Domingo foi dia para sair de casa um pouco mais cedo e ir ao encontro do Chico. Passei pela Bicigal e imediações, para apreciar a paisagem e ver o ambiente. Confrontado com duas opções de subida até a Catefica, resolvi ir pela pior, Serra da Vila. Aqui para nós, foi um teste, para ver a força das perninhas, que como sabem têm andado com fraqueza.
Encontrei o Chico na Rotunda das Uvas, obra "magnânime", quando no alto do Furadouro , surge um telefonema. Era o Gaspar:
-Onde andam voçês? Grande pinta, tínhamos mais um companheiro, para tornar as subidas apetitosas, pois vinha com o equipamento dos antigos Bacalhaus!!!
Conversa puxa conversa, e como sempre vou sabendo das novidades. Lá puxei os alfinetes de tricô, porque novidades tão apetecíveis devem privilegiar pompa e circunstância. Subida para o Sobral e já tínhamos feito umas boas peúgas de lâ... Adoro estes bocados,, em que em ritmo moderado, cada um dá os seus cêntimos, conversamos e tiramos conclusões engraçadas e reforça-se o companheirismo.
O Gaspar é um trepador nato. Com poucos treinos vai ali com uma facilidade, o que antevê boas prestações para o futuro. Muita gente que se prepare, porque quando o homem estiver a andar, ui, ui.
Chegados ao Sobral, encontro com os Pinas, e com o Abel, que apenas iria até à Merceana. A "equipa B" como se auto intitularam foi a que conseguiu os excelentes 37 Kms/h de média horária, em evento de contra-relógio de equipas com distância considerável, algo que assenta nas maiores das constatações. As equipas coesas vão sempre muito longe e mais rápido!
A "equipa A" vinha em perseguição e a junção fez-se antes de Vila Verde dos Francos, com o Rocha a fazer ouvir!
Havia táctica do pessoal de Torres, o Gaspar, o Chico e eu, para fazermos aqueles quilómetros a subir em ritmo forte. O objectivo era levar o mais acima possível, o que melhor subisse, o Chico, para que ele chegasse ao alto integrado ou mesmo destacado. A ultima opcção revelava-se de difícil cumprimento pois o colectivo vindo de Loures, possui excelentes trepadores, que não dão hipóteses!
O André, estudante, que apesar das excelentes características e de ter convites para correr, prefere investir o seu tempo nos estudos. Muito bem! Pena que tenha de saber integrar-se e ajudar, trabalhando, metendo o passo, criando assim maiores laços e respeito do grupo. Existem alturas para se ajudar e outras para brincar, atacando. Foi o que ele fez logo nos metros iniciais.
Deixámos-nos ir integrados num grupo perseguidor que levava um companheiro de Cervelo com uma rotação...elevada. No final da primeira fase da subida, senti um ligeiro abrandamento, e coloquei-me em crenques, sem atacar, ganhando alguns metros. Começava o meu calvário! O local não é propicio a este tipo de acção porque existe logo a seguir a zona que desce, mas o objectivo era levar o grupo a aproximar-se do André que se tinha destacado. Meti o passo e o Chico cá atrás, começa a ficar aflito e pedia calma. Lá diminuí o andamento que me trouxe dissabores porque o organismo estava a gostar do ritmo. Alcançado o André continuei com menor ritmo e já em tentativa de recuperação e fazendo aquilo que tínhamos determinado, (só que um pouco mais acima) abrir para o segundo elemento.
O Gaspar assume este trabalho por mais uns metros o que levou-me a pensar reduzir aquele ritmo, e deixar-me ficar. Fê-lo com imensa mestria. O certo é que o André não puxava...e as despesas teriam de ser feitas por outros elementos, que me pareceu, estavam à espera dos mais retardatários. O Ricardo e mais outro elemento de vermelho, que ainda pensei ir na roda, (porque dava, só que teria de sofrer um bocadinho mais) passavam por mim. O Gaspar olhava para trás e teve uma atitude de louvar. Esperou por mim e ajudou-me. O certo é que preferia manter o meu ritmo, mas o encorajamento dele foi relevante.
