segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Enquanto o Vasa dormia...


Às 08h30, subia eu em direcção ao Gradil, quando telefona o Rocha:
- Estou um pouco atrasado, os gajos que eram para vir connosco já saíram...
Combinámos ir ao encontro um do outro e a intersecção deu-se na súbida para para Vila Franca do Rosário.
Já em direcção a Torres Vedras, pedalávamos lado a lado em pedaleira pequena, visto que o objectivo era o de dar rotação às pernas, quando em sentido contrário aparecem o Chico (com a preparação do passeio das clássicas 4L sobre "carris" arranjou um tempinho para um passeio) e o Dario.
Eu e o Chico a marcarmos o passo, aproveitando para actualizar a conversa, resolvemos acelerar na súbida dos "bacalhaus", sem baixar dos 23 km/h.
Até Torres acelero mais um pouco. Ainda havia a esperança de que o Vasa se juntasse, mas o artista ainda não se deve ter habituado ao fuso horário de inverno...

Depois de Torres o alinhamento manteve-se, comigo e com o Chico na liderança, em passo certo e rápido, sem causar danos nos intervenientes.
Na aproximação ao Outeiro da Cabeça o Chico, que devia estar cheio de frio, resolve ir aumentando, progressivamente, de velocidade até aos 43 km/h, velocidade com fizémos a parte final da referida súbida.
A partir da rotunda não deixei o ritmo baixar e após alguns minutos em que o andamento foi aumentando erámos já um quarteto em fila, ao estilo contra-relógio, com velocidades acima dos 50 Km/h. Com o desgaste partilhado progrediamos bem até que num determinado momento, já próximos do Bombarral, bem à frente dos meus olhos o Dario se levanta na bicicleta e lhe sai um pé do pedal... arrepiante! O acidente não se deu por "milésimas" mas o susto quebrou-nos o ritmo.
Em sentido contrário encontrámos os artistas que tinham combinado com o Rocha e este pergunta-me se ainda os apanhávamos. Sem dúvidar digo-lhe que sim!
Dentro do Bombarral invertemos o sentido de marcha e desta vez foi o Dario a marcar, acompanhado pelo Chico na frente, o ritmo. Eu, estranhamente, quebrei na 1ª fase. Sem que o ritmo fosse esgotante estava com dificuldades tremendas em baixar a minha pulsação. Segui com dificuldades e só próximo da chegada à rotunda do Outeiro da Cabeça, quando o terreno inclina um pouco mais, é que comecei a recuperar.
A partir deste momento peguei novamente no grupo e em passo acelerado fiz uma série de minutos no meu terreno de eleição.
Já com o outro grupo à vista o Chico deu uma ajuda. Como eu estava sem àgua, depois de os ultrapassarmos, resolvemos parar numa fonte que afinal estava seca!
Torres estava já perto pelo que decidimos continuar. O Rocha na frente, em bom andamento, fez a súbida que antecede a longa descida que dá acesso a Torres. Depois disto dou continuidade às hostilidades e meto novamente peso nas rodas pedaleiras.
Até Torres ainda deu para ultrapassar os "amigos" do Rocha novamente e para lançar o grupo para a um mini sprint ao qual já não assisti.

Reabastecimento em Torres e saída, por unânime concordância, as "hostilidades" tinham terminado...
Pedaleira pequena, novamente relaxados em direcção à Malveira. O Chico despede-se e o trio resultante aproxima-se da súbida de Vila Franca do Rosário. Supostamente era para subrimos calminhos mas a superior condição física do Dario obriga-me a mim e ao Rocha a acelerar novamente. Até ao Vale da Guarda ainda deu para fazer 198 BPM a esgotar as pernas em rotação. Na chegada à Malveira,já mais pesado e mal-tratado, só forcei até às 196BPM...
O Rocha era quem acusava mais o desgaste mas a atitude foi fantástica! Não desistiu e mostrou que está já a começar a ascender de forma.
Na Malveira ficamos um duo muito desiquilibrado. O Dario que ainda queria fazer mais uns 60 Km e eu que já só pensava no almoço.
Para ajudar à festa resolvemos subir pelo Matadouro, com pendente de 16%, com o piso molhado e as rodas a derraparem... Salvou-se a honra ciclística e não foi necessário por o pé no chão!
Na variante de Mafra carros acidentados e a estrada extremamente perigosa.
Nas despedidas ainda perguntei ao Dario se se sentia confortável para ir até casa nestas condições. O rapaz até levou a mal e lá seguiu até ao Turcifal.
No total fiz 115 km para 4h05. Descontadas as paragens a média seria superior aos 30 km/h, o que para a época não me parece mal.

Quinta-feira dou a conhecer o percurso para a próxima volta.

Sem comentários:

Enviar um comentário