terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O Manso não anda sossegado: Nasceu Gabriel


Depois de fazer sofrer o Manso, pela expectativa, resolveu anteceder as datas e prognósticos. A prenda de Natal do Manso veio mais cedo...

O Manso é novamente um pai baboso.

Agora vai hibernar da estrada porque precisa de acompanhar a família. Gosto particularmente do nome do rebento: Gabriel.
Desejos que seja um bom mensageiro que vos traga sempre boas novas.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Domingo tranquilo - 06/12/2009

Contrariamente às condições climáticas que seriam expectáveis, face aos alertas da protecção cívil, resolvi ir ao encontro de um bem composto pelotão de 17 homens que largou o Livramento em amena cavaqueira, em consonância com o andamento inicial.

Como tanta testosterona junta normalmente tem maus resultados eis que logo nos primeiros km's se fraccionam dois grupos. Um 1º onde se incluiam o Dario, André, Pina e um 4º elemento que timidamente se iam afastando na expectativa de reacções do grosso da coluna, para poderem dar asas ao seu andamento, e um pelotão que nunca se preocupou com quem ia, e que sempre limitou o andamento ao essencial para que ninguém arrefecesse ou no caso da súbida do Carvalhal para que ninguém descolasse.
Quando assim, é quem tem intenções "criminosas" fica desde logo descalço...
Na Aproximação a Torres apanhamos o Vasa e o Aldeano e os fugitivos que deliberadamente esperaram.
De Torres até ao Bombarral a única incidência foi um furo no mecânico da Motorreis. O passo permitiu uma série de variadas conversas e a tónica foi sempre pausada. Muita rotação nas pernas com os Km's a passarem sem que em momento algum alguém quebrasse a harmonia auto-imposta por todos os elementos.
Depois da pausa do café as coisas mudaram ligeiramente de forma. Os Pinas chegam-se à frente e apenas aceleram ligeiramente o passo. Cá atrás ninguém reage. Entretanto o Vasa pára por uma pequena varia mecânica. Ficamos uns 5 elementos e o resto seguiu lentamente.
Avaria reparada aproveitámos para acelerar um pouco para podermos recolar. O grupo do Paulo Pais que era o nosso estava mesmo ali à frente sempre naquele passo de quem não tem pressa. O dos Pinas alguns minutos depois também foi alcançado porque estes se aperceberam de que deveria ter acontecido algo e também limitaram o andamento.
Quando já estavamos reúnidos novo furo. Demoro-se algum tempo na reparação pelo que o andamento depois disto foi mais acelerado. Após a recolagem desta vez aproveitámos para manter o andamento que nunca foi de castigo, exceptuando talvez quem na frente sofria a acção contrária do vento.
Na chegada a Torres uma longa súbida e a única onse se esgrimiram alguns argumentos entre aqueles que assim o entenderam. A maioria seguiu no meu passo controlado ficando para trás o Paulo Pais e o Aldeano que foram os mais coerentes e que nunca aceleraram o coração, tal como tinham prometido, enquanto que à frente 4 elementos mais o irregular Vasa, que saiu como um canhão mas depois deixou-se descair, deixaram-se de paninhos quentes e foram à sua vida.

À entrada de Torres terminaram todas as hostilidades e até ao Livramento formaram-se 2 grupos. Todos os que se tinham destacado seguiram com excepção de mim e do João da Murgeira que demos boleia ao Sérgio, conterrâneo deste, e esperámos pelo Aldeano para virmos em direcção a Mafra.
O Dario e o André estavam com vontade de andar pelo que nos acompanharam num passo de contenção.

Próxima terça-feira repetição da jugada ou não...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Volta para Domingo - 29/11/2009


Por sugestão do Rocha vamos fazer nova deslocação para os lados da Lourinhã, só que desta vez alonga-se o percurso até Peniche que é para eu poder recuperar o treino perdido no fim-de-semana passado.

O Rocha está animado com a perspectiva do meu empeno pelo que necessito de rodas para seguir.
Quem alinha?
Saída às 08h30 no Gradil para poder chegar a casa antes do anoitecer...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cannondale CAAD5

Oportunidade de negócio

Cannondale CAAD5 replica da Saeco, medida 54, com garfo integral em carbono da Time .
Trata-se do melhor quadro produzido pela Cannondale segundo o um ex mecânico da Porta da Ravessa.

Preço pelo quadro: 270 euros
Garfo: 100 euros

Outros extras: A combinar.


Envio mais fotos sob pedido


No "armazém" também existe um quadro Trek 2000 com garfo em carbono para venda igual à foto abaixo. Preço a combinar





Volta de Domingo e VO2 max

Durante a volta de domingo que foi de estrada, para quebrar a rotina do BTT, fui ao encontro do Rocha e do Pedro de Mafra. Fomos até à Lourinhã tentando não ultrapassar as 160 batidas mas subidas. Deu-se mais importância à rotação e falou-se mal do Manso...Só força, só força...Entre episódios (o Pedro acha que canyon é uma marca de sapatos, após termos alcançado um adepto numa canyon...), falou-se muito de treino.

Muitos adeptos do pedal saem para a estrada e vão dar uma voltinha, na esperança de conseguirem melhorar os resultados. Os que são favorecidos geneticamente conseguem elevar o seu patamar de condição física. Os outros, onde me encontro, necessitam de conceber um plano de treino anual para conseguirem aumentar as suas performances. Isso significa melhor treino, ao contrário do que habitualmente se constata, que é mais treino, muitas horas sem especificidade nenhuma.

Uma das características negativas do ciclismo luso, segundo um recente mestre em educação física, cuja tese de Mestrado de Treino de Alto Rendimento se baseou no estudo dos ciclistas profissionais portugueses, são os níveis do VO2max muito baixos comparados com a generalidade dos europeus.

O que isso por um lado quer dizer, é algo que eu já sabia dos tempos que treinava com o Joaquim Gomes. Dizia-me ele que se todos os ciclistas profissionais treinassem com tanta vontade como eu, teríamos melhor ciclismo. Palavras dele não minhas. Na altura não percebi, mas depois de ler a tese compreendi onde ele queria chegar.

O treino relacionado com a melhoria da utilização celular do oxigénio, (VO2max) é algo muito trabalhoso e duro! Requer muita intensidade, com um programa de treinos que irei partilhar, mais à frente, em períodos específicos dos macrociclos, baseado em pouca carga horária.

Para isso necessitamos de calcular o nosso VO2max. O melhor, obviamente seria fazê-lo em laboratório com todas as condições, mas existem alguns protocolos que através de formulas matemáticas permitem fazer uma aproximação muito boa. Um medidor de potencia ajuda, mas pode-se sempre calcular a potencia através de formulas matemáticas que existem na internet, que relacionam o peso com a inclinação da estrada, velocidade e desmultiplicação.

Por agora deixo-vos este link para verificarem algumas noções e também este do Tiago Aragão Cliquem em biblioteca.

Nos próximos artigos partilharei algumas tecnicas que se encontram na net.

Ps.: Ontem calculei o meu que se situa nos 63, 3%. Para 78 kilos nesta altura nada mau... Será com base neste valor que irei começar a minha época de 2010.

Potencia @ VO2max: 391 w
Peso corporal: 78 kg
VO2max: 63.3
Peso/Potencia = 5.0

Formula de Arnie's: VO2max = 12 (Potencia/peso) + 3.3

O protocolo baseou-se em "atacar" uma subida inclinada com duração de 5 minutos à máxima intensidade possível, durante 5 minutos de agrura, calculando depois a potencia média!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Volta para Domingo 22/11/2009

Apesar de eu não poder acompanhar o pessoal, a volta para domingo consiste numa deslocação até à Lourinhã/Peniche para ir "lamber" um café num local já visitado!
Mais pormenores com o Rocha que deve passar pelo Gradil lá pelas 09h00.
Boas pedaladas!

domingo, 15 de novembro de 2009

Registo de 15/11/2009

Disposto a fazer mais uma saída domingueira enviei uma mensagem ao Vasa para o informar de que estava de saída.

A resposta fez-me esperar o pior, algo do tipo do que se vê na fotografia.

Felizmente que da Venda do Pinheiro vieram notícias bem mais animadoras. Afinal o Rocha também ia aparecer, pelo que depreendi que ia apanhar bom tempo...
Finalmente apanhámos um pouco das duas situações... sem o tornado, sem as trovoadas, sem o sol, com algumas pingas e vento, muito vento à mistura.
O percurso, tal como o Rocha o definiu foi de recta com umas súbidas à mistura.
Mafra, Malveira, St.ª Eulália, Pêro Pinheiro, Cheleiros, Carvalhal (virar à esquerda em direcção à nacional que liga a Terrugem à Ericeira), Ericeira com pausa para café, Ribeira de Ilhas, Stº Isidoro, Barreiralva, Sobral da Abelheira, Livramento, Enxara do Bispo, Sapataria, Malveira, Alcainça e Mafra- Total de 113 km cumpridos em cerca de 4h35m.
Apanhado pelo tornado que passou em Torres Vedras apareceu o Vasa na ligação de St.º Isidoro para a Barreiralva. Mal humorado, pouco falador, excepto para discordar da minha avaliação do percurso, em função do enquadramento da temporada, largou-nos no Livramento e rumou novamente a casa. Bem aparecido sejas rapaz! Volta sempre mesmo MAL-HUMORADO!
Eu e o Rocha desde cedo optámos por fazer andamento de contenção, com alguma rotação à mistura. O rapaz da Venda, vindo de paragens irregulares ao longo dos últimos tempos, teve o condão de me ir acompanhando e refreando sempre que o entusiasmo ia aumentando.
Tivémos hipóteses de fazer curtas acelerações, ainda que intensas, e só na ligação à Ericeira é que andámos um pouco mais a fundo em pedaleira grande com dois pequenos topos feitos acima dos 40 km/h.
Boa volta, com desgaste extra devido à acção do vento e a certeza de que vale sempre a pena sair de casa... desde que o tornado não apareça.
No próximo fim-de-semana vou até à Guarda, sem a bicicleta, para aproveitar para fazer mais alguma natação. Até breve camaradas!

sábado, 14 de novembro de 2009

Sugestões Super Classica Serra Estrela 2010

Um percurso passível de alterações...aberto a sugestões. Não completa os 200Kms...


Ver mapa maior

O percurso:

Saida de Manteigas até Gouveia com retorno rumo a Sabugueiro. Descida para Seia com retorno para Torre em direcção a Manteigas, rumo a Verdelhos até Covilhã com subida à Torre com finalização em Manteigas.

Sugestões aguardam-se...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Death Ride - California Alps Challenge

Death Ride, a "famosa" clássica da Califórnia atrai todos os anos vários ciclistas, que tentam superar os cinco picos dos apelidados Alpes da Califórnia, em Markleeville, que vai na sua 29ª edição.

O evento é um sucesso com cada vez mais adeptos, que percorrem 130 milhas (209,21 Kms) atingindo, 15.000 pés (4572 m) de acumulado. Passam por cotas entre 1524 e 2661 metros com pendentes máximas de 12%.