Tivemos por muito tempo o grupo no nosso andamento:
-Oh Vasa se nós acelerarmos um bocadinho ainda os apanhamos... dizia o Gaspar. E raios, se calhar tínhamos conseguido. O problema e culpa, foi que eu fazia-lhe sinais de que era preciso calma. Ainda havia a parte mais dura até às antenas. Vou para a frente para ajudar a puxar o Gaspar e ele como não ia subir até ao alto, para não estragar, não continuou. Deu para emprestar a bomba ao "Cervelo" furado, e fazer o resto sozinho. A motivação era pouca, mas a curiosidade de ver a prestação do grupo dianteiro falou mais alto. Colocado o 28, deu para assistir ao contra ataque do André que literalmente fulminou o grupo. O Chico ia agora na roda do companheiro de vermelho, mas estava em perda. O Ricardo levava o seu passo acompanhado de mais elementos sem grandes variações.
Belo filme ao vivo!
Chegado ao Cruzamento perto do quartel, após ter subido aquilo na descontra, o grupo estava junto para ajudar no furo. Lá estava o companheiro de vermelho a ajudar. Quando abriu a boca, o estilo fonético fez-me lembrar um amigo meu. Entretanto pergunta:
-Quem é o Vasa?
-Sou eu... respondi,
-Carlos Gomes, prazer, sou o irmão do...
-(ah cum carago, aquele tom de voz não engana ninguém e a disposição para ajudar também não. É da educação, de família.
-...do Joaquim Gomes. Blá blá blá. Cavaqueira instalada, empatia natural, e lá fomos descida abaixo até Vila Verdes dos Francos.
Encontrei o Chico na Rotunda das Uvas, obra "magnânime", quando no alto do Furadouro , surge um telefonema. Era o Gaspar:
-Onde andam voçês? Grande pinta, tínhamos mais um companheiro, para tornar as subidas apetitosas, pois vinha com o equipamento dos antigos Bacalhaus!!!
Conversa puxa conversa, e como sempre vou sabendo das novidades. Lá puxei os alfinetes de tricô, porque novidades tão apetecíveis devem privilegiar pompa e circunstância. Subida para o Sobral e já tínhamos feito umas boas peúgas de lâ... Adoro estes bocados,, em que em ritmo moderado, cada um dá os seus cêntimos, conversamos e tiramos conclusões engraçadas e reforça-se o companheirismo.
O Gaspar é um trepador nato. Com poucos treinos vai ali com uma facilidade, o que antevê boas prestações para o futuro. Muita gente que se prepare, porque quando o homem estiver a andar, ui, ui.
Chegados ao Sobral, encontro com os Pinas, e com o Abel, que apenas iria até à Merceana. A "equipa B" como se auto intitularam foi a que conseguiu os excelentes 37 Kms/h de média horária, em evento de contra-relógio de equipas com distância considerável, algo que assenta nas maiores das constatações. As equipas coesas vão sempre muito longe e mais rápido!
A "equipa A" vinha em perseguição e a junção fez-se antes de Vila Verde dos Francos, com o Rocha a fazer ouvir!
Havia táctica do pessoal de Torres, o Gaspar, o Chico e eu, para fazermos aqueles quilómetros a subir em ritmo forte. O objectivo era levar o mais acima possível, o que melhor subisse, o Chico, para que ele chegasse ao alto integrado ou mesmo destacado. A ultima opcção revelava-se de difícil cumprimento pois o colectivo vindo de Loures, possui excelentes trepadores, que não dão hipóteses!
O André, estudante, que apesar das excelentes características e de ter convites para correr, prefere investir o seu tempo nos estudos. Muito bem! Pena que tenha de saber integrar-se e ajudar, trabalhando, metendo o passo, criando assim maiores laços e respeito do grupo. Existem alturas para se ajudar e outras para brincar, atacando. Foi o que ele fez logo nos metros iniciais.
Deixámos-nos ir integrados num grupo perseguidor que levava um companheiro de Cervelo com uma rotação...elevada. No final da primeira fase da subida, senti um ligeiro abrandamento, e coloquei-me em crenques, sem atacar, ganhando alguns metros. Começava o meu calvário! O local não é propicio a este tipo de acção porque existe logo a seguir a zona que desce, mas o objectivo era levar o grupo a aproximar-se do André que se tinha destacado. Meti o passo e o Chico cá atrás, começa a ficar aflito e pedia calma. Lá diminuí o andamento que me trouxe dissabores porque o organismo estava a gostar do ritmo. Alcançado o André continuei com menor ritmo e já em tentativa de recuperação e fazendo aquilo que tínhamos determinado, (só que um pouco mais acima) abrir para o segundo elemento.
