sexta-feira, 1 de maio de 2009

01MAI09 - Rescaldo do treino de Montejunto

Eram 8:00 da manhã quando saí, depois de ontem à noite ter confirmado com Chico do Carvalhal se queria ir fazer o treino connosco. O rapaz anda "atarefado" com a sua nova viatura que está a recuperar, uma velhinha Renault 4L.

Rumei a Vila Verde dos Francos ao encontro do pessoal de Loures aka (also know as) PinaBikes.
Só em Olhalvo, já no empedrado, agrupou-se o grupo com apenas:
O Freitas, Ricardo e o Ruben que pratica Triatlo. Sim, vai com letra grande porque a modalidade merece. Merecem os seus dirigentes, atletas e patrocinadores!

Esta tripla de ciclistas iria obrigar-me a percorrer os 128,7 kms de hoje com grande dedicação.
No inicio da primeira escalada verifiquei de imediato que o treino da ultima quinta feira feito em rolos ainda tinha acido latido acumulado!
Segui com grupo, que ia compacto com o Freitas a colocar o passo sempre certinho:
-O dia ainda vai no começo!
O colega Ruben de amarelo com a sua Trek e a camisola amarela colocava um passo certo (ah grande Armstrong) e claro está, dava para ver o excelente momento de forma do Ricardo. Quando olhei para o medidor de potencia só marcava 298 watts. No local da imagem já passei a desenvolver mais, mas deixei-me ir porque era melhor seguir o conselho do Freitas.

Depois da acentuação do declive ainda me coloquei à frente mas durou pouco pois os rapazes rapidamente fizeram a junção e continuaram. Até ao alto da primeira tirada da subida deu para acompanhar e fiz mesmo o esforço nos ultimos metros. Já no cruzamento para as antenas deu-se novamente outra recolagem depois de eu ter acelerado a maquina na descida. O Freitas era agora quem comandava as operações e atacou o sopé da subida onde me limitei a controlar. Eram os primeiros sinais de que as pernas ainda não tinham aquecido devidamente. Tinha vindo com dores toda a subida. Chegados ao alto, mesmo no portão da entrada do Quartel onde estão as antenas, altura de voltar para trás.

A surpresa viria com o Ruben que, descidos para Pregança, o rapaz nunca mais chegava. Começámos a preocuparmo-nos e ainda voltámos para trás. Felizmente poucos metros, lá vinha o Ruben de amarelo, provavelmente com as mãos doridas de tanto travar.

Novo episódio, e lá fomos para Chão de Sapo e para o Vilar em passo moderado na galhofa recordando a ultima vez que por ali passámos.

A segunda escalada estava perto quando fomos ultrapassados por um ciclista de vermelho que levava um daqueles passos.
A segunda subida foi bem melhor, embora após alguns metros, a seguir às casas depois de o declive acentuar, o Freitas inesperadamente abriu. O Ruben e eu limitámos a seguir o Ricardo. Ainda o fiz durante algum tempo e vi que o pulso estava a aumentar. Das duas uma, ou eles aceleravam ou eu quebrava. Nestas alturas é melhor controlar a potencia e a frequência cardíaca e deixar ir embora. Acompanhar só vai causar estragos e afinal de contas estamos a treinar, não a competir!
O meu pensamento estava certo e os homens a determinava altura já não ganhavam terreno. Quem tinha ganho, era o tal ciclista de vermelho que parecia uma moto! E eis que o Rocha se cruza connosco. Até ao alto das antenas consegui manter a mesma frequência cardíaca e a mesma cadência como da primeira vez. Ainda deu para enrolar o 17 só para ver como estava de força, que poucos metros à frente retirei.
Lá no alto andava o Gustavo da Bicigal que cruzou connosco e ficou à nossa espera no cruzamento da Cruz.

Agora o quarteto subia a quinteto com a companhia do Gustavo, que veio até ao Rodeio para fazer nova ascensão connosco.
Deu para fazer a primeira fase até Vila Verde dos Francos na frente e durante a subida após a localidade. Até ás casas, vínhamos integrados quando o Ruben e o Freitas deixavam de acompanhar. Lá tentei ir o máximo de tempo atrás do Ricardo logo seguido pelo Gustavo. Deixo-me ficar para trás e agora era o Gustavo que fazia as despesas na aproximação ao Ricardo, que tinha ganho alguns metros. Foi nessa fase que comecei definitivamente a acusar o esforço do treino. O Gustavo acabou por fazer a recolagem, mas por pouco tempo. Restava-me guiar-me pelo ritmo do meu amigo. Algumas vezes parecia que o ia alcançar outras vezes distanciava-se.

Até ao alto das antenas foi uma prova de concentração. Contagem mental (1,2...3,4) para corresponder ao ponto morto superior da pedalada, ora da esquerda, ora da perna direita, que ajuda a ritmar também a respiração. Limitei-me a este exercício na pendente que considero a terceira fase da subida de Montejunto por Vila Verde dos Francos. A pendente média neste local é de 9%, mas hoje o ventinho estava a ajudar. Chegado ao alto no portão do quartel o Ricardo informa-me que tinha um minuto mais, do que ele o que queria dizer que tinha feito os mesmos tempos das anteriores ascenções. Positivo.

Hora de voltar para casa que contabilizava 4 horas e 30 minutos de treino. Reabastecimento numa das bicas de agua em Vila Verde dos Francos. Rumo a Torres Vedras na companhia do Gustavo!

Bom treino rapazes!

3 comentários:

  1. Granda Raza pareces uma moto.
    Subir a serra 3 vezes é obra,pensei é que não tivesses ouvido as palavras de incentivo.
    Em relação ao teu blogue tá excelente,e bem promenorizado.
    Abraço
    Rocha

    ResponderEliminar
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  3. Foi um treino muito bom!! Apesar de ter apanhado um empeno dos bons, achei muito interessante!

    Abraço

    ps: as cronicas estão muito bem escritas!

    ResponderEliminar