Quem completa o percurso é galardoado com a imensa sensação de superação, junto de 2800 a 3000 ciclistas. Apenas 1700 completam os cinco picos do percurso.

Famílias inteiras juntam-se para dar suporte aos seus membros e demais participantes num clima de grande festa.

Este evento envolve toda a comunidade da região, com os principais organismos a promoverem o evento. São preparadas condições especiais para albergar mais de 10.000 pessoas que ocorrem a essas paragens, Turtle Rock Park.



As semelhanças com a Super Clássica Guarda Torre Guarda são mais que evidentes. Alguns acertos são necessários, mas penso existir massa critica para conseguir um evento desta dimensão, já para 2010.

Mais alguns vídeos:



domingo, 8 de novembro de 2009

Registo de 08/11/2009


O dia amanheceu algo húmido... Até um pouco chuvoso, o suficiente para o rato do Rocha me enviar uma mensagem a dizer que não ia, à qual repliquei logo que eu sim!
Esta ligeira agrura climática levou-me a considerar que o Pedro também ficaria em profunda meditação no conforto da caminha...
Eu como sofro de insónias, depois de acordar, nem vale a pena pensar em outra coisa que não seja fazer-me à estrada.
Bem equipado, com casaco de inverno, protecção dos pés, etc... lá me fiz à estrada!
Até Bucelas sempre deu para aquecer, principalmente logo à saída de Mafra na súbida do matadouro. Na Venda do Pinheiro ainda tive tempo para fazer um pirete ao malvado do Rocha...
Chegado a Bucelas, aí uns 5 minutos antes dos Pinas, começa a chover... Para não arrefecer continuei a andar e depois inverti a marcha até encontrar um pelotão muito bem composto por vários elementos de diversas "cores". (Confesso que já não conheço muitos deles e não sei se são todos presenças habituais nas saídas deles.)
A 1ª parte da súbida até ao Forte de Alqueidão optei por pôr a conversa em dia com o Ricardo. Esta foi feita pelo Gomes na liderança, sempre em crescendo de passo, e apenas na parte final lhe dei um incentivo. Vozes do contra se fizeram ouvir, com o Pina com o seu humor cáustico a dizer:
- Só aparecem quando estão bem... nunca treinam...
Foi bom constatar que há determinadas coisas que nunca mudam...
No Sobral a confirmação de que o Vasa também ficou em retiro espiritual e um pequeno compasso de espera para agrupamento de pessoal que tinha ficado ligeiramente atrasado enquanto vestiam os impermeáveis. Saída em direcção à Arruda com passo certo e furo do Ricardo. (Nada de estranhar visto que o artista apareceu com um pneu à frente anterior à 2ª guerra mundial, rijo que se fartava e com uma aderência do melhor se o objectivo for testar o alcatrão das curvas)
O tempo estava frio e contra-indicado para grandes paragens e o Nuno Garcia, que se apresentou em calção, começou a ficar preocupado com o tempo de demora. Depois da reparação foi o mais preocupado em manter um passo mais vivo.
Na saída da Arruda fracionam-se 2 grupos. Naquele onde me inseria seguimos até Alenquer. Na saída de Alenquer em direcção ao Sobral decido começar a ajudar verdadeiramente o Garcia e peguei nas rédeas do pelotão até ao Sobral onde me separei e segui em direcção a Mafra.
Até lá o Ricardo passou por algumas dificuldades o que só lhe faz bem que é para perceber o que a malta sofre quando ele está em forma!
Nas despedidas ficou a constatação de um belo domingo invernal ciclista e o cumprimento sincero com alguns elementos dos Pinas. O meu obrigado e até à próxima!
Até Mafra ainda foram uns bons quilómetros, a espaços molhados, com a súbida do Gradil a ser feita já com algum cansaço à mistura.
Total de 126 km e 4h40 min.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Volta para Domingo 08/11/2009

A pedido de várias famílias, a próxima volta vai ter hora de saída às 09h00. O local de concentração mantém-se no Gradil.

Eu vou sair às 08h00 de Mafra com passagem pelo Sobral da Abelheira, Livramento e finalmente Gradil para agrupamento. (Isto para poder fazer mais uma horita que já estou a ficar em pânico com o meu peso...)

Depois o percurso compreende uma deslocação até ao Forte de Alqueidão, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e com regresso por Bucelas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

TIOMERSAL

Encontra-se no blog O Xiclista.

Pela importância e por também verificado as mesmas fontes, penso que deve ser mostrado esse trabalho. Aqui vai a citação:

"TIOMERSAL
Sou um cidadão comum, pai comum de menores comuns. Como tal, preocupo-me com a questão da Gripe A e a da respectiva vacinação.
O que vou escrever a seguir não é um tratado de química. É apenas o resultado de uma busca que um cidadão comum fez através de meios comuns - Site Infarmed - e notícias propagadas por jornais geralmente tidos como meios comuns de informação.
Isto tudo porque quero tomar uma decisão comum, baseada no conhecimento comum que é acessível a um cidadão comum.
E o que eu apurei é o seguinte:
No Infarmed estão referenciadas 3 vacinas diferentes como aprovadas para utilização. Uma delas é a CELVAPAN que não vou aqui considerar, pois que a respectiva bula não está acessível no site.
Restam, assim, duas vacinas: a PANDERMIX produzida pela inglesa Glaxo-Smith e a FOCETRIA produzida pela italiana Novartis.

A Pandermix é que está a ser utilizada na campanha de vacinação que já começou. É mais abundante que a outra e distingue-se essencialmente devido à inclusão de um componente que, segundo se explica na literatura especializada, nem sequer é um "princípio activo", mas apenas um "conservante". Trata-se do TIOMERSAL que a PANDERMIX tem e que a FOCETRIA não tem.

Acontece que o TIOMERSAL está directamente relacionado com o mercúrio. E é essa a razão especial para que as Autoridades Sanitárias norte-americanas e as Helvéticas tenham proibido a utilização da PANDERMIX.

É que os cientistas assentam que o TIOMERSAL é tóxico, pelo simples facto de "ser" mercúrio. Aqui estão todos de acordo. A divergência estabelece-se apenas na parte em que há uns que entendem que o TIOMERSAL, apesar de tóxico, não estabelece efeitos secundários, se usado em doses adequadas. Mas há outros que não duvidam que o TIOMERSAL está na causa do autismo nas crianças - por efeito da acumulação do mercúrio durante várias e diferentes vacinas . Há outros ainda que ligam o TIOMERSAL ao drama terrível sofrido pelos veteranos da Tempestade do Deserto - início da década de 90 - que por força das múltiplas vacinas que foram obrigados a tomar - em especial, contra o antrax e outros agentes infecciosos -, actualmente sofrem de demência, de depressão e de outras doenças relacionadas com o funcionamento do cérebro.
Em especial, por aquelas razões, o TIOMERSAL está proibido nos Estados Unidos e na Suíça. E qualquer destes países não é exactamente o Burkina Faso em termos de protecção dos seus cidadãos. Congregam os melhores cientistas e até são sede dos principais laboratórios farmacêuticos - no caso da Suiça ocorreu uma deslocalização nos últimos anos por causa do espaço comunitário, mas esse facto não invalida as dezenas de anos que os Suíços andaram a "virar frangos" no campo da farmacologia.

Ora eu, como pai comum, tenho que tomar a decisão de vacinar ou não os meus filhos. Depois de ter chegado a este ponto na minha "investigação", é fácil perceber que o não vou autorizar se a vacina que disponibilizarem for o PANDERMIX.

O nosso Estado não é uma pessoa de bem, explora e engana o cidadão sempre que pode e os técnicos e supostos cientistas que vêm à televisões dar garantias não merecem confiança. Não porque sejam más pessoas, mas pela simples razão de que não são técnicos ou cientistas independentes. Dependem de quem os nomeou politicamente para se manterem em funções no cargo que garante a "gamela" lá de casa e a opinião que transmitem não é baseada em fundamentos científicos próprios e independentes, mas apenas na decisão política tomada por quem o pode demitir a qualquer momento. Ou seja, em última análise, são meros papagaios da decisão política tomada por Sócrates. E eu não vou confiar a saúde dos meus filhos a um gajo que fez "Inglês Técnico" por telefax. E mesmo que a decisão de Sócrates seja baseada nos fundamentos técnicos e científicos dos sábios do regime, sei lá se algum desses sábios não recebeu um 500 SL de algum sucateiro da Glaxo-Smith-Klein. Histórias de corrupção que envolvam laboratórios farmacêuticos, empresários ingleses e políticos portugueses infelizmente não faltam.

E, curiosamente, parece que o nosso Governo e a Assembleia da República vão ser vacinados, não com o PANDERMIX que contém o TIOMERSAL mercuriano, mas com a vacina da NOVARTIS, a tal FOCETRIA, isenta daquele produto tóxico. Sendo que esta vacina, por estar encomendada nomeadamente para os Estados Unidos em quantidades avassaladoras, não estará disponível em tempo útil para qualquer outro país. Apenas algumas centenas de doses para os gajos do costume. Ressalvo que este último parágrafo não resulta de qualquer consulta, mas de uma informação pessoal que me foi transmitida e que não posso comprovar.

Desta forma vou percebendo as razões pelas quais alguns médicos e enfermeiros recusam ser vacinados e preferem assumir o risco de tratar a gripe quando ela vier pelos meios habituais.

De qualquer forma, volto a referir que este texto resulta duma busca comum, feita por um pai comum, através dos meios comuns de informação ao dispôr do cidadão comum. Não quero criar teses conspirativas, nem assustar ninguém. Estou apenas a "pensar" em voz alta. Se calhar até estou errado nas conclusões a que cheguei. Mas como os filhos são meus, esse risco assumo-o eu, como tenho assumido todos os outros desde que me lancei nesta obra que tem tanto de gigantesco como de gratificante que é criar três filhos."

Curiosamente também pesquisei o mesmo após ter lido.

Sem comentarios...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Enquanto o Vasa dormia...


Às 08h30, subia eu em direcção ao Gradil, quando telefona o Rocha:
- Estou um pouco atrasado, os gajos que eram para vir connosco já saíram...
Combinámos ir ao encontro um do outro e a intersecção deu-se na súbida para para Vila Franca do Rosário.
Já em direcção a Torres Vedras, pedalávamos lado a lado em pedaleira pequena, visto que o objectivo era o de dar rotação às pernas, quando em sentido contrário aparecem o Chico (com a preparação do passeio das clássicas 4L sobre "carris" arranjou um tempinho para um passeio) e o Dario.
Eu e o Chico a marcarmos o passo, aproveitando para actualizar a conversa, resolvemos acelerar na súbida dos "bacalhaus", sem baixar dos 23 km/h.
Até Torres acelero mais um pouco. Ainda havia a esperança de que o Vasa se juntasse, mas o artista ainda não se deve ter habituado ao fuso horário de inverno...