O Gaspar assume este trabalho por mais uns metros o que levou-me a pensar reduzir aquele ritmo, e deixar-me ficar. Fê-lo com imensa mestria. O certo é que o André não puxava...e as despesas teriam de ser feitas por outros elementos, que me pareceu, estavam à espera dos mais retardatários. O Ricardo e mais outro elemento de vermelho, que ainda pensei ir na roda, (porque dava, só que teria de sofrer um bocadinho mais) passavam por mim. O Gaspar olhava para trás e teve uma atitude de louvar. Esperou por mim e ajudou-me. O certo é que preferia manter o meu ritmo, mas o encorajamento dele foi relevante.
Tivemos por muito tempo o grupo no nosso andamento:
-Oh Vasa se nós acelerarmos um bocadinho ainda os apanhamos... dizia o Gaspar. E raios, se calhar tínhamos conseguido. O problema e culpa, foi que eu fazia-lhe sinais de que era preciso calma. Ainda havia a parte mais dura até às antenas. Vou para a frente para ajudar a puxar o Gaspar e ele como não ia subir até ao alto, para não estragar, não continuou. Deu para emprestar a bomba ao "Cervelo" furado, e fazer o resto sozinho. A motivação era pouca, mas a curiosidade de ver a prestação do grupo dianteiro falou mais alto. Colocado o 28, deu para assistir ao contra ataque do André que literalmente fulminou o grupo. O Chico ia agora na roda do companheiro de vermelho, mas estava em perda. O Ricardo levava o seu passo acompanhado de mais elementos sem grandes variações.
Belo filme ao vivo!
Chegado ao Cruzamento perto do quartel, após ter subido aquilo na descontra, o grupo estava junto para ajudar no furo. Lá estava o companheiro de vermelho a ajudar. Quando abriu a boca, o estilo fonético fez-me lembrar um amigo meu. Entretanto pergunta:
-Quem é o Vasa?
-Sou eu... respondi,
-Carlos Gomes, prazer, sou o irmão do...
-(ah cum carago, aquele tom de voz não engana ninguém e a disposição para ajudar também não. É da educação, de família.
-...do Joaquim Gomes. Blá blá blá. Cavaqueira instalada, empatia natural, e lá fomos descida abaixo até Vila Verdes dos Francos.
O Gustavo cruzou-se connosco, ia a subir.
Reabastecimento e tempo para despedias. Ia-mos com o Rocha o e Manso até ao Bombarral pois temos objectivos comuns. Grandes companheiros, e pouxa grande passo o do Manso que quando se mete a rolar ui, ui, upa, upa.
Mais uma vez atitude formidável do Gaspar, que me assustou no final da subida do Ameal:
-Vou-te ajudar...disse ele e (pensei eu, assustado)
-Epá mas não aceleres...pois claro, eu já ia penduradinho, só que eles lá atrás não sabiam, e já vinham na roda há muito tempo por isso mais frescos. É que a média foi infernal.
-Olhem que se forem assim com essa velocidade até Fatima...
Aspecto positivo a realçar, camaradagem e a promessa de que o Carlos Gomes vai trazer o mano dele para um passeio um dia destes!
Reabastecimento e tempo para despedias. Ia-mos com o Rocha o e Manso até ao Bombarral pois temos objectivos comuns. Grandes companheiros, e pouxa grande passo o do Manso que quando se mete a rolar ui, ui, upa, upa.
Mais uma vez atitude formidável do Gaspar, que me assustou no final da subida do Ameal:
-Vou-te ajudar...disse ele e (pensei eu, assustado)
-Epá mas não aceleres...pois claro, eu já ia penduradinho, só que eles lá atrás não sabiam, e já vinham na roda há muito tempo por isso mais frescos. É que a média foi infernal.
-Olhem que se forem assim com essa velocidade até Fatima...
Aspecto positivo a realçar, camaradagem e a promessa de que o Carlos Gomes vai trazer o mano dele para um passeio um dia destes!
Boas Vasa,
ResponderEliminarQueria deixar o meu agradecimento ao Chico por nos ter sugerido a própria casa para nos refrescarmos! Bendita ideia que me permitiu chegar a casa sem um enorme empeno!
Salientar, ainda, o bom companheirismo que reinou na 2ª parte da volta (pós-Montejunto)
A pior parte foi o escaldão nos braços! No próximo fim-de-semana vou ficar sem a pele...
PS - Segundo as más linguas, o Rocha, depois de nos separar-mos no Gradil, fez o resto do percurso em 52/12 para compensar a falta de ritmo da volta... agarrado a um camião!
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