda foi equacionado. Era meio-dia.
De Mizarela, até à Guarda é sempre a subir. São quase 10 Kms, que me levaram a pensar como seria a vida destas gentes, o povo, como lá se chamam, quando em tempos idos, forneciam a cidade com as suas frutas e legumes frescos.
Durante a subida podemos apreciar a barragem do Caldeirão com o enorme espelho de água, que dantes descia o vale até Mizarela sob cascatas.
O regresso para a Guarda foi bem melhor. Embora as pernas e a respiração acusassem o calor intenso. Estava completo o primeiro treino.
Amigo, se tiver oportunidade para a próxima, monte a sua base em Loriga. Há lá Turismo rural e uma churrasqueira que pertence a uma família de ciclistas. O que dá para recoljher boas informações durante a janta.
ResponderEliminarDe lá pode subir á Torre por 3 rampas diferentes (estrada nova,Senhora do Desterro (?) e Seia-Sabugueiro. Pode fazer a volta por Alvoco, Pedra lavrada, Vide e Loriga (esta última rampa é de 11 Kapas e parece uma paisagem dos pirineus). E sempre com paisagens fabulosas. Até a alma fica lavada.
Continuação de bons passeios.
Obrigado!
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