Depois de Torres o alinhamento manteve-se, comigo e com o Chico na liderança, em passo certo e rápido, sem causar danos nos intervenientes.
Na aproximação ao Outeiro da Cabeça o Chico, que devia estar cheio de frio, resolve ir aumentando, progressivamente, de velocidade até aos 43 km/h, velocidade com fizémos a parte final da referida súbida.
A partir da rotunda não deixei o ritmo baixar e após alguns minutos em que o andamento foi aumentando erámos já um quarteto em fila, ao estilo contra-relógio, com velocidades acima dos 50 Km/h. Com o desgaste partilhado progrediamos bem até que num determinado momento, já próximos do Bombarral, bem à frente dos meus olhos o Dario se levanta na bicicleta e lhe sai um pé do pedal... arrepiante! O acidente não se deu por "milésimas" mas o susto quebrou-nos o ritmo.
Em sentido contrário encontrámos os artistas que tinham combinado com o Rocha e este pergunta-me se ainda os apanhávamos. Sem dúvidar digo-lhe que sim!
Dentro do Bombarral invertemos o sentido de marcha e desta vez foi o Dario a marcar, acompanhado pelo Chico na frente, o ritmo. Eu, estranhamente, quebrei na 1ª fase. Sem que o ritmo fosse esgotante estava com dificuldades tremendas em baixar a minha pulsação. Segui com dificuldades e só próximo da chegada à rotunda do Outeiro da Cabeça, quando o terreno inclina um pouco mais, é que comecei a recuperar.
A partir deste momento peguei novamente no grupo e em passo acelerado fiz uma série de minutos no meu terreno de eleição.
Já com o outro grupo à vista o Chico deu uma ajuda. Como eu estava sem àgua, depois de os ultrapassarmos, resolvemos parar numa fonte que afinal estava seca!
Torres estava já perto pelo que decidimos continuar. O Rocha na frente, em bom andamento, fez a súbida que antecede a longa descida que dá acesso a Torres. Depois disto dou continuidade às hostilidades e meto novamente peso nas rodas pedaleiras.
Até Torres ainda deu para ultrapassar os "amigos" do Rocha novamente e para lançar o grupo para a um mini sprint ao qual já não assisti.

Reabastecimento em Torres e saída, por unânime concordância, as "hostilidades" tinham terminado...
Pedaleira pequena, novamente relaxados em direcção à Malveira. O Chico despede-se e o trio resultante aproxima-se da súbida de Vila Franca do Rosário. Supostamente era para subrimos calminhos mas a superior condição física do Dario obriga-me a mim e ao Rocha a acelerar novamente. Até ao Vale da Guarda ainda deu para fazer 198 BPM a esgotar as pernas em rotação. Na chegada à Malveira,já mais pesado e mal-tratado, só forcei até às 196BPM...
O Rocha era quem acusava mais o desgaste mas a atitude foi fantástica! Não desistiu e mostrou que está já a começar a ascender de forma.
Na Malveira ficamos um duo muito desiquilibrado. O Dario que ainda queria fazer mais uns 60 Km e eu que já só pensava no almoço.
Para ajudar à festa resolvemos subir pelo Matadouro, com pendente de 16%, com o piso molhado e as rodas a derraparem... Salvou-se a honra ciclística e não foi necessário por o pé no chão!
Na variante de Mafra carros acidentados e a estrada extremamente perigosa.
Nas despedidas ainda perguntei ao Dario se se sentia confortável para ir até casa nestas condições. O rapaz até levou a mal e lá seguiu até ao Turcifal.
No total fiz 115 km para 4h05. Descontadas as paragens a média seria superior aos 30 km/h, o que para a época não me parece mal.

Quinta-feira dou a conhecer o percurso para a próxima volta.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Porque as verdades são para serem ditas!

Sou um fã do Manuel Madeira. Gosto da forma como escreve, embora ache que muitas das vezes peca pela emoção e deixa-se ir pelas palavras... Esse "pecado", demonstra uma coisa que admiro, nos meus amigos, genuinidade. Obviamente que este tipo de pessoas podem ser sempre alvo de outras com menos escrúpulos, ora usando-as, ora cilindrando-as. Normalmente vêm-se no mundo a lutar sozinhas contra tudo e contra todos, ou então, unem-se a outras que partilhem de grande parte das suas posturas e opiniões.

Raramente conseguem mais amigos, pois o ciclismo não é alheio, ao mal que impera na sociedade, desde tempos imemoriais, que é o cinismo e o maior mal dos tempos actuais que é pactuar através da omissão!

As posturas costumam denunciar o carácter das pessoas, e raramente mudam. As sua opiniões, essas, são e podem ser influenciadas, modeladas, e até iluminadas quando reflectidas e ponderadas, por isso mudadas, esclarecidas, desde que se vejam e analisem as situações sob vários pontos de vista. Não posso condenar alguém pelas suas opiniões, mas devo fazê-lo pelas suas posturas. Contudo, temos o contrário, as pessoas são condenadas pelas suas opiniões...

Como sabemos, o inferno, diz-se por ai, que está cheio de boas intenções. Por isso convido-vos a lerem na integra sobre o artigo que o Paulão da 2W colocou no seu blog.

http://2w-paulao.blogspot.com/2009/10/jogo-limpo-pela-etica-desportiva.html

Concorde ou não, acho que algumas "sugestões" desse manifesto já deviam estar em pratica e são redundâncias, evidenciando que existe uma clara incompetência e incumprimento dos desígnios e das missões a que os organismos desportivos estão sujeitos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Volta de Domingo

Local de concentração - No café do Gradil, junto à Igreija

Hora - 08h30

Especial participação do duo feminino Tatiana e Verdasqueira que no final vão fazer um show lésbico

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ciclismo Noctívago

Para não sobrecarregar o Voltas ao Oeste com conteúdos que diferem da filosofia que o Vasa imprimiu a este blog resolvi criar um outro que pode ser visto como um complemento deste.

Chama-se Ciclismo Noctívago e a ligação é:

http://ciclismonoctivago.blogspot.com/

Tudo aquilo que diz respeito às saídas do grupo, quando comentado por mim, será publicado no "Voltas"

domingo, 25 de outubro de 2009

Libertem o ciclismo


O descanso dos guerreiros

Crónica de 25/10/2009

Terminou a época! Estas eram as palavras que mais se faziam ouvir durante o inicio da volta.

O Chico pára as 2 proximas semanas por compromiso com as Renault 4L e respectiva organização de "passeio clássico" e diz que nos próximos tempos vai sair muito pouco e menos ainda se chover.

O Rocha admite andar, (assim é que é!) desde que o tempo ajude...

O Vasa, entregue à gripalhada, deve ter sido internado à força, visto que nem às mensagens responde. Faltou à chamada e não sei qual vai ser o seu procedimento de fim-de-época.

Eu, continuo sempre a andar, como habitualmente ao domingo, quer chova ou faça sol!

Quem compareceu, ainda, à saída foram o Pedro (mais conhecido por Pedrix de Mafra) e o Rui, que em tempos vi numa maratona de btt do Sobreiro Curvo, vindo de Catefica?
Reúnidas as tropas, a toada era calma e exceptuando os topos onde foi havendo sempre pequenas acelerações, houve espaço para conversas e para ir relaxando.
O percurso, bastante acessível, compreendeu passagem pela praia da Santa Cruz em direcção ao Vimeiro, por caminhos que nunca tinha percorrido, com cenários agradáveis.
Numa determinada zona encontramos duas senhoras a andar a cavalo. Quando me preparava para informar uma delas de que o cavalo estava a espumar da boca, ao que ela certamente responderia:


- "Também você espumava se passasse 4 horas no meio das minhas pernas!"


Eis que alguém me estraga a deixa quando diz "olha aí para a direita!"... Afinal era mesmo para virar para a direita!


Entretanto o Chico teve oportunidade de ir cumprimentando metade das pessoas que se cruzavam connosco, (este gajo é mais conhecido que o presidente da Câmara) e chegámos inclusivé a parar à espera do artista.


Depois desta paragem a toada mudou radicalmente. O Rocha cheio de vontade de mostrar serviço, deu o sinal mais e acelerou o passo. Rendi-o e acelerei ainda mais um pouco. O Pedrix deu uma ajuda e depois de algum tempo até o Chico se chegou à frente para não passar por mandrião.


Intersectada a estrada da Lourinhã-Torres, couberam-me as despesas da súbida. Meti passo e fomos andando. O Rui em dificuldades, por afastamento das lides velocipédicas, obrigou a uma desaceleração. Nisto o Rocha e o Pedro destacam-se para disputar a chegada. Enquanto eu continuava sempre na mesma cadência passa o Chico à TGV para ir "roubar o ouro ao bandido" ao Rocha.


Na descida para Torres imprimo nova aceleração. A velocidades entre 50 e 60 Km/h sou rendido pelo Rui e na parte final sai o Chico em fuga, comigo a cerrar os dentes para ir na roda. O "sprint" que não chegou a haver foi do rapaz do Carvalhal enquanto os outros perdiam o comboio.


Passagem por Torres, em ritmo de recuperação. Na saída passo novamente para a liderança e na súbida de Catefica ponho andamento. Na minha roda vieram o Rocha e o Pedro, com o Chico a oferecer a dele ao Rui. Na parte final da súbida ouço as respirações dos que me acompanhavam a aumentarem de ritmo e acelero ainda mais. Para os "castigar" ponho mais 2 mudanças de carga e o malandro do Rocha apercebe-se e aproveita para sprintar e limpar nas minhas barbas um topo que deveria ter sido meu... (LOL)


O Rui fica em Catefica, o Chico do Carvalhal foi até ao Turcifal e deu meia volta, enquanto que o Rocha seguiu para a Malveira quando eu e o Pedro virámos no Gradil em direcção a Mafra.


Supostamente era para subirmos nas calmas, visto que o Pedro me informa que já tinha ultrapassado 2 vezes o seu limite teórico de pulsações... Deixo-o impor ritmo e como este puxa a velocidade para os 20 km/h decido-me a dar-lhe uma ajuda para ultrapassar mais 2 vezes o tal limite. Salienta-se a excelente cooperação visto que tratámos de manter sempre o ritmo elevado revezando a liderança sem procurar descarregar o outro. Na chegada à Murgeira lanço-lhe o desafio de continuarmos até à Paz e na roda maior, "prego na chapa" até à bem-vinda rotunda que culminou uma parte final de muito bom nível.


A continuarmos assim vamos ter de subir separados caso contrário estragamos a preparação de inverno...



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Os domingos vão mudar!



Com alguns pequenos "upgrades" dá para levar as meninas durante as voltas...

Já as estou a ouvir a desculpar as nossas performances

"O meu marido ontem portou-se bem... 2 vezes! - Hoje está fraquito..."

"O bébé não o deixou dormir"

"O gato anda com o cio e dá-lhe cabo dos nervos"

"Anda a tomar uns supositórios que o deixam muito em baixo"

Ou seja acabou-se a paz!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Estou com a gripe p(Á)





Telefonema para o Vasa:

- Então jovem Vasa, como andas?

- Estou com a gripe p(Á)!

- Estás com a gripe A?!?! E no domingo podes andar?

- Ainda não sei... mas acho que não é gripe A.

- Humm pelo sim pelo não o melhor é andares sempre a pelo menos 50 metros de mim.

- Não é para tanto!

- Dizes tu! Vais fazer perseguição ao pessoal! Se conseguires apanhar algum podes contaminá-lo... mas nós vamos em grupo, estilo contra-relógio, e tu anda como puderes, mas sempre afastado!

- Olha que isto está mau

- Claro que sim! E hoje já fizeste rolos?

- Não, ainda não lhe toquei desde domingo...

- Eh lá! Vê lá o que andas a fazer que isso pode dar-te cabo da forma física

- Pois mas o que é que tu queres as dores de cabeça dão cabo de mim...

- Se calhar só fazemos ai uns 100 km...

- Pois se for o melhor é ficarmos por uma volta curtinha!

- Ok Vasa as melhoras!

domingo, 18 de outubro de 2009

O TGV do Oeste

Eram cerca das 9:30 quando soou o apito na estação do Livramento. A carruagem estava a postos, as locomotivas encarrilavam nos carris. Paulo Pais, o organizador, qual chefe de estação, soava o aviso. Contagem decrescente para o "contra-relógio" por equipas, em ambiente de risada e boa disposição.

Nós vamos atrás avisavam os Pinas!

5,...4,...3,...2,...1..., vão!, para João, Rocha, Manso, Francisco, Marco, Duarte, Feliciano, Mário e João da Murgeira.

Após 5 kms a média era de 42 Kms/h. Um bom pronúncio do que estava para vir. Calma, era a palavra que se ouvia mais.

Juntaram-se corredores e ex-corredores que de um modo geral souberam defender o espírito de grupo, ora alertando ora refreando a adrenalina que existe nestes contextos. Muito bem.

Até Torres Vedras o ritmo previa uma boa tirada, com a rendição a efectuar-se de igual modo. Cedo se percebeu que as viragens nas rotundas "esticavam" o grupo que motivava algum refreamento de quem puxava. De um modo geral a comunicação foi assertiva. O encorajamento foi também uma constante, facto que devo realçar.
- Vasa, olha os andamentos pesados, disse o Marco, que foi uma surpresa. De facto estava a exagerar. Foi oportuno, deu um jeitão, pois ia mesmo distraído e faltava muito para chegar ao destino. Acatei.

O João tentava coordenar o pessoal, assim como o Duarte, tentando manter o ritmo constante nas subidas onde havia diferenças de andamento e acelerações bruscas que iam causando mossa. As descidas eram feitas a top.

Eu lá ia avisando para irem comendo, pois o pessoal entusiasma-se e as reservas não duram para sempre.

Estava ainda frio, a disposição não era a melhor, como vai sendo costume de inicio. Pensei:
-É normal, já melhora, pensei para mim. E melhorou durante o percurso. As sensações eram boas, embora as pernas, me dessem informação de que estavam ligeiramente "presas".

Á saída de Torres, via Bombarral, avistávamos o grupo que tinha partido à nossa frente, todos de Côr de Rosa.

Após Ameal, o Rocha avisava que iria largar. Preocupação no grupo, com o Mário a inteirar-se da situação:
-Foi furo?
-Não, ele vai largar, respondi.

Continuámos o ritmo imposto sem baixar demasiado. 40 de média até ao Outeiro. Nada mau!

Desde o Outeiro, lá comi meia barra. Estava perto a minha vez de render e era preciso aproveitar. Mãos na mariquice, (extensores) e toca de embalar a menina KTM progressivamente. Que gozo passar a alta velocidade pelos grupos. Velocidade que foi aumentando atingindo os 70 kms hora. iiiiIÀAÀÀÀ!

Em Bombarral abrando-se ligeiramente, por culpa de automóvel. A saída do Bombarral ficou por minha conta, mais uma vez progressivamente, com a rendição a fazer-me ouvir palavras de incentivo do João:
-Tás bem? Eu vou a 130...
-Tou, e pensei para os meus botões, bem mal, lembrando-me do que tinha dito o Mário no Outeiro, que deu origem a risota.

Mais uma vez as descidas eram feitas a top, com algum exagero do João, que motivou protestos consensuais. Mais uns goles de agua, e outra vez a puxar.

- Olhei antes disso para o mostrador da velocidade, para inteirar-me do que trazíamos e sem darem conta acelerei mais um pouco, para mais à frente abrir. O Xico empenhava-se em manter o passo. Estava-mos perto da do cruzamento da passagem de nível, com o Manso a assumir as despesas,passando pela frente. Boa atitude. Eu, olhava para o apeadeiro e certificava-me que ninguém estava presente para apanhar o comboio,...desculpem TGV.

Óbidos, aproximava-se e era onde iríamos voltar para trás. Daria para verificar o avanço que trazíamos, face às equipas que partiam atrás de nós. Isso deu-se perto do túnel. Avanço mais do que suficiente.

Se eu em tempos tive muitos traumas nas subidas, agora era a vez das descidas. Foi lá que sofri mais durante este percurso. A aproximação ao Bombarral faz-se com um "falso" plano que causava a segunda baixa. O Manso abdicava. Sem saber o meu destino estava ali bem perto. Debaixo do aqueduto, uma bicada na parte anterior da perna esquerda, dava sinais que devia deixar de enrolar...mais à frente outra, e outra e pumba, "f*%&-s€, pensei...
-Pessoal, vou sair, dei o estouro, avisei
-Epá vai na roda, não puxes, gritava o Xico, pois se conseguisse a perna estava mesmo "furada"...

-Eles continuavam, enquanto olhei para trás, esperando pelo Manso, e aliviando a pressão na perna esquerda.

Quando colou, coloquei as mãos nos extensores e voltei a enrolar. Revezando-nos, fomos a bom ritmo, nunca baixando dos 37 em plano, atingindo mesmo 45 em alguns pontos, baixando para o mínimo de 32 e 27 em alguns locais até Torres.

Em Torres esperava-nos o Rocha. O apoio moral foi uma constante. Avisava-o para não se meter com o carro à nossa frente. Determinei que iria chegar ao Livramento sem ser apanhado pelos Pinas. Era o meu novo objectivo. Os topos que existem antes do Livramento foram feitos com juízo, para não massacrar as pernas. No entanto onde menos esperava, no cruzamento sul do Turcifal, fui traído. Mais uma vez a perna esquerda dizia que não queria mais colaborar e desta gritou bem alto. Aliás gritei bem alto. A dor era de tal modo intensa que não dava mesmo para recuperar, nem tão pouco aliviar. Completamente "presa". Só me apetecia era...bem já passou. Tive mesmo de parar. Era ultrapassado pelos Pinas, mesmo antes de ter incentivado o Manso a continuar, que teimava em não me abandonar.

Bastaram alguns minutos, eternos, para a contracção muscular aliviar e poder montar novamente no "Bolide"...que seria agora um "vaporzinho" a pilhas....lol. A subida em Livramento foi feita com companhia de alguns Pinas que se encontravam na mesma situação.

Chegado à meta, lá estavam os meus amigos. A preocupação foi para o Manso:
-Foste alcançado...ele percebeu e disse não! tentei desmontar e mais uma vez as cãimbras a prejudicarem-me. Que situação embaraçosa. Há anos que não sabia o que eram caimbras. Que chatice, estava a sentir-me tão bem antes do Bombarral, e durante o tempo que vim com o Manso!
Paciência, parece que o TGV chegou a horas perdendo algumas carruagens, devido à velocidade dos maquinistas! Média 39,9 Kms/h para 105 Kms

Ps.: TGV - Todos gostam de velocidade!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Gato Fedorento - Protagonismo para os Ciclistas

Os gato no seu melhor, vejam e ouçam quando entra o autarca ex inspector da PJ, Moita Flores (2ª parte, minuto 13:02):

-"Eu suspeito que o sr calcula...um autarca policia não é uma contradição...uma espécie de impossibilidade técnica, é como um...ciclista alérgico às drogas."





O que dizer humor...tudo é humor! Não deixa de ser interessante O paralelismo PJ/Ciclistas...para meditar.
Um dia destes alguns deles, ao sair de casa, ainda vão ter uns visitantes...novos!!!

domingo, 11 de outubro de 2009

Rescaldo dia 11Out09 -Prego a meio fundo-

Desconheço se alguém apareceu em frente da Igreja do Livramento. Calculei mal o tempo que demoro a chegar ao Carvalhal para apanhar o Xico. Sem vivalma, continuei em direcção ao Livramento. No Turcifal cruzei-me com o Rocha e Manso. Só depois de irmos buscar o Xico à sua cama, depois de colocar a vizinhança em alvoroço...é que fui informado que talvez estivesse alguém no Livramento à seca. Paciência, estivessem a horas decentes, porque para nós horas decentes é chegar atrasados!!!

Hoje foi um dia que deu muito gozo. Aprendemos todos. Gozámos todos (não se metam com ideias seus rebarbados). Nas palavras do Xico:
-Bué da fixe, Vasa-

Eu não disse que temos um belo grupo! Um verdadeiro esprit de corps, que segundo as palavras do Rocha, existe um bom ambiente. Impera o respeito mutuo, a sinceridade, a franqueza!

O que me dá orgulho de poder estar entre amantes da bicicleta e do ciclismo, onde tenho me sentido tão bem! Dá-me mais certeza de que estamos a construir algo para além do ciclismo (as nossas voltas e as causas provam-no), mesmo depois de o Xico nos informar de lhe terem mandado umas bocas. Segundo a sua fonte, alguém lhe deu um recado, que um grupo de pessoas de Torres Vedras, estão a preparar uma equipa para irmos apanhar bonés! Querem ver que é a nova equipa...que anda a ser construída por ai?

Vivas, ainda bem,...puxa somos importantes pessoal! Já organizam grupos por causa de nós. Isto é que é amor ao ciclismo. Vão com um sem pastilhas? Enfim, só tenho mesmo uma palavra, "pequenos fustrados"!

Nós andamos pelo gozo, pelas "bocas" que mandamos uns aos outros, pelo divertimento. Hoje cheguei a casa com a barriga cheia de ciclismo, após em conjunto reflectirmos e colocarmos em pratica aquilo que cada um achava. Isto é o que eu gosto! Confraternizar, discutir assuntos e ideias, sabendo-se que criticam-se as ideias, as atitudes, não as pessoas. Porque delas, nós gostamos!

O passo foi deveras intenso para a ida. Encontrámos outros amantes do pedal que se fizeram ouvir. Apanharam boleia e achei piada a alguns comentários:
-Eles hoje vão mais devagar que da ultima vez-....claro, hoje vamos fazer duas mangas (não são de camisas, seus tarados alfaiateiros). Começamos a ser conhecidos, acho que os planos que temos devem ser seriamente pensados, amigos!

A chegada a Óbidos foi relaxante com dois companheiros de estrada a fazerem-nos companhia. De volta houve oportunidade para colaborarem e mostrarem os seus dotes que impressionaram. Sim sr, ambos a colocarem passos excelentes nos seus territórios que abonaram! Penso que a nossa atitude também foi de louvar. Obrigado pessoal!

Já vimos que a gestão de forças desempenha um papel crucial! A aproximação a Torres Vedras, assim como após a cidade são locais em que a "cabecinha" desempenha um papel preponderante!

A render, gostei da evolução durante o treino! Adorei! Não me alongo mais para dar oportunidade a que outros realcem outros aspectos.

ps.: Podíamos era ter convidado a mocinha da lambreta para nos dar apoio...durante o resto do treino!!!


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Talvez me dedique ao futebol...

Não é que goste, (também não sou grande ponta de lança) mas o futebol pode ser uma óptima via para treinar a usar a bomba de ar. Afinal estamos todos sujeitos a que um dia furemos...um pneu da bicicleta. Por isso convém treinar!

Ora vejam:




Digam lá que assim com o futebol não nos tornamos peritos a encher?


Noticias que preferia nem saber

Todos sabemos como é o bicho homem.
Uns mais verticais, outros menos. Uns mais solícitos, outros menos. Uns mais altivos outros menos. Uns mais gratos outros menos.

Permitam-me este desabafo que tenho aguentado...

De facto o que mais me custa é a ingratidão e senti-la na pele, literalmente. Nunca espero nem quero vassalagem após ajudar, mas sinto-me também muito triste com a falta de visão, isto é, a inteligência de muita gente (xico esperteza), a sua visão estratégica (ou melhor a falta dela) e a ingratidão!

Hoje soube, por ironia do destino, em conversa com um contacto de patrocínio, que mantive em tempos, que vários ciclistas que ajudei, andam agora a contactar patrocinadores para fazerem uma equipa...com alguma gravidade à mistura (pela postura) segundo me apercebi e me foi comunicado.

Durante o processo OesteProCycling, nome que foi sugerido pela equipa de trabalho, houve um entusiasmo contagiante, pese embora, a minha opinião relativamente ao timing.

Os ciclistas vieram recomendados, contactaram-me, no sentido de os ajudar. Mostrei o que tinha, alguns contactos já desenvolvidos inclusive, que estavam programados para prosseguir em 2010.

O que eles tinham...estavam no desemprego, tinham currículo como atletas e a vontade de criarem uma equipa, nada mais!

A surpresa foi a necessidade de acompanhamento e escassez de ideias! Pior, nem dados souberam fornecer relativamente ao staff técnico, quando solicitados, como se esperaria de uma equipa de trabalho, mostrando-se sempre "desconfiados". Nem na elaboração da proposta ou ideias inovadoras souberam contribuir. Tudo muito estranho, pese embora o esforço em conseguir avançar, o entusiasmo mais de uns do que outros, (normal nestas coisas) que saliento.

Um deles, deu uma machada como ninguém, colocando em risco todos os outros e obviamente o projecto. Nem estimativas de retorno, plano de marketing, plano de comunicação, plano financeiro, (sabem lá o que isso é), processo de candidatura da FPC, seguiram e muito menos contribuíram. Sou agora informado de que querem fazer uma equipa novamente...com o quê, qual proposta...obra registada e bem registada...bem abrangente...(atenção ao plágio). Ah ,com novas pessoas, cuidado...

A certa altura apareceu uma suposta figura influente no universo politico que apenas nos colocou a falar com assessores (um apenas). De pouco ou nada serviu...acho até que atrapalhou, exibindo sempre a a sua pose de entendido e bem falante!

Sabiam, caros leitores, e permitem-me este desabafo no meu/nosso espaço, que coloquei contactos da minha esfera pessoal ao barulho, desde políticos nacionais que ajudaram a desbloquear e fomentar reuniões, jornalistas e amigos, empresários, directores de marketing, em persistência contínua, gastando muitos euros ao telefone, deitando-me tarde para acabar o projecto para ter números reais a tempo, apresentações, colocando mesmo o meu posto de trabalho em risco, em prol da causa e do interesse deles, e no final, nem um obrigado tive?

Pois é, nem um obrigado. Nem a demonstração disso sequer!

Pior, ouvir da arrogância e pequenez que algumas portas se "abriram" pelo "santo" nome dos ciclistas envolvidos, é no mínimo desprezar o trabalho de todos aqueles que se solidarizaram de modo voluntário com o projecto, cedendo o seu tempo, trabalho, dedicação e motivação.

Enfim, ainda o processo não se tinha desenrolado em termos de media e já havia contactos...embora adiados para 2010 como estava destinado, inicialmente! A iniciativa veio apenas antecipar o processo Oeste Pro Cycling. Que fique claro!

Quando verifiquei que o abandono de um dos atletas foi comunicado por este, em cima do acontecimento (que sabia de antemão à vários dias) sem nos dar oportunidade prévia para fazer um comunicado, tudo ficou claro...das intenções, que se compreendem, (cada um tem de tratar da sua vida, garantir a sua subsistência), mas também precisa de pensar nos outros!

Mas este é o tipo de gente que quer obter a confiança de um patrocínio, do dinheiro dos outros, para o fazer render?

Quem é que no seu perfeito juízo aposta em ex-ciclistas que andavam no mesmo circuito que deu origem a vários casos, como temos vindo a constatar ultimamente (e outras coisas mais que...)?

Quem é que no seu perfeito juízo aposta em grupos de pessoas que sonhavam (ou fizeram mais do que isso?) tão alto que mais uma vez gorou-se um projecto em marcha que seria de continuidade para cinco anos tendo apenas durado dois...sabem ao que me refiro, não sabem?

Costumo dizer, que se tivesse aquele montante e condições, muita coisa seria implementada com maiores retornos e dinamização e consequente continuidade...

Quem é que no seu perfeito juízo quer apostar num desporto que cada vez mais é de alto risco, por culpa dos seus envolvidos, com os actuais envolvidos...?

Estou errado?

Meus queridos ciclistas e ex-ciclistas profissionais, com iguais atitudes, deixem de brincar com as pessoas, aqui o PARVO, que foi na conversa e se preocupou com o vosso posto de trabalho fui eu! As outras pessoas estão atentas e têm ombridade!

Lembrem-se disso!

Agora compreendo porque no pelotão me foi comunicado que são conhecidos por Mafiosos.

Surpreendeu-me na altura os avisos, sobre possivelmente terem a sua situação garantida...sobre a alcunha de que eram conhecidos...mas agora conclui...Usaram-me.

Lancei o primeiro comunicado, lancei as duas pessoas, omitindo o meu nome, hoje estou arrependido! Confiei demais!

Quero salientar que no mundo dos negócios deve imperar a confiança! No ciclismo também devia ser assim.

Apenas pessoas de fora ou de dentro, que não estão "contaminadas" com as más praticas que existiram, podem ajudar a levantar a modalidade. Lembrem-se disso!

Lembrem-se também que gostava de ver mais equipas de ciclismo na estrada, com ideias inovadoras, contribuindo para o bom nome e projecção de Portugal, dando um enorme contributo positivo à modalidade, pelas sinergias que pretende colocar em acção!



VIVA O OESTE PRO CYCLING

Agradeço aqui a todos os que ainda acreditam no projecto e continuam a ajudar!
Agradeço aos que ainda aceitam reunir sobre ciclismo!

Estarei ao dispor para manter a mesma posição que defendi, junto de patrocinadores, fruto da minha frontalidade, agora não é a melhor altura para investir!

Muita coisa ainda está para vir a público!

Mantenho!

Estarei atento!

Atenção!

este é um artigo/opinião de ficção qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência

Escutas

Um reduntante plágio retirado do blogue o Xiclista...pronto confesso!

Afinal, existem escutas junto do Presidente da Républica!

Querem apostar uma canhota?

Eis a Prova!



Sempre ALERTA!

Ah não foi este SR Professor, que disse que cada um pedala com a sua bicicleta?

Quem é que o teria abordado e falado de ciclismo?...


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Treino TTT Team Time Trial Domingo 11 Outubro

Olá,

O pessoal que normalmente anda connosco está convidado a fazer parte de um treino de "equipa".

No ultimo Domingo deu para verificar que vale a pena "treinar" alguma técnica e noções de equipa para o evento que se aproxima.

Assim sugiro que nos encontremos em Livramento junto à Igreja às 8:30 da manhã. Dai vamos fazer o mesmo percurso do proximo evento do Paulo Pais (Livramento-Óbidos-Livramento), em passo moderado (numa escala até dez, muito difícil, apontava para seis) dividido em duas "series", com descanso óbvio em Óbidos.

Alguns pontos que gostava de ressalvar:

-Posição do vento

O vento é um factor critico no ciclismo de estrada. A protecção dos parceiros (membros da Equipa e não Euquipa), devem saber de antemão a posição dos membros e tentar sempre que "puxam" colocar-se de tal forma a proteger, isto é, oferecer a sua roda.

Ora se o vento sopra às 11 horas, considerando que as 12 horas é o sentido de deslocação do grupo, o membro que rende (que vai à frente) deve deslocar-se para a esquerda sempre que puxa e descair para o mesmo lado. O membro que rende deve entrar pela direita e assim sucessivamente. Quem descai deve ir sempre pelo lado que o vento sopra! Se eventualmente o vento soprar de frente (12 horas) deve o membro que descai fazê-lo pela direita, para evitar descair para o lado do transito. Atenção, quem puxa deve distanciar-se da berma o suficiente para haver sempre espaço de manobra até à berma (espaço para descair, imprevistos, etc.)

Evite-se "fechar" ou encostar à berma de imediato, truque usado para obrigar a puxar, ou em caso de sprint, oferecer o vento ao adversário. Lembrem-se não existem adversários neste caso!


-Ritmo

Outro caso crucial prende-se com o ritmo e estratégia. Já vi equipas medianas a fazerem grandes tempos, e outras muito boas e deitarem tudo por terra. É preciso moderação, controle emocional, comunicação e gestão de forças para manter um ritmo aceitável e transversal a todos. Sabemos de antemão que as diferentes características devem ser doseadas em conveniência do colectivo. Para tal o conhecimento das capacidades e limitações de cada um são fulcrais. Normalmente usa-se um truque que é manter o passo suave no principio, moderado durante, e forte no final. Evitar acelerações bruscas!!!

Ficam alguns videos para verem como fazem os pros!Inspirem-se

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eventos

Enviem para a minha caixa de correio.

Eu publico aqui!

"Amigos BTTistas

No dia 1 de Novembro de 2009 a Secção de BTT do Quintajense FC organiza o "Passeio de BTT Festa de Todos os Santos", inserido nas Festas de Todos os Santos, de Quinta do Anjo.
Este Passeio passará por trilhos das Serras do Parque Natural da Arrábida, guiado nos 20 km iniciais e com andamento livre, nos últimos 20km, depois do abastecimento.
A Concentração/Partida será às 08h30 no Campo de Futebol do Quintajense FC.
Enviar Inscrições para: btt.quintajense@gmail.com com a indicação do nome, data de nascimento e nº de BI.
Inscrição validada após pagamento via transferência bancária, para o NIB 0045 5455 4004 9741 5745 5 (enviar comprovativo de pagamento)
Valor da Inscrição: 10 Pedais - Inclui: Abastecimentos, Seguros, Banhos, Lavagem de bicicletas e Almoço/churrasco. Depois do almoço serão Sorteados vários produtos, entre os participantes e acompanhantes, pelo nº da senha de almoço atribuída.

Os acompanhantes que queiram almoçar pagarão 7,5 pedais cada.
Contamos mais uma vez, com a V. presença!
+ info - 960072591 (Mário)

Percurso - 40km (últimos 20km com andamento livre)
Dificuldade Física Média Alta - 4/5
Dificuldade Técnica Média - 3/5
Track de GPS - Após validação da inscrição, mediante solicitação.
Saudações BTTistas"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Armstrong Volta o Algarve

Após um interregno de alguns anos o Lance com a sua lusitana armada volta ao Algarve. Da ultima vez a noticia abaixo com o patrocinio do Millennium foi muito pouca explorada.

Esperamos que a presença no próximo ano seja melhor aproveitada.

~
A equipa do ciclista norte-americano está a ponderar integrar o pelotão da Volta ao Algarve. Já houve contactos, mas decisões só em Outubro. Contador também é hipótese.
armstrong.jpg
Ver Galeria

A RadioShack, a nova equipa de Lance Armstrong, deverá integrar o pelotão da Volta ao Algarve, avança a edição de 'A Bola' de hoje.

Contactado pelo Observatório do Algarve, Rogério Teixeira, presidente da Associação de Ciclismo do Algarve, confirmou a notícia: “Temos andado em contactos com os 'staff' das equipas e essa [RadioShack] respondeu positivamente”, diz, mas admite que apenas em finais de Outubro - altura em que são definidos os calendários das equipas - haverá uma confirmação oficial.

A confirmar a presença da formação norte-americana, há grandes possibilidades do sete vezes consecutivas vencedor da Volta a França Lance Armstrong vir a participar, tal como Sérgio Paulinho e Tiago Machado, que, juntamente com o director-desportivo José Azevedo, compõem o contingente português na RadioShack.

A prova pode ainda contar com Alberto Contador, já que, segundo o OdA apurou, o ciclista espanhol (actualmente na Astana) deverá integrar a equipa belga Quickstep, que é uma presença regular no Algarve.

A saída do espanhol da equipa cazaque deve-se à indefinição se terá ou não licença ProTour, que poderá não ser dada porque existem salários em atraso.

O vencedor da última edição Volta a França regressa assim para defender o título conquistado na 35ª Volta ao Algarve.

Esta edição disputa-se de 17 a 21 de Fevereiro e contará com cerca de 20 equipas; o pelotão nacional e algumas estrangeiras. in Observatorio do Algarve



Armstrong participa na 30ª volta ao algarve Millennium bcp


O consagrado ciclista Lance Armstrong é o cabeça de cartaz da "30ª Volta ao Algarve Millennium bcp" que hoje foi oficialmente apresentada.

2004/02/09

O consagrado ciclista Lance Armstrong é o cabeça de cartaz da "30ª Volta ao Algarve Millennium bcp" que hoje foi oficialmente apresentada. O norte-americano da equipa US Postal Service que se sagrou penta-campeão da Volta à França depois de ter superado um delicado problema de saúde, será certamente a figura mais mediática deste evento, que conta com o alto patrocínio do Millennium bcp, e que constitui a primeira etapa da ?corrida? de Armstrong ao feito internacional de se tornar o hexa-campeão da Volta à França em 2004.

A "30ª Volta ao Algarve Millennium bcp" irá decorrer entre os dias 18 e 22 de Fevereiro, e as 15 equipas participantes reúnem os melhores ciclistas nacionais, europeus e americanos, naquele que será sem dúvida o mais cotado pelotão que alguma vez rolou em estradas portuguesas. Para além do consagrado Lance Armstrong, merece igualmente destaque a participação da grande promessa do ciclismo nacional, José Azevedo que, integrando a equipa da US Postal com Armstrong, arranca na "30ª Volta ao Algarve Millennium bcp" para a pedalada definitiva na senda de uma carreira de primeiro nível no ciclismo internacional.

Outros nomes de vulto do ciclismo, como o português Vítor Gamito ou David Bernabéu (ambos da Milaneza MSS), David Plaza (Paredes Rota dos Móveis), Nélson Vitorino (Würth Bom Petisco de Tavira) ou Cândido Barbosa (LA Pecol), farão certamente da Volta ao Algarve Millennium bcp uma das mais emocionantes até hoje disputadas.

Com uma tradição construída em cima de 29 edições já disputadas, a Volta ao Algarve arrasta adeptos, entusiastas e curiosos dos 16 concelhos do Algarve, de Vila Real de Santo António a Aljezur. Com a força do cartel presente e o cuidado colocado na organização do evento, a 30ª Volta ao Algarve Millennium bcp será certamente um grande evento desportivo deste ano, uma das mais importantes antecâmaras do Euro 2004. Aliás, a prova arranca dia 18 do Estádio do Algarve, considerado um dos mais bonitos estádios do campeonato europeu de futebol.

in MilleniumBCP

sábado, 3 de outubro de 2009

Nota

Um dos comentários foi eliminado. Mal dizendo e deturpando, atitude que escondida no anonimato é reprovável. Teria obtido resposta se não tivesse em tom provocador e/ou escondida no anonimato com o propósito único de atingir e denegrir outras pessoas. É cobarde, e por isso não podemos dar protagonismo neste espaço, a pessoas que se escondem.
Entrou pela parte pessoal, pela ofensa. Teria tido resposta se houvesse elevação em mostrar-se. Assim foi eliminada a sua participação.

Os outros que queiram participar fiquem descansados. Vai haver doravante espaço para todos, desde que identificados. Impõe-se a necessária moderação antes publicação dos comentários.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Estamos de LUTO

Corro o risco de exposição neste momento de pesar.

O nosso amigo Rocha perdeu o sorriso do seu Pai.
Tive oportunidade de o conhecer, quando da nossa volta Torres-Fatima-Torres. Além de minha mãe, também "corri" no meu intimo e com solidariedade pelo pai do Rocha.
Felizmente, tudo correu bem com a minha mãe.

Certamente que onde estiver, o pai do Rocha não esquecerá o gesto de todos que o acompanharam.

Para ti Rocha e para toda a tua família neste momento de pesar, as minhas mais sinceras condolências.

domingo, 27 de setembro de 2009

Cadel Evans Campeão do Mundo de Elites

Arrasador!
Tocante, é a expressão que consigo encontrar ao ver a emoção de Cadel Evans após ser corado Campeão do mundo de elites de estrada. Gosto de Cadel Evans. É humano.

Umas palavras relativamente ao "passeio" de hoje até Cascais.
Após o atraso de 5 minutos, motivado por ter adormecido e acordado, a 45 minutos das 8:00, iniciámos a longa tirada com um pelotão significativo que durante o seu percurso, somou mais elementos: Albano, Cajó, e mais tarde, Manso e Rocha.

As hostilidades começaram na Carvoeira com o Chico a colocar um passo demasiado duro para a maioria do pelotão, e a fazer estragos que motivaram uma perda de ritmo, com muitos grupetos. Esta atitude iria-se repercutir no resto da tirada.

Da ultima vez, o grupo mais coeso, chegou a Sintra em menos tempo. Nota negativa, que tive oportunidade de manifestar, à qual fui surpreendido com a resposta:
-Este é o meu passo a subir e ninguém me tapa o passo- depois de, na mesma subida assumir as despesas na frente, sendo surpreendido pelo ataque do Chico, que se achou "tapado".

Fez-me lembrar as vezes que o pessoal em tom de brincadeira pergunta:
-Vieste sozinho?

Adiante, todos temos os nossos piores dias...principalmente quando se encontram velhas "picardias" nos mesmos grupos.

Chagados a Sintra, mais um episódio, que motivou o meu descontentamento. Afinal onde fica a Peninha...Ninguém acatou a boa sugestão de que era para a esquerda. Rumo a Colares, com a sua subida mais uma vez executada a Top, com o Manso a assumir as primeiras despesas, seguidas por mim, e depois pelo Espinha, seguidas do Tiago com o Chico sempre a acompanhar. Após o Espinha ter desencadeado as despesas, o pelotão partiu-se. Mais à frente, abdicou de puxar e o Chico assumiu o comandos com um ataque, que naquela altura, me surpreendeu. Primeiro, o porquê do ataque, depois porque parecia um "ataquezinho"...pois foi de imediato alcançado pelo Tiago, comigo a controlar o meu passo. Nesta altura abrandei, pois achei demais, pelas razões que já apontei, que se prendem mais com o estado anímico do que o físico. O meu abrandamento, foi suficiente para ser alcançado pelo Espinha, que passou em bom ritmo. Os 25/30 metros que o duo da frente ganhou eram esbatidos, com a referencia do Espinha que quase os alcançou.

Francamente, o Manso e a seu bom senso voltaram a predominar, tal como tinha acontecido, na Carvoeira. Sugeriu voltarmos para trás, e "recolher" os que tinham decidido não ir em aventuras.
Estiveram bem porque estavam logo ali.

Mais um "caso". Estava determinado irmos ao Estoril. Dada a hora e por sugestão do Chico, deveríamos seguir:
-Tenho de estar em casa à uma hora. Força segue! respondi, quando estávamos a seguir para a direita em direcção à marginal. Gritos e toca de travar, afinal seria alteração de planos. Enfim...

Uma critica construtiva. Ora param todos e arrancam todos, ao mesmo tempo, ora, se cada um vem andar sozinho, o melhor é não empatar! As paragens constantes, que contribuem de modo significativo para o "empeno" têm várias origens:
-Passo demasiado duro nas subidas que não é acompanhado com o protocolo acordado (voltar para trás e acompanhar os retardatários), motivando oscilações bruscas de andamento;
-Paragens imprevistas, motivadas pela pouca preparação e algum individualismo;
-Desconhecimento e estudo prévio do percurso;
-Pouco bom senso, motivado pela excessiva testosterona;
-Pouca comunicação.

Por isso, voltarão a encontrar-me nestas aventuras com a mesma atitude. Quando me virem ficar para trás já sabem, voltei para trás ao encontro dos retardatários. Devo salientar as boas posturas, que todos sabem de onde vieram. Não me irei alongar mais, neste ponto.

O Calado, andava com as suas caimbras que se arrastaram desde Sintra até Torres Vedras. No total 150 kms com uma média de 27, 1 Km/h contra os 29Km /h de dia 13 de Setembro. Pensem nisto...

Também termino aqui a crónica, porque não tenho "pachorra" para escrever mais. De positivo a camaradagem que se instalou após Cascais!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ciclista bate Porsche

Ciclista bate Porsche

A grelha de partida para a corrida que ontem ( 09/23/2009) assinalou o Dia Europeu sem Carros em Lisboa era, no mínimo invulgar:

A grelha de partida para a corrida que ontem assinalou o Dia Europeu sem Carros em Lisboa era, no mínimo invulgar:

O piloto Pedro Couceiro ao volante de um potente Porsche 911 (modelo Carrera 4), umcidadão a darao pedal, o vereador Sá Fernandes também a pedalar numa curiosa bicicleta, um taxista com 40 anos de serviço e o autarca António Costa, que lançou o desafio, a andar de metro.

A iniciativa faz a que Costa promoveu em 1993: uma corrida entre um burro e um Ferrari pedindo o metro até Loures.

O burro ganhou. Desta vez a competição era entre o Campo Grande o Café Nicola, no Rossio.

A partida foi dada às 9h33 quando Costa entrou numa carruagem a abarrotar de gente.

No comboio, vinha tudo a sorrir com os relatos da insólita corrida. "O táxi entrou agora no corredor bus", informava um dos assessores iaometro na estaçãoRoma. E às 9h45 já estava na estação dos Anjos: "O táxi está no Saldanha". OPorsche vinha mais atrás, já empatado no trânsito.

No fim veio a surpresa: quando António Costa chegou ao Café Nicola pelas 9h53, já o cidadão, de seu nome Rui Sousa, o esperava tranquilamente há cinco minutos. O táxi chegou escassos segundos depois deAntónio Costa e pouco tempo depois Sá Fernandes. Couceiro chegou pelas 10h02.

Couceiro disse ter sentido dificuldades "noSaldanha, à entrada para aAv. Fontes Pereira de Melo". Santana Lopes tem um túnel prometido paraazonae, sabendodisso,Helena Roseta apressou-se a lembrar que "a faixa bus está indisponível devido a obras de uma companhia de gás". Apesar da derrota, António Costa estava satisfeito por ter demonstrado a lentidão do Porsche. E, em jeito de provocação lançou uma nova frase de campanha: "Se querumtúnel, vá de metro".in 24 Horas

Dom 27Set09

Vivas,

Sugiro para Domingo uma volta que também me sugeriram:

"No próximo Domingo 27 de Setembro vamos dar uma voltinha de estrada com partida às 8:00 horas da BICIGAL em direcção a Ericeira, Sintra, Guincho, Cascais, Estoril, Sintra, Lourel, P. Pinheiro, Negrais, Malveira e Torres Vedras. Os kms devem rondar 130kms, o ritmo moderado sempre a focar na união do grupo." Nuno Calado

Pessoal eu vou, embora a forma esteja a diminuir em virtude da altura do ano e do numero de horas na estrada.

Abraços,

Ps: Manso, podes sempre fazer como da ultima vez...subir a rampa de Ribamar Ericeira...eh eh eh

domingo, 20 de setembro de 2009

Crise ou oportunidade?

Crise. Este é tema que assola a sociedade portuguesa.
Crise de valores que tem conduzido o país ao actual estado.
O ciclismo não é disso alheio. Especialmente o ciclismo de alta competição.

A crise tem origem no grego que quer dizer crivo. Ontem assistimos a uma popularidade do ciclismo, uma vez mais, pela negativa. Parece que por obra sabe-se lá de quem, e fruto de tantas coincidências, o ciclismo e a Liberty Seguros foram noticia de destaque nos principais órgãos de comunicação social que normalmente nem dão atenção a esta modalidade.

Após sentar-me em casa e remexer jornais, ver algumas noticias de agências de informação, verificar as fontes, etc, conclui que existem factos que vale a pena crivar.

Coincidências:

Prémio Liberty/Liberty vai às compras/Liberty Mutual em Portugal/Liberty Doping

Estranho...timing.

Quando se vai comprar, normalmente negoceia-se, e para isso, precisa-se de uma imagem reforçada,...forte, certo?

Posso estar enganado, é claro. Pode ser apenas uma coincidência fugaz, mas saltou-me à vista.

Ao caso, obviamente reprovável por parte dos envolvidos, que é uma machada para todos os projectos de ciclismo, surge um facto interessante. Quem é que forneceu a alegada CERA? Como é que alegadamente adquiriram a substância. E porquê, como, onde?

Contudo, gostava de afirmar que achei interessante a saída de cena tão rápida dos responsáveis da equipa UCC-União Ciclista da Charneca. É preciso verificar que segundo a actual lei, tem de haver investigação. É bom que aja. É uma oportunidade de fazer uma limpeza, e aferir da verdade e do bom nome dos envolvidos.

A imagem do ciclismo precisa de renovar-se. Precisa de novas pessoas mais sérias, pelos vistos. Principalmente no seio das equipas profissionais, com métodos fiáveis que consigam dissuadir possíveis prevaricadores. Sobretudo com mais trabalho, sério!


De acordo com Peter Mcquaid:

"Um médico mostrou estatísticas sobre parâmetros sanguíneos de ciclistas europeus e também de fora da Europa. Os parâmetros de alguns ciclistas de Espanha e de Portugal eram anormais. Porquê? Não sei. O que posso pensar é que alguns ciclistas não aceitam que a cultura de doping terminou e continuam a tentar enganar o sistema. Mas quero esclarecer que é apenas um pequeno grupo de ciclistas espanhóis e portugueses. A grande maioria dos europeus aceita que o ciclismo seja limpo.”


Mais, o CERA segundo esta noticia:

"A CERA foi uma das últimas EPO sintéticas a serem desenvolvidas. Mas a colaboração entre a farmacêutica, a Roche, e a Agência Mundial Antidopagem (AMA) atingiu níveis inéditos: logo a partir de 2004 a Roche começou a ceder à AMA amostras e documentação sobre o medicamento, com marca comercial Mircera, que só recebeu autorização para entrar no mercado europeu em Julho de 2007. E um ano depois os laboratórios antidoping já tinham total capacidade científica e legal para declararem positivos por CERA.

"A CERA possui a mesma estrutura que a EPO clássica, de primeira geração. O seu efeito dura mais tempo e exige apenas uma injecção por mês”, afirmou recentemente Neil Robinson, responsável pelo despiste de EPO no laboratório de Lausana, explicando que este medicamento “representa um conforto para os hospitais, mas não para quem se dopa, pois o seu período de detecção no organismo é mais longo". Para Robinson, as EPO continuarão a ser uma grande ameaça ao desporto. "Fonte Duarte Ladeiras

Então quem foi a mente iluminada que arriscou prescrever estes medicamentos?
Se não prescreveram então houve o quê, trafico? Enquadramento legal e pumba, choldra!
Vários, ao que parece, já arriscaram, em troco do desemprego e duma machada sem igual na imagem do ciclismo português. Pior, fizeram-no a todos os outros que jogam limpo. Fizeram mal a todos os outros que se esforçam por tornar (e aguentar) o ciclismo vivo!

Não são visionários, pensam curto ao melhor sentimento justino. Sacar o máximo. Depois logo se vê! Dessas pessoas ninguém precisa. Estamos fartos. Vão-se embora, dêem lugar a pessoas mais sérias, com mais princípios!

Estou triste, porque o ciclismo para mim não é isto. Não me venham com a desculpa da exigência da alta competição por favor.
Trabalhem mais, e melhor especificamente, porque com base nas declarações do Mestre Tiago Aragão parece que andamos a meio gás. Além disso é preciso mais profissionalismo como ele nos diz em outras declarações.
Leiam a sua tese de mestrado e tirem conclusões.

“Volta a Portugal: Mestre Tiago Aragão concluiu que pelotão português é obrigado a respirar mais que elite internacional”
Porto, 02 Ago (Lusa) - O consumo máximo de oxigénio (VO2max) e os valores de potência máxima aeróbia dos ciclistas portugueses são inferiores aos encontrados na elite velocipédica internacional, concluiu Tiago Aragão, na tese de Mestrado de Treino de Alto Rendimento.
Treinador personalizado de ciclistas, Tiago Aragão realça a existência de um novo atleta, capaz de não defraudar nas etapas de uma prova, sejam elas alta montanha ou contra-relógio.
No estudo realizado, Aragão concluiu que o pelotão português, em média, regista valores de potência máxima aeróbia inferiores, deduzindo igualmente que os atletas mais baixos e com menor massa corporal são tendencialmente trepadores.”

Mas temos de olhar por esta perspectiva, mais optimista:

Cada vez mais, vão saltando os ratos do barco! E isso é uma oportunidade de pensar em fazer um trabalho sério de raiz. Por isso estou de acordo com várias pessoas com quem tenho falado.
É preciso começar de base, com o ciclismo utilitário e de lazer, como base de sustentação. As pessoas que como nós, desfrutamos do ciclismo enquanto desporto saudável. Por isso cada vez mais me inclino para o ciclismo de lazer, utilitário e para o ciclismo de formação. Eu tenho a certeza de que existem por ai mais portugueses de palmo e meio com melhores e naturais capacidades físicas do que os actuais ciclistas, segundo Tiago Aragão. Só que não foram ainda descobertos. Se forem é preciso protegê-los e afastá-los da velha cultura da "pastilha". Sobretudo dos ex-pastilhados!
Para já, acho que estamos perante uma morte anunciada das actuais organizações, caso toda a gente não mude de postura e adopte estratégias mais concordantes com as boas praticas. Morte anunciada se rapidamente não souberem alterar o percurso para novas e mais diversificadas áreas que o ciclismo possibilita. Lá está, a base de sustentação...

Passemos a ser mais profissionais e menos amadores, com menos visão limitada., seguindo as indicações de Tiago Aragão. Eu acho que aqui está uma grande oportunidade de recomeçar. Doa a quem doer!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Volta para Domingo - 20-09-2009

No próximo domingo a volta tem como ponto de reunião o Gradil, às 09h00 no cruzamento com a nacional (Malveira-Torres)
Percurso com cerca de 100 km a ser definido em função do estado anímico dos participantes!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

As voltas e as aventuras serranas: Guarda-Torre-Guarda


Correspondendo ao desafio proposto pelo camarada Vasa, desloquei-me à cidade mais alta de Portugal para uma jornada de montanha de grande exigência. Atractiva quanto baste para me meter à estrada para mais de 600 km de automóvel em menos de 24 horas, à procura de ciclismo ao seu mais alto nível, engodo imperdível para quem, como eu, aprecia e pratica com dedicação a bela modalidade. E para todos os que amam a «pequena rainha» - como os francesas apelidam, com devoção, a bicicleta.
O percurso era minimamente... convidativo! Cerca de 160 km, em versão mais racional do megalómano traçado original (200 km) proposto pelo desmedido duo: Vasa e Manso «Cancellara». Este, mais acessível (!!), incluiu passagens pela Guarda, Torre por Manteigas, Penhas Douradas por Sabugueiro e regresso à Guarda pelo caminho inverso, com ascensão final a partir de Valhelhas.
Apenas quatro participantes. O «Cancellara» era presença segura, mas enfermou de uma otite e ficou de baixa. À partida, da zona Norte da Guarda, eu (Ricardo), o Vasa, o Xico Aniceto e o Rui Torpes. A mulher deste, Maria, corria por fora, cumprindo, em solitário a secção nuclear do trajecto: Manteigas-Torre-Sabugueiro-Penhas-Manteigas. Sim, leram bem!
Eis a crónica de uma verdadeira prova de superação física e anímica, que fica registada na memória, pela grandeza das dificuldades que se impuseram, pelo sofrimento inerente, e pelo prazer do ciclismo de alta montanha e, claro, pela sua concretização.
Como se não bastassem as próprias exigências da jornada serrana, estas acentuaram-se devido a fortíssimo factor exógeno: o intenso calor. Pouco depois das 8h30, na Guarda, os termómetros já marcavam 26º C. Pronúncio de canícula.
Assim, o aquecimento nitidamente dispensável, pela elevada temperatura, fez-se... a frio, pela necessidade de forçar os músculos nos primeiros 4 km da tirada, em subida a 5,5% que cruza a cidade da Guarda, de Norte para Sul. Antes de começar a finalmente descer, primeiro por patamares, durante 14 km, atravessando aldeolas ainda adormecidas, e depois em vertente mais longa e constante (8 km) em direcção ao vale, a Valhelhas, as minhas sensações não eram as melhores, considerando que me (nos) esperava. As pernas embrulhadas e a sede precoce não pronunciavam dia bom.
Ao descer a caminho de Valhelhas, ficou-se a saber o teríamos de «passar» no regresso. Principalmente, a lindíssima subida quando se deixa estrada entre Manteigas e Belmonte, em direcção à Guarda. Não é dura, com 4,5% de inclinação média, mas com mais de 130 km nas pernas não se antevia tão acessível.
A descida foi fresca e relaxante, após o começo exigente e abafado na Guarda. Aproveitou-se para deslizar a 50 km/h, cortando as curvas de uma estrada muito bem asfaltada àquela hora inteiramente por nossa conta. Em Valhelhas, o mercúrio confirmava a fresquidão matinal no sopé da Estrela. A longa descida, a ritmo tranquilo, foi óptima terapia para o corpo, que dava indicações de melhoria.
Mas o sol (ameno) foi de pouca dura. Em 45 minutos ou 20 km, de ligação a Manteigas em falso plano ascendente, que à medida em se aproxima Manteigas se vai tornando cada vez mais ascendente e menos falso plano, a temperatura subiu para os 31º C. Novo «aquecimento» forçado e uma vez mais desnecessário antes de atacar a subida à Torre, a primeira grande (e a maior) dificuldade montanhosa.

A Torre
Nos primeiros quilómetros, duros, o quarteto «individualizou-se», com cada elemento a meter o seu andamento para enfrentar a longa e difícil ascensão. O Xico destacou-se ligeiramente após o Viveiro das Trutas e na frente andou isolado durante algum tempo, até ganhar a companhia do Rui Torpes, que se adiantara depois de ter permanecido ao meu lado nas primeiras inclinações fortes. O Vasa cedo «meteu» o seu passo, mantendo-se em posição mais recuada.
No primeiro terço da subida, o Rui foi ganhando paulatinamente vantagem sobre o Xico (20/30 metros), e este o dobro sobre mim, até que ambos pararam para abastecimento na fonte natural, ainda a meio caminho do cruzamento de Piornos. Quando passei no local, juntaram-se – mas também por pouco tempo. Separava-nos porventura menos de 1 km/h, mas como se sabe é «muito» em alta montanha e, neste caso, com tanto que havia para percorrer naquele dia, o ideal era forçar apenas o estritamente necessário. À passagem pelo cruzamento de Piornos/Covilhã mantinha-me a cerca de 20 segundos do duo, que agora não se desfazia. O Vasa seguia, à risca, o seu próprio ritmo. Acumulava desvantagem, mas ganhou muito com isso...
Durante a segunda e última fase da subida (depois da descida de Piornos) comecei a recuperar lentamente para os homens da frente, alcançando-os quase em simultâneo com a Maria, em pedalada leve e fluida, já depois do túnel. O Rui, qual macho extremoso, ainda manifestou a intenção de permanecer em solidariedade conjugal, mas fêmea mandou-o à sua vida. Mulher-desportista auto-suficiente, que provou classe e fibra. Ele (o macho) acedeu sem estrebuchar e aproveitando a deixa meteu o seu andamento, destacando-se definitivamente até à Torre, onde chegou com cerca de 30-40 segundos de vantagem sobre mim e o Xico – este, pelo «forcing» efectuado quando me assomei, pareceu não quer abrir mão do segundo lugar na contagem pelo prémio da montanha. Sempre é Categoria Especial!
O Vasa chegou cerca de 5 minutos depois, compensando a lacunas em alta montanha com sábia gestão de esforço. Nessa altura, já a Maria concluíra a sua subida, como se não fosse nada e decidida a continuar na nossa peugada, rumo às Penhas Douradas. Insisto: impressionou-me a sua capacidade e gosto pelo ciclismo!
No ponto mais alto de Portugal Continental, a 1993 metros de altitude, faziam 27º C, imagine-se o que nos esperava lá em baixo...

Penhas Douradas
A descida da vertente de Seia, para o Sabugueiro, tem asfalto novo, impecável, e as inclinações metem respeito após a Lagoa Comprida. Até ao Sabugueiro, a aldeia mais alta de Portugal, a paisagem é estonteante. Só a precaução ao «negociar» o sinuoso traçado da estrada não permitiram que mergulhasse o olhar nas arrebatadoras vistas sobre a serra. Lavagem de alma... e de pernas, agora folgadas depois de intenso esforço na subida para a Torre. Contam-se 18 km nem sempre a descer até ao cruzamento das Penhas Douradas, à saída do Sabugueiro. Tranquilamente, eu e o Torpes fizemos média de 42 km/h, o Vasa e o Xico registavam estranho atraso, que motivou um compasso de espera antes de atacar a subida para as Penhas.
O Xico passava mal, ainda em descida, que a partir daí impunha toada moderada ao restante terceto. O trajecto de ligação entre o Sabugueiro e a estrada Gouveia-Penhas Douradas faz-se inicialmente em subida (4 km a 6%) e depois em falso plano ascendente (9 km a 1%) até ao Observatório Meteorológico. A ascensão nada acrescenta aos colossos que a circundam, a estrada é rugosa e o alcatrão tem troços degradados e até a paisagem é inóspita, tal como o tráfego automóvel, quase nulo.
Todavia, logo que se passa o parque de merendas da Penhas e se inicia a descida para Manteigas é o... deslumbramento! O Vasa alertou para o cenário à nossa direita, vista esplendorosa sobre Manteigas e o vale do Zêzere, por onde se descortina o serpentear da subida para a Torre pelas encostas escarpadas. Ainda por aí tínhamos passado há pouco mais de duas horas. Impressionante é também a vista sobranceira sobre Manteigas, que está literalmente debaixo de nós - contudo, a 17 km de distância. Por isso, a descida é toda enrolada, em ganchos sucessivos, qual Alpe D'Huez. A sua inclinação é suave (3,6%), mas se lhe retirássemos cerca de 4 km ganharia certamente grau de dificuldade e tipologia comparáveis ao mais célebre «col» alpino. Caiu no goto, ficando a vontade unânime de a subir em próxima ocasião. Recorde-se que foi rota da última edição da Volta a Portugal.
À chegada a Manteigas, aguardava-nos o... inferno. Tórrida soalheira sob 35 ºC. Urgente reabastecimento, líquido e sólido, na nossa base, estabelecida no veículo em que a Maria se deslocou desde a Guarda, e que a levaria de regresso depois de concluir a sua prova.
O ar seco acentuava o efeito escaldante. Logo que retomámos a marcha, após «litradas» de líquidos ingeridas, sentíamos a massa de ar de quente que se deslocava ao movimento da pedalada a envolver-nos as pernas.

O que restou...
Na ligação a Valhelhas, pela primeira vez na já longa tirada afectou-nos sermos tão escassos em número. Recomendava-se cooperação de esforços na condução do grupo e nunca quatro pareceram tão poucos. Aliás, três, descontando o Xico que não estava em condições de contribuir. Mesmo com o termómetro a subir até aos 39 ºC, fez-se o trajecto (14 km) a média superior a 38 km/h. Mas a partir de Valhelhas, a estrada voltava a empinar. Os «tais» 8 km a 4,5%... debaixo de torreira: 41 ºC.
Ao longo da subida, as forças iam-se esgotando... mas não para todos. O Torpes parecia energizado, com baterias novas e queria gastar todas as reservas que acumulara ao longo da tirada, que convenhamos, foram muitas. Está em nível superior aos demais: competição, treino, capacidade inata de trapador – tudo junto num cocktail que na altura de rapar o fundo ao tacho, é muito mais consistente.
A propósito, enquanto subíamos controlando o desgaste do Xico, Vasa tem mesmo uma «tirada» que só o muito sol apanhado na moleirinha perdoa. Às tantas, quando o Torpes se deixa a atrasar ligeiramente, tentando, uma vez mais, contactar a mulher em vão - devido ao descarregamento dos telemóveis (de ambos!!) -, o mentor desta fantástica iniciativa serra tem a seguinte expressão impregnada de ingenuidade: «Rui, o andamento vai muito alto?». Ouvi, franzi a testa e baixei a cabeça sobre o guiador à procura de mais um gole de água. A resposta, com dúvida, foi isenta de vaidade: «Não percebi o que disseste?», inquiriu o mau receptor, talvez incrédulo como eu. Repetiu-se a pergunta, com as letras todas. Então, a resposta não poderia escapar. Foi cortante, por ser tão exacta e caiu como balde de água fria: «Não, vai muito baixo!». O Vasa deve ter percebido finalmente que o Torpes estava a marcar passo. Pelo nosso, baixiiinho...
À medida em que ascendíamos na cota do terreno, o ar ficava ainda mais seco, acentuando a sede e a fadiga. Descobriu-se uma torneira num tanque de lavar roupa de um casebre com aspecto abandonado. Bebeu-se e entornou-se pelo corpo em quantidade que dava para lavar de toda a família. Os SMAS da Guarda facturaram.
Finalmente o topo! E logo uma descida, infelizmente curta. Seguida de uma estranha rajada de ventos cruzados, daquelas que alimentam os incêndios que teimavam (ou teimam) em lavrar na região. Apenas com o anúncio do final das maiores dificuldades ganhou-se alma nova, e até o calor pareceu conceder-nos uma trégua. Seria ilusão de pré-insolação?!
O relevo tornou-se, de facto, mais favorável. A Maria finalmente chegava de Manteigas, de carro, descansando o marido. Que voltou a aproveitar a deixa (como na Torre) para agora disparar em sprint até à Guarda, na derradeira subida da jornada. Também aí, entre o trio perseguidor, se descobriram forças inesperadas. O próprio Xico... renascia. Até ao local da partida/meta voámos à média de 40 km/h, infringindo a lei sobre circulação de velocípedes sem motor em vias rápidas. Valia tudo, após 6h12m de selim e 158,2 km, à média de 25,5 km/h. Outros dados pessoais: pulsação média: 145 bpm (máx: 178); calorias dispendidas: 5545.
Enorme desafio, amplamente cumprido, em percurso digno de uma Clássica estrangeira, do tipo da Etapa do Tour ou Quebraossos..., com 3000 metros de acumulado, verdadeiros «cols», passagens em altitude e, acima de tudo, enquadramento paisagístico fabuloso. Experiência que se recomenda e se quer repetida em anos vindouros – com temperaturas mais amenas, de preferência.
Quanto a mim, asseguro que trocaria uma daquelas clássicas estrangeiras por uma reedição de tirada deste género. Por isso, caro Vasa, tens a responsabilidade não deixar cair a iniciativa, e de a promover! Reunindo mais dois ou três poderosos – nem sequer se necessitam mais...-, ainda se fará melhor e mais facilmente! Mas quem é que aqui falou em facilidades?!
Para o ano, estarei lá! Comecem desde já a pensar no percurso, só para criar ansiedade...

Abraço